Capítulo 59 👩

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° Maísa

Eu: eu estou grávida - Jogo o teste de farmácia em sua direção. 

Pai: o que? - diz e entre abre os lábios.

Eu: não me olha desse jeito, por favor - digo com meu rosto totalmente molhado

Stefan: Tenho minhas duvidas se é meu... 

Mãe: filha? eu te falei tanto... te aconselhei tanto... - diz se aproximando caio de joelhos no chão. 

Eles formam uma roda em volta de mim.

Pai: como... como pode... - diz com os olhos embargados. 

Eu: porque me diz como se eu fosse a unica culpada por ter acontecido? - digo com palavras arrastadas entre choros e soluços. - O Stefan me seduziu 

Stefan: eu te obriguei? 

Mãe: isso não é hora de procurar culpados, vamos resolver da melhor forma.

Stefan: obviamente retirar a criança - diz com a cara limpa girando o teste de gravidez entre os dedos.

Mãe: que loucura é essa? - diz contestando e eu a unica coisa que sei fazer é chorar ainda no chão retorcendo minha blusa ao alisar minha barriga tendo breves flashes daquele dia.

Pai: não sei como irão resolver, só sei que não quero mais olhar na sua cara. Levante - se e pegue suas coisas dessa casa! - diz e se afasta.

Eu: como assim? não, por favor, pra onde eu irei? - me levanto de pressa. 

Mãe:  pode deixar, eu vou atrás dele - diz após uma ameaça da minha parte de ir atrás dele. 

Ela se afasta. 

Eu: pra onde eu vou meu Deus? - abraço meus próprios braços. 

Xxx: Perfeito, por hoje é só pessoal e Maísa que interpretação maravilhosa, não sabia que era tão boa atriz - diz e todos dobram suas folhas das falas do teatro.

Eu: sei lá, nem eu sabia. - dou um sorriso falso.

Caroline: junta aqui amores. - todos se aproximam. - Fábio está perfeito a sua interpretação, mas preciso de mais indignação na sua parte sabe, cuspa as palavras, entre no personagem, você é o pai dela, entendeu?

Fábio balança a cabeça aceitando as críticas.

Caroline: Stefan, nem preciso dizer nada, está indo muito bem. - da três palmas.

Eu: olha, eu já vou tá? a paz, até o culto de domingo. 

Saio dali pegando meu casaco. 

Estamos fazendo o primeiro Teatro desse ano... a virada do Ano Novo pra vocês passou como um piscar de olhos, mas pra mim foi como um pesadelo que até agora não acabou.

💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭

Saio da casa de Stefan pela porta dos fundos como uma fugitiva... humilhada....

Como pude ser tão cega? como pude me entregar assim... não quero nem pensar no que meu pai irá me dizer quando souber... NÃO ele não pode saber! 

Caminhando por uma longa calçada em meio a uma tempestade via minha dignidade, minha pureza, a minha alegria descendo e sendo levadas para o esgoto. Olho para o céu me perguntando como tudo isso foi acontecer... como pude ser uma presa fácil... 

É como se o meu mundo colorido ficasse preto e branco em segundos. Será que poderei sorrir novamente? será que Deus irá me perdoar? 

Pego um Uber e volto para a casa vejo no retrovisor os olhares do motorista, deve está curioso em saber porque estou daquele jeito... ou com dó... ou simplesmente olhando eu molhar o seu estofado... sei lá. 

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