Dia 1 - Missão de resgate (Joalin)

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Mas isso nem explicou direito o que está acontecendo? Meu deus, que loucura é essa

- Vê se está passando algo em outro canal. - Peço para a Sofya.

Ela muda para outros dois canais, que eram todos os que aquela antena de dois séculos atrás sintonizava. Mas nenhum estavam falando sobre a notícia em questão.

- O que vocês acham que o Trump quis dizer com 'alcançar a paz a qualquer custo'? - Pergunta Sina, enquanto ela deve estar pensando em diversas possíveis teorias malucas.

- Gente, eu não entendi nada. - Respondo. - Estou muito confusa, eu estou um puta cagaço disso tudo.

Eu nunca iria me perdoar se eu morresse de fome, dentro dessa casa caindo aos pedaços, e junto com essas pessoas que eu mal conheço. Meus olhos começam a encher de lágrimas, mas logo as puxo de volta, também me recuso a parecer tão frágil e vulnerável.

- Calma Joalin. - Diz Bailey. - Você vai ficar bem, todos nós vamos. Só precisamos ter mais paciência e esperar por notícias que de fato expliquem alguma coisa.

- Gente! Silêncio! - Ordena Sina enquanto chega mais perto da TV para ouvir melhor. - Está passando um outro jornal.

Estamos de volta com a cobertura completa, em todo o País, sobre aquilo que estão chamando na mídia como: "A reprogramação da sociedade. " Vamos falar agora com nossa repórter, Fernando Arantes, direto de Los Angeles, Califórnia.

- Fernanda, como está a situação no seu local?

- Evaristo, as coisas estão piores do que o imaginado. Eu estou aqui em frente ao colégio United High School. O mesmo foi fechado cercado completamente pelas autoridades locais. Os professores tentam manter a polícia do lado de fora do prédio. Eles colocaram cadeira e carteira, bloqueando assim, todas as saídas e entradas do prédio. Parece que muitos alunos, inclusive, ainda estão presos lá dentro, os professores se recusam a deixar que algo de ruim aconteça com nossos preciosos jovens. De volta para o estúdio.

- Muito obrigado Fernanda pelas informações, em breve entramos contato com outros correspondentes espalhados pelo país. Retornaremos em alguns minutos.

Josh de repente, se joga no sofá e coloca as mãos na cabeça.

- O que foi Josh? - Pergunto curiosa.

- É o meu irmão. - Responde ele desolado.

- Desgraçados! - Grita Bailey. - Tinha esquecido completamente, o irmão do Josh estuda nessa maldita escola.

- Você está de brincadeira, não pode ser. - Digo sem acreditar naquilo.

- É sério. - Responde Bailey.

- De tanta escola, mas têm tanta escola. Para que ir estudar naquele lugarzinho? - Pergunto indignada. Se eu estava me raiva por ele, imagina como o Josh não devia estar se sentindo.

- O que eu vou fazer? - Pergunta ele, tentando secar as lágrimas.

- Não vai fazer nada. - Responde Sofya bruscamente. - É só isso que você sabe fazer mesmo. Nada. Vai ser pior se você tentar fazer alguma coisa.

Nossa, como ela conseguia ser tão chata, insensível, e maldosa a esse ponto, a pessoa acabe de ver que o irmão está preso dentro de uma escola cercada de policias tentando prendê-lo, e ela simplesmente cagou para isso. Ela já estava me irritando profundamente.

- Eu te ajudo. - Digo levantando do sofá e indo para o lado dele.

- Mas, eu nem sei o eu vou fazer.

- Não importa, ele é seu irmão. E ele precisa da sua ajuda. De onde eu vim, uma cidadezinha bem pequena na Finlândia, tínhamos um ditado que era assim: "Pela família, nós atravessamos fogo e mares, montanhas e abismos. Tempestades e solidão. Porque quem não luta por aquele que tem seu sangue, não dá valor para a própria vida. " Em outras palavras, nós vamos ajudar seu irmão.

- Eu vou com vocês. - Diz Bailey. - Afinal, sou o único que sabe dirigir aqui.

- Não, você não vai não. - Responde Sofya segurando no braço dele. - Nós precisamos de você aqui conosco. Temos que conseguir comida.

Bailey tira cautelosamente a mão direita dela, que está fortemente agarrada ao seu braço, e dá um passo para trás dela.

- Quem você acha que precisa mais de ajuda? - Pergunto a ela. - Um moleque que vai passar a noite com frio, e medo de ser preso a qualquer momento ou você que vai estar aqui nessa casa, dormindo tranquilamente na sua cama Box?

Ele me encara profundamente dentro dos meus olhos, mas mostro que não tenho medo dela. Porque sabia que isso era o certo a ser feito.

- Então vamos nessa. - Diz Josh, saindo do sofá e indo para a porta.

Unidos Para SobreviverOnde histórias criam vida. Descubra agora