Capitulo 47 👩

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• Maxwell

Depois de ter levado Mônica lá fui na reunião, fiquei um pouco lá e no final eu peguei meu celular do bolso para responder Lilian e vi uma nova seguidora no meu Instagram.

Mônica... pesquiso um pouco seu feed...

Xxx: então até amanhã!

Eu: an? Até... até amanhã... - bloqueio meu celular.

Ricardo: nervoso? Tá fazendo alguma coisa errada é? - passa por mim.

Eu: não... estou com a cabeça na lua... Ahh... Não vou vir amanhã! - lembro me- vou ficar no hospital com Lilian.

Ricardo: huuum - sorri de lado - já assumiu a gata? - coloca sua pasta em embaixo do braço e cruza os mesmos.

Eu: isso não é da sua conta.  Vamos! - empurro- o para a saída

Entro no carro ligo o carro e juntamente ligo o rádio em uma rádia aleatória.

Rádio

Xxx: vamos iniciar os testemunhos. Boa noite, a paz do senhor.

Yyy: amém.

Xxx: como é o seu nome?

Yyy: Ruy.

Xxx: Então pode contar o seu testemunho! O que Deus fez na sua vida?

Yyy: bom... Quando eu era criança ia para igreja  com minha avó, mas depois de uma certa idade comecei a ficar em casa, sair com "amigos". Eai que começa ... esses que eu chamava de amigos faziam chacota de mim, eu era a piada do grupo, mas era os únicos amigos que tinham naquele momento e querendo ou não eles me traziam "fama" com o resto da escola.

Xxx: então até aí você estava feliz, apesar de ser a piada da turma?

Ruy: sim digamos que sim! Mas isso começou a me incomodar as provocações aumentaram. Iam desde xingamentos e bullying com minha aparência até sobre minha família. Pois eles descobriram que minha mãe quis me abortar quando ainda era um feto, e meu pai fugiu até hoje não sei quem ele é. 

Xxx: e isso foi formando uma ira no seu coração?

Ruy: sim! Então chegou um momento que não quis mais andar com eles, me isolei de todos mundo não queria mais saber... mas não foi tão fácil assim pra eles... eles continuaram a me cercar pelo corredores para me bater. Minha avó já fraca, quando era chamada na escola não aguentava ir. Eu estava sozinho. Então parei de ir para a escola, me isolava dentro do quarto... algumas amigas da minha mãe perguntava onde esta aquela criança alegre que corria para abraçar elas quando elas chegavam e minha mãe falava que eu estava com frescura dentro do quarto.

Xxx: sua mãe então morava com você?

Ruy: sim, mas ela não era uma mãe presente. A vida dela era trabalhar, e sair. Mal cuidava da mãe e muito menos de mim.
Até hoje eu tenho marca de cortes dos vidros e espelhos que eu quebrava dentro do meu quarto.

Xxx: realmente pessoal da rádia,  ele tem várias cicatrizes nos braços e mãos. 

Ruy: foi quando uma das poucas vezes que sai para comprar pão de manhã encontrei com um rapaz que me lembrava dele na igreja... ele falou comigo, me deu um abraço, me lembro como hoje... fazia tempo que ninguém me faça aquele abraço.
Me perguntou se eu estava bem, pois o meu olhar mostrava angústia. Não disse muita coisa do que estava passando mas mesmo assim ele me disse uma frase que me fez chorar

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