Um lugar

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Acordo primeiro que ele e desço nas pontas dos pés para não acordá-lo. Vou à cozinha e coloco água para ferver e o pó de café na cafeteira, depois pego uma tigela e corto algumas frutas vermelhas como morangos, framboesas e amoras. Deixo no balcão e na geladeira pego um iogurte mais um copo no armário. Coloco tudo em uma bandeja.

Durante todo o processo penso na última aparição de Vicente e em Alice, que ainda não me deu sinal de vida, e coloco a cabeça para funcionar para conseguir encaixar mais peças de toda essa loucura. Mas ainda não tenho nada claro na mente e não conseguirei sozinha.

Preciso de Vicente.

Pego a bandeja, junto com minha caneca com café preto, e levo para o quarto onde Conrado continua dormindo. A deixo no criado mudo e beijo seu rosto algumas vezes para que acorde.

-Bom dia flor do dia.

-Bom dia, Emmy. –Ele me beija.

-Dormiu bem? –Pergunto fingindo inocência.

-Como há muito não dormia. Olha só, o meu café da manhã na cama?

-Eu sou uma caixinha de surpresas. –Dou de ombros.

-Você é. Obrigada, amor.

-De nada. –Pego minha caneca e tomo o café.

-O que quer fazer hoje?

-Hm... O que normalmente eu faria?

-Iria ao parque.

-Ótima ideia! Vamos?

-Claro.

Termino meu café e vou para o closet procurar algum moletom porque o dia está nublado e vou para o banheiro.

Rapidamente estamos trocados indo para o parque.

Passamos a tarde lá, de frente ao lago, observando as pessoas correndo com seus cachorros ou com seus filhos. Pessoas com seus patins e skates. Rodas de música e poesia. Todos os tipos de gostos e personalidades em um só lugar.

Desfruto da companhia de Conrado e me sinto bem, sem me preocupar com nada.

Entre o passado e o agoraOnde histórias criam vida. Descubra agora