Um Amor Impossível - Priscila - Parte IV

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- Lorde e Ladies que prazer em tê-los aqui em nossa humilde alfaiataria, por favor Gabriela traga nosso melhor chá para as ladies e para o lorde o que devo pedir? – perguntou Martin.

- Para Lorde Ryuu pode ser chá também, tudo bem irmão? – meu irmão não bebia bebidas alcoólicas.

Ryuu consentiu com a cabeça, quando meu pai vinha comigo aqui eles costumavam o entupir de vinho, Madame Karin costuma comprar os vinhos de Quimera os mais apreciados de todo continente. Pouco tempo depois juntou-se a nós Madame Karin e sua filha Luna, as duas sempre se demonstravam muito simpáticas e atenciosas. Luna encheu os seus olhos em Ryuu, apesar de nova era viúva de Sir Bastos, devia ter uns vinte e seis anos, ficou casada com o cavaleiro por quase uma década, até a sua morte estúpida. O seu marido morreu afogado no próprio vomito, morte esta que não era muito incomum de ocorrer. Mesmo assim, Luna sabia o seu lugar e procurou afastar seus olhos gulosos do meu irmão, já que havia outros olhos sobre ele acompanhados de doces sorrisos. Neste momento, Ryuu contava para Nathalia sobre um tal ritual do chá que existia em Nagamoto, parecia até empolgado como se tivesse vivenciado uma boa memória, garanto que já havia esquecido a possibilidade de ir embora. Depois de muita conversa, Madame Karin nos levou até nossos vestidos e Martin levou Ryuu até a roupa que meu próprio pai tinha lhe encomendado.

Meu vestido havia ficado lindo, as cores da minha casa eram o cinza e o prateado, e Madame Karin não tinha economizado na prata, mesmo que houvesse pedido para que não o deixasse muito chamativo, a tradição da minha casa não permitia que usássemos pedras, por isso única coisa que podíamos usarmos era ouro e prata. O vestido da Nathalia estava ainda mais magnífico, verde e coberto de esmeraldas que ressaltavam a cor dos seus lindos olhos.

- Você está linda! – a elogiei.

- Você também!

Ela começou a arrumar meu cabelo.

- Venha vamos ver o Ryuu! Ele tem que te ver assim!

- Ei pare com isso! O que seu irmão vai pensar de mim? – apesar de tudo mantinha Nathalia seus freios que lhe rendiam o titulo de a dama perfeita.

Na verdade, o que quero que ele pense, ter Nathalia minha cunhada não seria ruim. Como disse, ela foi minha primeira amiga além disso sabia do seu coração de ouro e que meu irmão era mais lerdo que jegue empacado. E se dependesse dos dois nada ocorreria, por isso puxei ela pela mão, mas fomos barrados pelo Martin.

- Calma ladies o lorde ainda não está pronto.

Tivemos que esperar até que Martin nos trouxe Ryuu, finalmente uma roupa digna para um filho de um duque, a calça era normal, cinza escuro, por baixo uma camisa branca amarrada por um cordão no peito, e por cima uma espécie de casaco preso por vários botões de prata.

- Ladies, apresento a vocês o estilo de Talos, pode parecer meio exótico para vocês, contudo esta é a moda naquele país. – disse Martin com um certo orgulho.

Peguei no tecido da sua roupa tinha uma textura completamente diferente, nunca tinha visto nada parecido com aquilo, não era couro, mesmo assim era um pouco rígido.

- Que tecido é esse?

- Não faço a mínima ideia, foi trazido a nós pela Companhia de Navegação Imperial, e posso te dizer que é tão caro como ouro, dizem que vem de Palos, um pequeno Reino bem ao sul de Talos. – Martin sempre gostava de fornecer os detalhes de tudo.

- Essa roupa é estranha. – falou Ryuu erguendo as mangas como estivesse preso nela.

- Pare de reclamar você ficou muito bem nela! Não acha Nathalia? – a cutuquei.

O Senhor do VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora