Capítulo 13 👩

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• Mariano

Advogado: tem certeza disso?

Eu: eu tenho!

Advogado: então assine aqui e aqui - me dá uma caneta. - lembrando, com isso você isenta o seu filho Stefan de receber a herança deixado pelo senhor.

Eu: isso mesmo! Eu quero também que me dê uma caneta e um papel, quero justificar á mão o porque de não deixar...

Ele me trás o que eu peço e mesmo com as mãos trêmulas eu escrevo as seguintes palavras.

Escrevo essa carta ao meu filho Stefan Croff.
As vezes me pergunto onde foi que eu errei... mas vou interceder por você até o último dia da minha vida. Eu tenho esperanças que você mude!

Espero realmente que as pessoas vejam o que você é de verdade...
Uma pessoa fria e calculista...
Me fez sofrer até sem argumentos, me culpa de várias coisas, me ameaçou diversas vezes, tenho certeza que foi você que trocou as injeções antes da segunda cirurgia.

Ouço em seu tom de voz quando fala comigo que deseja minha morte... só gostaria de saber porque de tanto ódio, para com uma pessoa que só te quis ver feliz.

As vezes tenho pesadelo com a sua voz alterada entrando em meu quarto no hospital a força arrebentando tudo.

Sempre te apoiei... te coloquei no mais alto patamar que poderia colocar!

Por isso em plena consciência tiro de você toda a parte da herança que te corresponde.

Ass: Mariano Croff.

Eu: Obrigada! Guarde muito bem essa carta. - o advogado balança a cabeça e sorri.

Posso ouvir o choro em gemidos das minhas filhas ao lado do leito. Minha esposa ficou 3 dias direto, sem descanso, então hoje ela foi pra casa descansar.

Meu filho Giovane aparece quando pode... ele trabalha como piloto de avião. E Stefan aparece quando quer encher o saco.

Desde menino ele tem mostrado um comportamento agressivo e compulsivo. Sempre era chamado na escola por causa disso, mas de um tempo pra cá essa ruindade se virou para mim, sem motivo algum.

Olha pra mim com olhar repugnante. Já jogou sua própria mãe contra a parede. E agora sabe que pedi uma mudança do testamento não sai do meu pé.

Já estou cansado de viver assim...

Triste de quem confiar naqueles olhos cor de mel...

• Maísa

Eu: foi normal...

Mãe: quero detalhes!

(Conto tudo a ela)

Mãe: e o que está sentindo aqui dentro? - bate levemente em meu peito.

Eu: ainda não sei... - respiro fundo desviando o olhar.

Mãe: é o Derick?

Eu: ... mais ou menos... - siiiim.

Mãe: continua falando com ele, né?

Eu: parei ontem...

Mãe: fez bem em parar, antes que será tarde de mais...

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