O mundo é cruel. Enquanto há seres que vivem e bebem em alegria, há aqueles que sofrem em desamparo.
Cada povo tem sua própria tradição. Alimentam-se de carne humana e repudiam a espécie opressora que a humanidade é. Mas todos tem uma mesma fraqueza...
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Poder…
É o que nota-se a primeira vez que vê um Alpha Genuíno. São banhados em poder, dominância e ferocidade. São portadores de beleza e fertilidade, tudo aquilo que uma mulher anseia para fertilizar seu útero com um filho quando estiver naqueles entimidadores braços.
A presença deles pode ser sentida por aqueles que acompanham o casal Supremo. Nhyara sente a sensação familiar de uma mulher criada por um deles. Deixa-a mais reconfortante sobre suas origens como primogênita de um lhycan Genuíno.
Enquanto estava ao lado do Supremo, ela refletia sobre suas lembranças. Lhycans costumam vir em ninhadas, mas sua mãe perdeu todos em conflito.
Quando uma lhycan perde todos os filhotes, imediatamente entra no cio. Não importa se a Lua de Sangue irá demorar meses para sair. A essência percorre ninha corpo em tentativa única de recuperar seus bebês. Logo após o pai devorá-los, o acasalamento inicia.
Nhyara foi gerada na noite do cometa de sangue a meio século atrás. Mas a gravidez turbulenta devido a ameaça de guerra fez apenas com que a menina viesse ao mundo. Ruiva, olhos verdes como os de sua mãe e sem companheiro…
Toda nobreza e realeza tem predestinado um companheiro. Mas aqueles que não tem, nascem com uma ferida a altura do coração. Como um machucado profundo, simbolizando uma alma incompleta. Seu companheiro morreu sem qualquer retorno ao mundo.
A única lhycan da nobreza sem um predestinado companheiro. Uma solysthyca nobre.
Mas isso nunca foi abalado nela. Sempre forte, esperta, desafiadora e sabia, Nhyara destacava-se entre as demais. Sua beleza e charme só perdia para uma única mulher… uma Ômega.
Ela tornou-se uma solysthyca em diversos aspectos. E como uma solysthyca seria a predestinada ao Supremo, tudo poderia acontecer. Então a bela mulher foi lapidada. Estudou e treinou com seu pai para ser uma grande Suprema.
Sua mãe enchia sua mente de desejos e sonhos em todo seu crescimento. Cada vez mais ela aprendia e aguardava ansiosa o dia que o Supremo viria até ela para torná-la dele.
Ele veio.
Mas ela não era a mulher certa para ele.
Sem respeito e harmonia, Nhyara foi cada vez mais consumida pela raiva e ódio. Não aceitava tamanha vergonha e perdeu a noção de suas ações quando descobriu que a infeliz da Ômega era a autêntica predestinada ao Supremo.
Mas ambas eram solysthycas. A palavra sem tradução em nenhum outro idioma. Ela sempre acreditou que nasceu para isso e quando soube que a impura morreu, teve certeza de seu propósito.
Ela não tem um companheiro e não terá. Não vê o Supremo como seu homem embora esteja perdidamente apaixonado por ele. Mas é a Suprema e age como tal, orgulhosa de ser ela a governar ao lado de um Titã.
