Havia sangue no chão, nas árvores e principalmente na raiz de certas árvore. Havia também tecidos rasgados e sujos ao longo da terra na floresta. O cheiro no local era terrível. Era óbvio que alguma mulher, provavelmente camponesa, havia sido atacada próximo àquele local.
Os guardas, tampando seus narizes devido ao odor agudo de carne podre, continuam a investigar. Eles encontram uma mancha de sangue com o formato de uma mão no tronco de uma árvore caída. Eles se aproximam para checar, exitante. Todavia, nenhum recua nem mesmo quando vê o corpo aberto e destroçado da jovem atrás do tronco.
— Céus! — O guardar vira seu rosto.
É nojento! A carne pálida e sem cor da mulher caída com sua boca e olhos entreabertos. Sua roupa estava rasgada, assim como sua barriga. Havia manchas do sangue que já havia coagulado, mas seus órgãos internos arrancados para fora e os vermes ao redor de seus ossos da costela davam ânsia nos homens.
— Conseguem identificar-la? — Pergunta o líder. Como não há resposta, ele aponta para o mais jovem do grupo que não deve ter mais de 20 anos. — Você! Vai.
— Eu? — O rapaz arregala os olhos com a possibilidade de chegar ainda mais perto. Sente que pode vomitar a qualquer instante.
— Está com medo? — O soldado engole em seco e tenta passar confiança.
— N-Não!
Com uma careta de desgosto, ele aproxima-se do cadáver, tentando, de alguma forma, identificar-lo. Com uma vareta, ele cutuca o rosto da mulher ao notar algo peculiar próximo a sua face.
— Vamos logo! Ela está morta e não vai te agarrar! — Diz seu colega, abafando o ar com sua mão.
O rapaz ignora e, utilizando a vareta, vira o rosto, deparando-se com uma gigantesca mordida na curva de seu pescoço. É tão profunda que parece que um pedaço de carne havia sido extraído em uma única bocada que, a julgar pelo tamanho, foi feito por uma fera. Uma assustadora fera!
O rapaz conseguia ver perfeitamente seus olhos do pescoço e os vermes grudado nos músculos. Era em quantidade maior do que os vistos em sua barriga aberta. O cheiro podre apenas aumentou quando o corpo foi mexido e aquela cena foi demais para ele. O soldadinho vira seu rosto e vomita próximo a bota de seu colega.
— Filho da puta! — Xinga o guarda ao afastar-se do vômito e da boca de seu colega. Apoiando-se em uma árvore, ele checa se sua bota foi suja.
— Já chega! — Interfere o líder e olha para o rapaz recompondo-se do vômito. — Pegue-a. Vamos levar conosco.
O rapaz olha assustado para seu líder, limpando a boca.
— Pensando melhor… — Ele olha para outro homem.
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Fêmea Impura - Honra
LobisomemO mundo é cruel. Enquanto há seres que vivem e bebem em alegria, há aqueles que sofrem em desamparo. Cada povo tem sua própria tradição. Alimentam-se de carne humana e repudiam a espécie opressora que a humanidade é. Mas todos tem uma mesma fraqueza...