O mundo é cruel. Enquanto há seres que vivem e bebem em alegria, há aqueles que sofrem em desamparo.
Cada povo tem sua própria tradição. Alimentam-se de carne humana e repudiam a espécie opressora que a humanidade é. Mas todos tem uma mesma fraqueza...
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Como pode dormir tanto?
Nhycall é uma grávida ou uma recém nascida?
Parece uma linda mulher angelical dormindo calmamente na grande cama ao seu dispor. As vestes negras, embora transparente não tira sua inocência. Apenas revela quem é o pai das crianças que fazem sua barriga saltar do corpo.
A lhycan estava espaçosa! Jogada e espaçosa na cama, confortável com a sensação de bem estar e proteção. Seus cachos negros caem como cascatas pelos seus ombros e seu farto peito sobe e desce conforme sua respiração.
Mais de um mês passou-se. Nhycall está saindo-se como uma grávida tranquila e fácil de lidar. Devido a sua fragilidade, não fornece problemas femininos ao Supremo. Ela só precisa de um lugar tranquilo e seguro onde pode passar o tempo com suas amigas e está feliz. Não está desesperada pela floresta como Nhshley e nem muito temperamental como Mirella.
Ela não vê problema em ser mantida e ser quase totalmente dependente de um homem. É uma Ômega. Uma mulher naturalmente submissa. Seria perfeita se suas desconfianças não atrapalhasse o relacionado. Tímida de mais e insegura de mais.
Mas feliz…
Conforme o tempo passou, seu sono chegou ao fim. Está naturalmente preguiçosa devido a barriga que cresce. Sente-se mais pesada e, nem por isso, descuida de sua beleza. Está sempre perfeita e faz questão de esbanjar tudo que tem.
Mas uma força maior a faz sair da cama e, com as mesmas vestes negras, arrastar sua preguiça para fora do quarto. O horário não é um dos que ela costuma andar, mas sempre tem uma exceção.
Henna provavelmente está em seu quarto cuidado dos filhotes enquanto Mirella e Nhshley devem estar dormindo. Acksha sempre fica com o companheiro a essa hora e, provavelmente não irá encontrar nenhuma de suas amigas no caminho pelo corredor que leva a escada.
Era troca de turno do guardas. Nhycall não estranha a falta de vigilância de onde é mantida em quarentena.
Ela não gosta disso…
Mas prossegue…
O que ela mais quer é encontrar uma alma naquele lugar vazio. Sabe que está segura pois nada passa pela segurança dos lhycans. Contudo, o ser de cabelos ruivos que encontra no caminho é algo com qual a guarda permite perambular nos arredores do castelo.
Os olhos verdes a encaram, analítica. Fazia mais de um mês que elas não viam-se depois da humilhação que Nhyara foi exposta. A ruiva estava com os cabelos menores enquanto Nhycall matinha sua beleza ainda maior com aquele volume em sua barriga, grande o suficiente para ela poder segura-lo.
— Arya… — A voz carrega um tom de amargura no seu timbre. Nhycall nada diz e apenas encara-a. — Para você não é tão difícil ser chamada assim. Mas para mim…
