O mundo é cruel. Enquanto há seres que vivem e bebem em alegria, há aqueles que sofrem em desamparo.
Cada povo tem sua própria tradição. Alimentam-se de carne humana e repudiam a espécie opressora que a humanidade é. Mas todos tem uma mesma fraqueza...
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É de noite.
Hyfhyttus tem um dos maiores predadores terrestres ativos pela floresta. "Floresta Negra" é nome dado para sua casa. Os lugares costumam ser tão belos, quanto obstáculo e perigosos.
É o coração da profundeza da vegetação. As auroras boreais iluminam o céu e refletem as plantas fluorescente. Únicas juntamente com vagalumes. As flores brilham conforme a cor roxa a azulada. As raízes das plantas não tem seu brilho e criaturas peçonhentas circulam o pântano do local.
Um lugar perigoso, apropriado para seres que ocultam-se na escuridão como caçadores.
Mas todo caçador já foi um filhote bobo e sem experiência…
A criatura é sorrateira. Tem seu corpo comprido e, apesar de medir mais de dez metros de comprimento, facilmente oculta-se com a cor negra. Exatamente cem pernas firmes para sustentar seu peso e velocidade como caçadora. É uma centopéia que está caçando.
Ela anda pela vegetação abaixo, esgueirando-se nas raízes e, silenciosamente contornando as árvores. Ela observa, astuta a indefesa criança que afastou-se dos adultos. Pequeno, tão curioso e instintivo que mal deve saber pronunciar algumas poucas palavras, o garoto revela sua forma ao ter seus ossos estalados.
É um lhycan.
Mesmo tão pequeno, sua metamorfose está completa. Para brincar na terra úmida perseguindo um besouro azulado, ele mantém-se como um pequeno lobo barulhento. Com aquela pelagem marrom claro e patas escuras, é uma presa suculenta para o ser que aproxima-se.
Mas ao movimento do pequeno filhote ao jogar-se na vegetação a faz parar. O besouro voou e ele latiu. Fazendo barulho dessa forma, sem proteção, é impossível não atrair um predador. Os filhotes devem aprender isso desde sempre e adaptar-se ao mundo e perigos. Lhycans não são humanos que precisam verbalizar tudo para serem entendidos e, com isso, tornam-se altamente barulhentos.
Mas o filhote é inocente.
E não percebe quando corre direto para a predadora.
A centopéia deveria estar a centímetros de distância. Suas antenas venenosa de cor avermelhada balançam próximo a nuca do filhote. Diferente de suas primas em tamanho mil vezes menores, esse espécime em particular costuma dar chicotadas. Um corte e o veneno espalha-se.
Mas o lobo estava tão próximo que bastava ela abrir a boca e aproximar-se para o bote e o filhote estava perdido. Ele senta de costas para o predador e rosna para o besouro que cava um buraco no chão para esconder-se da criança que quase o mata em suas bruscas brincadeiras.
Estavam para atacar.
E atacou…
Veio em um rosnado. Foi tão forte ao atingir a predadora que ela rolou para longe do filhote. Quando ela rolou até recuperar sua compostura, percebeu a grande fera amarelada em cima do pequeno lobo. Seu porte chega a superar os dois metros de altura quando ele ergue a cabeça de modo intimidante e altamente protetor a criança abaixo dele. Olhos dourados como ouro e magma de vulcão, dentes afiados e braceletes de ouro sobre os braços dianteiros dão ar de perigo ao macho adulto.
