Dulce estava amedrontada. Seu coração batia forte e compulsivamente quando foi vestida nas cores negras e levada até o subterrâneo de um vulcão ao centro de uma ilha afastada do continente, quase no oceano.
Aquele lugar era quente como um inferno. E ela viveria ali.
As palavras de Nevrah foram severas e fria. Ele foi claro ao afirmar que a mataria se ela não o obedecer. Ela ainda sente o tremor e medo que tirou seu sono durante toda a madrugada e a deixou nervosa ao ser preparada para estar naquela porta antes do ápice solar.
"Não fale mais do que permito." foram suas palavras quanto às perguntas que serão feitas. Dulce não temia o castigo divino de sua religião ou se preocupava com sua honra manchada pelo arcanjo. Ela apenas não queria repetir a última madrugada que teve com Nevrah.
Seu corpo ainda sofria as consequências quando o momento chegou e as portas foram abertas, trazendo maratonas de lembranças e perguntas de como ela foi parar ali.
Nevrah a tinha deitado em sua cama e sussurrou: "Minha linda humana, está na hora de mostrar sua utilidade…" referindo-se a jovem ser testada por cinco Arcanjos em um santuário sagrado e escondido onde ela não poderia sair viva.
E lá estava ela, amedrontada, assustada e caminhando quase seminua em direção a cinco anjos, incluindo Nevrah.
Ela poderia chorar devido ao seu pânico, mas o medo do olhar frio de Nevrah sobre si a impede.
"Uma única lágrima não deve cair de seus olhos." Dulce lembra-se do que ele fez para acabar com a choradeira que ela teve.
— Apresente-se, humana. — O homem ao lado de Nevrah ordena.
Ela não deve desobedecer qualquer ordem, por mais vergonhosa que seja…
— D-Dulce. — Deve evitar gaguejar. — Chamo-me Dulce Wilkayson, princesa de…-
— Não nos interessa o que você é. — Dulce gela sobre a voz de Nevrah. — Não passa de um ser insignificante, humana.
Dulce abaixa sua cabeça e aguarda até que outro Arcanjo fale.
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Fêmea Impura - Honra
LobisomemO mundo é cruel. Enquanto há seres que vivem e bebem em alegria, há aqueles que sofrem em desamparo. Cada povo tem sua própria tradição. Alimentam-se de carne humana e repudiam a espécie opressora que a humanidade é. Mas todos tem uma mesma fraqueza...