💋 - - - - - CAPÍTULO DEZESSETE - - - - - 💋

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🌟 || Ele sumiu || 🌟

Gregório Del Rey

— Você o quê?! — Exclamo, achando que fiquei maluco e não estou ouvindo as coisas direito.

— Eu vou adotá-la, Grego.

— Você só pode ter enlouquecido de vez. Não tem como você criar uma menina da noite para o dia. Está tomando uma decisão precipitada. — Falo e ele suspira.

— Não estou não. Sou maior de idade, rico e posso muito bem dá uma vida de princesa para essa menina. Não vou deixar ela ir parar novamente na rua.

— Sim, e é para isso que existe orfanatos! Já ouviu falar?! — Falo, irônico e irritado. Ele bufou, cruzando os braços.

— Não vou voltar atrás. Já tomei minha decisão e você não tem nada haver com isso. A vida é minha e eu faço a droga que eu quiser. Se vai ser difícil ou não, o problema não é seu! — Disse. E garanto que se fosse outro no lugar dele a me responder dessa maneira, eu já teria arrancado a língua e feito ele engolir.

— Acha que é fácil adotar uma criança? Você não tem estrutura, não tem emprego e não é casado. Nem se formou ainda! Acha que as autoridades vão entregar uma criança nas mãos de outra?! — Ele fecha a cara, me encarando irritado.

— Está me chamando de criança?!

— Estou! Porque é isso que você é! Uma criança imatura e que não sabe cuidar da própria vida! Tanto  que ainda vive com a mamãezinha debaixo do mesmo teto!

— Saia já daqui! — Exclamou, apontando para a saída. — Como eu já disse, o que faço ou deixo de fazer, não é da porra da sua conta! Agora vai embora!

— Foda-se! — Resmungo, saindo dali e batendo a porta. Riquinho mimado filhinho de papai!!! O que eu tinha na cabeça quando fui me envolver com esse playboyzinho teimoso e metido?!

.
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— Senhor! — Bobby entrou no meu escritório, parecendo preocupado e ofegante.

— O que houve, Bobby?

— O Raffa sumiu. — Diz e eu o encaro, confuso.

— Como sumiu?

— Eu não sei. Até agora ele não apareceu na quebrada, e nem está na casa dele, desde ontem. Ele simplesmente sumiu.

— Ótimo... mais um problema. — Murmuro, massageando a minha têmpora. — O que houve dessa vez?

— Ninguém sabe o motivo. Ele simplesmente sumiu.

Talvez eu saiba o motivo.

— Chame o Murphy aqui, preciso falar com ele. — Ordeno e ele assente, se retirando. Minutos depois o Murphy aparece, com uma cara de cachorro que caiu da mudança. Certamente algo aconteceu entre esses dois, e não acabou bem.

— Queria falar comigo?

— Você sabe bem o motivo por estar aqui, não sabe? Não vou fazer rodeios, me diga logo o que aconteceu entre vocês. — Falo e ele suspira, sentando-se  na minha frente.

— Nós discutimos ontem... Ele ficou chateado e desde então não nos falamos mais.

— O que está rolando entre vocês, hein?

— Nada! Não está rolando nada, é só que... ele não quer aceitar o fato de que somos apenas amigos. Entende?

— Isso não me importa. O Raffa sumiu e isso é sua maldita responsabilidade. Você fez a merda, então você que conserte. Eu já estou com problemas demais para resolver.

— E você acha que eu não tentei contato com ele? Liguei mil vezes, mandei mil mensagens, falei com os amigos mais próximos dele e nada! Ninguém sabe dele! Eu estou preocupado com ele, é óbvio que estou! Mas o que posso fazer? — Eu suspiro, buscando calma.

— Okay, vamos dá um tempo. Se ele sumiu assim é porque não quer falar com ninguém. Vamos dá um tempo para ele. Se em 24 horas ele não aparecer, o morro inteiro vai atrás dele, entendido?

— Tudo bem...

— Ótimo. Agora, mudando de assunto... Alguma novidade sobre as ameaças que o Cássio anda recebendo?

— Hm... Vimos a Alice algumas vezes caminhando perto da casa dele, mas isso não comprova muita coisa, já que ela sempre sai à noite para os bailes que rola na quebrada... Também vimos o Julian, mas ele não tem nada haver já que... ele é um dos nossos, certo?

— É bom não deixar passar em branco até ter certeza. Se bem que seria óbvio demais a Alice fazer isso. Eu terminei com ela e... bem, a reação dela não foi das melhores.

— E como vai ser?

— Fiquem de olho nela. 24 horas. Quero saber tudo que ela faz, desde o momento em que acorda até o momento em que vai dormir.

— Se bem, que também há outras minas malucas que fariam qualquer coisa para ter você, sabe disso, não é?

— Sim, mas se fosse alguma outra mulher, já teriam mandado ameaças para Alice, já que eu estava ficando com ela há alguns dias... Não... Elas não são tão malucas assim, sem contar, que elas esquecem fácil uma desilusão amorosa. A maioria já está em outra. Até o momento, Alice é a maior suspeita de tudo isso. Quem mais iria ficar com raiva por eu me relacionar com o Cássio?

— É verdade. Devíamos ter sacado isso antes. Ela ainda acredita que vai casar com você. A mina é maluca.

Humph... Se só as mulheres fossem o problema... seria fácil resolver...

— Por que diz isso?

— Cássio e eu brigamos. Ele quer adotar uma menina de rua. Vê se pode um absurdo desses?

— Adotar? Uau! Legal, mas... por que ficou tão irritado?

— Porque é ridículo ele querer adotar uma criança assim, do nada! Como se ele fosse o bom samaritano que salva os pequenos órfãs em apuros! — Resmungo, já sentindo a raiva me consumir novamente.

— Bem... Acho que não é nenhum problema. Se ele tem certeza disso, então... o melhor seria apoiá-lo, não?

— Nunca vou apoiar essa decisão absurda dele!

— Ou será que você está preocupado por não querer ser pai tão cedo? — O encaro, furioso.

— O quê?!

— Ah, sei lá... vocês estão juntos ultimamente e... não sei...

— Não estamos “juntos” de verdade. Não é nada sério. É apenas uma curtição, okay?

— Bom saber, Grego. — Cássio estava parado na porta, com os olhos marejados. E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Ele foi embora, me deixando completamente sem palavras. Mas que merda!

O Dono Do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora