C A P Í T U L O 97

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     A tarde estava ensolarada

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     A tarde estava ensolarada. A floresta estava harmoniosa e extremamente convidativa a para uma um bom sono. Nhycall precisava disso. Ela, junto de seus filhotes acompanharam o Alpha durante a extensa viagem para marcar o território.

     O primogênito, diferente de suas irmãs, estava agitado. Nhycall não conseguia dormir. O pequeno que começava a dar seus primeiros passos não queria mamar e não queria dormir. Ele queria atenção e forçava sua mãe a manter-se acordada.

     O pequeno Titã brincava perto da lagoa calma com sua mãe quando uma movimentação na floresta chama a atenção da mulher. Ela permanece atenta na possibilidade de um predador pretende atacá-los sem a ausência de Drogo.

     Mas a fera está ciente de sua família acompanhando-o e mesmo a dias de caminhada longe do palácio, jamais iria afastar-se muito tempo de sua companheira e filhotes. O predador que surge através da mata é enorme. Maior do que Nhycall, negro como um abismo sem fim e olhos vermelhos como o sangue. Em sua boca, arrastava pelo pescoço um filhote de Alce Dente de Sabre. O animal é grande o suficiente para o tamanho ser comparado ao de seu abatedor.

     Ele o solta no chão e continua a caminhar em direção ao filhote rebelde juntamente com a mulher. Ela orienta-o até a fera e assim o coloca no chão para tentar a sorte ao caminhar. O lobo para apenas para observar a criança cambalear em sua direção com os braços abertos e produzindo sons de chamados sonoros em sua garganta.

     Os olhos azuis, tão claro quanto os de seu pai carrega o brilho da felicidade. E na transação para verde, ele abre seus lábios:

— Papa! — Suas primeiras palavras. O prime chamado verbal em sua inocente voz.

     Ele tropeça em seus próprios pés e, antes que seu filho encontre o chão, Drogo coloca sua cabeça embaixo do pequeno para amortecer a queda. E como um bebê que é, senta na terra negra e abraça a pata do pai, brincando com algo sem sentido ao olhar adulto. A fera encara sua mulher.

     Ela aproximou-se timidamente. Como uma linda mulher entregando-se a fera. Ela sorri ao recebê-lo encolhe-se na pelagem da garganta. Seus braços não passam pelo pescoço, contudo, sua mão acaricia o pêlo negro do lobo.

     Nhycall não estava com fome. Simplesmente deixou o filhote com o pai e retirou-se para dormir, mostrando o quão cansada estava. Drogo então acolheu seu filho entre suas patas e deitou a cabeça ao lado da criança que recusava-se a dormir.

     E lá ela bagunçou e brincou até o sono consumi-lo para cada vez mais, lentamente, deixá-lo mais próximo de tornar-se o que está destinado a ser; o Supremo Alpha.

     E por ele, sua geração e o futuro de seu povo, Drogo lutará até a morte se necessário. Quando a espada o atravessou, o ferimento poderia ser considerado mortal.

     Se ele fosse um homem comum.

     Com uma regeneração incomum, seria questão de tempo até sua carne não ter a sombra do ferimento. Um hora, no máximo, e já não mais restaria nada da lâmina. No entanto, isso abriu uma brecha para Nevrah dar um golpe realmente fatal ao seu corpo.

     Mas subestimou o poder de uma Peeira.

     Drogo conseguia sentir a presença de Nhycall ao mesmo tempo que escutava o som de Nevrah aproximando-se. Ele mirou em seu pescoço. Pretendia arrancar sua cabeça ou dar-lhe, ao menos um ferimento realmente mortal.

     Ele atacou.

     Ele sentiu o impacto em seu tornozelo que o desequilibrou completamente. É o Titã que revidou e, em pouco tempo, estava sobre ele e Nikytrar, fazendo sua voz ser escutada pela primeira vez:

Não subestime minha mulher, filho da puta desgraçado! — Foi como o estrondo de um rosnado feroz. Sua mão empunha a espada que atravessa a barriga de Nevrah, contudo, o calor é tão devastador que o metal derrete.

     E como sempre, Drogo não demonstra surpresa e continua a encarar o olhar sangrento de Nevrah.

É só o que tem? — A Fênix pergunta, zombando do Supremo.

      Em frações de segundos, uma nova e sangrenta batalha inicia-se entre os Titãs, mais feroz que a anterior. Tudo que ouvia-se era o estrondo do confronto de poderosas forças do mundo.

      Não importa se é justo ou não ser dois contra um. Isso é uma guerra. O objetivo é ganhar e se Nhycall é uma Ômega invés de uma Titã incapaz de comparecer fisicamente na batalha, o problema é do Supremo. O que dizem de "justo" é um modo de igualar as forças apelando para o ego. E uma falsa ilusão.

      Lute com o que tem. E se não é capaz de lutar, sofra as consequências. Nikytrar e Nevrah, em conjunto, atacam o Supremo. A luta é feroz. Não há descanso para respirar e Drogo atacá e defende-se. Deve pensar rápido em estratégia de combate de desejar vencer.

     Ele não pretende perder a luta que definirá o destino de seu filho e sua mulher. Ah! Nhycall…

     Ele não pretende abrir mão dela. Não irá deixar que morra sem antes viver o que merece. Ter o que merece. E muito menos deixará ela ser morta pelo medo de outros povos da temida profecia.

     Ela é forte. Jamais lutou por ele embora sempre fora completamente apaixonada. Ela lutou pelos seus direitos e seus desejos. Lutou por ela e quando teve o que sempre desejou, continuou lutando. Aceitou Drogo não por ser sua predestinada e sim por considerá-lo digno dela.

     Sente orgulho dela. Sua coragem. Foi a única que afrontou-o e ainda afronta. Mantém as malditas bochechas rosadas e o olhar desfiador.

    Que visão privilegiada ele tem durante o sexo. E que Ômega ousada ao desafiá-lo nua. Drogo simplesmente esquece de escutá-la para admirá-la e, assim, a safada aprendeu outros meios de comunicação não verbal.

     O Supremo Alpha é completamente apaixonado por Nhycall. E conforme os anos, foi fortalecendo-a. Ajudando-a a amadurecer sua autoconfiança até torna-se o que ele considera hoje, um exemplo perfeita de mulher. Alguém que não liga para opiniões alheias e mantém firme seus ideias. Uma perfeita Peeira que ele tem extremo orgulho de chamá-la de companheira.

     E sempre acreditou no que ela tornaria-se.

     Drogo não importa-se com criança. Cuida e protege todos os seus filhos, contudo, seu herdeiro é o primogênito Titã. A segunda gravidez foi apenas um mimo para sua mulher dentre muitos outros e, nem sequer isso, pretende perder.

     E com isso, lutará até o fim. Até suas últimas forças para manter seus filhos e mulher vivos. Não hesita em machucar ambas as Fênix que encontram a diferença de Äærøn para Drogo. O atual Titã é ainda mais devastador. É difícil acertá-lo enquanto seus golpes são letais.

     Contudo, é mais resistente. Tem uma poderosa Peeira protegendo ele e o restante dos guerreiros distantes que lutam com o exército de anjos onde não podem ser mortos pelo combate dos Titãs. Mas ouvem os estrondos. Os rugidos.

     Uma cratera foi aberta no chão e lá, um enorme pássaro encontra-se prensado por uma miniatura de homem comparado a ele. Drogo está atacando para manter a distração, cansando-os para, enfim, matá-los.

     Contudo, algo ainda mais perigoso surge através de um rugido. É Nikytrar.

     Drogo a encara e rapidamente correu em direção a ela. Mas Nevrah impede. O Supremo não era o único confiante sobre o que fazia. As Fênix estão com tanta determinação quanto ele.

     E aproveitando as mínimas brechas, sendo orientada pela essência Titânica, ela encontrou.

     Nhycall

Fêmea Impura - HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora