C A P Í T U L O 52

20.7K 2.3K 978
                                    

     Os acontecimentos pareciam não ter mudado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

     Os acontecimentos pareciam não ter mudado. Nhycall entendia mais a situação ao seu redor, com clareza. Em nenhum momento o Supremo mentiu, contudo, ela não estava vendo a situação pelo ângulo adequado.

     As humilhações vieram de Nhyara, uma lhycan inconformada com o fato do Supremo ter engravidado e marcado uma Ômega. Ela sentia-se traída e, disposta a defender o que chama de honra, espalhou os boatos de estar marcada e da gravidez já que as chances de Nhycall engravidar é quase certa.

     O Supremo nada disse. Não desmentiu ou impediu.

     Agora o motivo é claro. Tais mentiras eram favoráveis. Se o mundo, tal como a alcateia vê-la com desonra. Uma sedutora fracassada, Nhyara seria mais honrada às custas de sua humilhação. E quanto mais reconhecida, mais sua sentença tornou-se clara.

     Ela entenderia o perigo que guarda o poder da autoridade de uma Suprema. Morreria pela própria ganância. As humilhações eram a favor se Nhycall, para um futuro próspero.

      Contudo, prejudiciais ao presente. Os fatos estavam tão claro…

       Lhycans são extremamente possessivos. Com eles, através da dominância, há o instinto de querer esconder a companheira de tudo e todos, principalmente se estiver grávida ou com filhotes. Nhycall sorri boba com o ciúmes oculto que notou no Supremo, por ela. Ele deixou claro que queria ela no quarto. Era uma ordem, mas não para escondê-la da suposta verdade de que Nhyara é a Suprema e ela, a Ômega, sua amante. O homem não queria sujeitá-la a humilhações.

      Se não soubesse, não afetaria-se. Se ficasse no quarto, saberia o que apenas ele permitisse do mundo e as chances de entendê-lo seria maior. Contudo, ele não é seu dono. Quando saiu e soube do que estava acontecendo, não havia mais nada a ser feito.

       Nhycall ficou uma semana refletindo sobre o Supremo, em seus aposentos. Na terceira noite, no por do sol, Nhycall dormia tranquilamente quando o Alpha começou a aprontar-se para sair. Ela despertou quando ele arrumava sua bota de couro negro, entalhada perfeitamente para ele, uma autoridade.

       Nhycall estava quieta. Apenas tinha abertos seus olhos, agora azuis e observava as costas másculas do Titã. A pele é morena, perfeita, musculosa e única. As marcas se Supremacia eram desenhada perfeitamente por escravas, cujo único erro, custava sua vida. Estava sentado, mas com o tronco abaixado para encontrar seus pés.

       Ela queria perguntar, mas hesitou com a personalidade insensível do homem. Ela abriu a boca, fez menção de falar, mas desistiu. Pensou em aproximar-se e tocar suas costas, contudo, a falta de confiança nele impediu.

        Ele tinha marcado-a, acasalado. Ela estava grávida dele, contudo, não tem intimidade e confiança nele, como homem. Suas decisões como Supremo são inegáveis e precisas. Como Alpha, ele é a autoridade. Mas Nhycall ainda deve aprender seu lugar na Supremacia.

Fêmea Impura - HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora