Dulce abria seus olhos aos poucos quando notou que Nevrah a observava. Ela estava sonolenta. Parecia ter saído de uma hibernação e teria facilmente voltado a dormir de o arcanjo não o pegasse em seus braços.
Ela não questiona quando ele a leva em direção a beirada da caverna mas agarra-se a ele quando lança seu corpo contra o ar, ganhando altitude. Dulce fecha os olhos quando Nevrah sobrevoa o ar em direção ao chão e não desgruda dele mesmo quando ele aterrissa. Ele a coloca cambaleante no chão.
Ela cai no chão, tonta e enjoada com o voo.
Nevrah, atrás de si espera que sua humana se recupere, antes de caminhar até ela e levantá-la. Ele não diz mais nada e segue em direção aos ladrilhos de pedra pela floresta à sua frente. Dulce o acompanha, apreensiva, na recua quando os ladrilhos levam a uma ponte natural de pedra.
Havia uma cachoeira ao lado que umedecia a pedra. Dulce facilmente imagina-se passando, escorregando e caindo mas pedras pontiagudas abaixo. Nevrah passa sem muitas dificuldade e espera a humana, aparentando impaciência.
Por fim, Dulce decide acompanhá-lo, ficando ao máximo no centro e torcendo para que ele não continue até que ela o alcance. Ele tem asas e sabe voar. A humana, por outro lado, mal consegue andar devido a altitude. Mas ele tem paciência em esperar-lá e atravessa a ponte ao seu ritmo até chegar a um outro ladrilho de pedras que a levou até algumas piscinas de águas termais.
Dulce reconhece o local. Foi em uma dessas piscinas que o anjo havia banhado-a antes de ficar doente. Ela exitou ao continuar mas voltar pela ponte de pedra parecia uma ideia pior.
— Dispa-se. — Suas elegantes vestimentas de princesa agora não passavam de trapos que fediam, mas era é sua única roupa.
— Para um… banho? — Seu olhar cai sobre os homens que rodeavam a piscina mais acima. Pareciam banhar-se.
— Algo contra?
— Não é maio… — Maio era o mês em que Dulce costumava banhar-se devido ao tempo mais favorecido. Naquele ano, ela havia tomado dois banhos contado com o que o anjo havia dando-lhe. Ele pretendia mesmo dar-lhe um terceiro, ainda mais no final do ano?
O arcanjo franziu seu seio e respirou fundo.
— Não vou repetir. — Ele é severo em sua voz.
Dulce leva sua mão até o tecido de seus ombros, mas não tira sua vestimenta. Nevrah nota em suas bochechas corando com ao olhar tímida para ele e para os homens que a olhavam. O arcanjo aproximou-se dela tampando a visão dos homens, mas esperando. Dulce desceu sua primeira vestimenta, expondo seus seios. Timidamente ela tenta escondê-los. Nevrah não permite. Ele coloca novamente sua roupa e decide levá-la a outro lugar ao ver as axilas da humana.
Ele desce uma escadaria circular de pedra, também umedecia pelo vapor da cachoeira e das piscinas termais. Dulce o acompanha fixando sua mão na rocha, principalmente quando ela chega até a altura da neblina densa que forma a nuvem.
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Fêmea Impura - Honra
WerewolfO mundo é cruel. Enquanto há seres que vivem e bebem em alegria, há aqueles que sofrem em desamparo. Cada povo tem sua própria tradição. Alimentam-se de carne humana e repudiam a espécie opressora que a humanidade é. Mas todos tem uma mesma fraqueza...