5. Jonas

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Uma recordação dos capítulos anteriores para auxiliar os leitores do projeto D&T:

Maya - Após ser atingida por um homem estranho na praia, Maya Nindberg começou a experimentar sintomas estranhos, mas quando conheceu Nil teve um momento de tranquilidade. A noite terminaria bem, se não houvesse sido atacada por bandidos na rua. Maya vivencia um desastre, quando tira a vida dos homens apenas com a mão estendida. Eles queimaram de dentro para fora com chamas que não se podia enxergar. Maya diz para si que vai ficar tudo bem, mas sabe que está enganada.

Guilherme - Em uma briga no meio da festa de formados, Breno Guilherme matou uma garota e seu namorado com um relâmpago que saiu de suas mãos. Essa garota se chamava Kelly. Amedrontado, ele apanhou os corpos, colocou-os em seu porta-malas e os levou para longe do ambiente. Ele decidiu enterrá-los e seguir sua vida, indo à casa de seu pai em Maceió, mas descobre que sua mãe morreu há dias e ele não estava lá.

*** *** ***




— Um tiro? — descrente, o policial perguntava negando com a cabeça. Todos os envolvidos na investigação estudavam a cena do salão de festas agora silencioso, intrigados com o mistério. Jonas tocou a listra de areia queimada já resfriada. Observou como, de um ponto tão aleatório, ela se encaminhava em direção à árvore que os policiais examinavam confusos. Seus pais choravam desesperadamente. 

— Isso não faz sentido. — o parceiro do investigador redisse, coçando a barba avantajada — Alguém deve estar querendo nos retardar com isso tudo. 

— Olá. — eles ouviram a voz do jovem que se aproximava. Ele tinha uma mancha castanho-clara que rodeava seu olho direito e ia até o topo da cabeça, por baixo dos cabelos negros, contrastando-se levemente com a pele clara. Com a feição de pesar, apresentou-se — Me chamo Jonas. Sou irmão mais novo da Jaqueline Antunes, a moça que desapareceu. 

— Olá, rapaz. 

— Vocês têm alguma ideia de onde a Kelly pode estar? 

— Este caso é muito estranho. A cena do crime é completamente inusitada. Vê esta linha? 

— Eu vi. 

Nesse momento, os pais de Jonas se aproximavam. 

— Ela foi causada por fogo. — continuou o investigador — Alguém disparou algo inflamado contra aquela árvore, mas não sabemos o que isso pode ter a ver com o desaparecimento da menina. 

— O Ítalo apareceu? — João, o pai, perguntou. 

— O namorado de sua filha também está desaparecido desde a festa. Faremos perguntas à família e pessoas próximas pra saber seu histórico. Até aqui, achamos que ele pode ser a chave pra encontrá-la. 

— Por que já não fizeram isso? — a mãe do rapaz perguntou chorosa, lançada aos braços de seu marido. 

— Senhora — respondeu-lhe o outro policial — precisa confiar no nosso trabalho. Sugiro que esperem mais informações em casa. 

— Desculpe, moço — ela limpou as lágrimas —, mas por favor encontre minha filhinha.
— Te prometemos isso. 

Jonas e seus pais saíram para deixar os detetives com seu trabalho. O policial levantou o canto dos lábios com desprezo. 

— Aqueles ali vão atrapalhar mais do que ajudar. 

— Bem, eles não estão sendo melhores do que os próprios fatos. Pelo menos vamos ter mais informações. — disse seu parceiro, olhando para o veículo do garçom que se aproximava. O rapaz sisudo saiu do velho carro e fechou a porta com força, olhando o dueto de policiais que se aproximava. 

Prisões de Guarani - versão gratuitaOnde histórias criam vida. Descubra agora