Caçadores do Luar - A Ordem Dos Arqueiros Do Luar

Capitulo 06

Damon bateu na porta de meu irmão mais novo por 5 anos, Jason.

- Oi... A Jane me disse pra pedir roupas pra você, Jason não é? Sou novo.

- Você esta mesmo precisando cara - Jason riu. Meu irmão por parte de pai é estatura media cabelos loiros e olhos azulados. - vamos entre.

- Afinal por que vocês usam tanto preto?

- Somos caçadores do luar, honramos a noite e se assemelhamos a ela, usamos também vinho cinza escuro. Cinza para as nuvens e vinho para o sangue. Um dia você vai estender e gostar até. - respondeu Jason fuçando na gaveta. - Aqui, pode usar todas essas, tenho bastante.

Damon pegou o bolo de roupas, e as botas.

- Obrigada.

Damon desceu as escadas e sinceramente me impressionei.

Estava com uma regata preta, jeans pretos e botas cano baixo também pretas. A regata deixava a mostra seus músculos dos braços.

- Melhor? - perguntou ele com um meio sorriso.

- Muito melhor - respondi pensando "nada mal" - vem vamos logo.

Chegamos ao campo de treinamento que consistia em uma área aberta com um cercado de ferro baixo, grama e vários equipamentos de peso, armas etc.

- Vamos começar trabalhando força física e depois mental entendeu?

- Mental tipo, levitar coisas? - pergunta apoiado na cerca.

- Exato, mas por enquanto vamos trabalhar a física. Sua força - falei prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

- Não quero me gabar mais, sou bem forte - disse ele exibindo os bíceps. Eu gargalhei. - ta zoando comigo né?

- Um pouco - eu ri - vem aqui tenta me derrubar.

- Não quero te machucar - ele avisou - sou forte.

- Garanto que sou mais.

Ele focou em minha cintura para me derrubar, avançou com os braços um pouco estendidos. Peguei o seu braço direito, ele estava ainda curvado - para tentar me derrubar - segurando o braço dei uma leve joelhada em seu peito e com a outra mão segurei o outro braço dele e o virei, derrubando-o rapidamente.

- Como fez isso? - disse ele ainda no chão.

Me curvei e pus as mãos nos joelhos

- Aquele lance de força sobrenatural lembra? - falei, ele sorriu - mas também não basta só força, precisa de treino.

- Me ensine então mestra - disse ele rindo e se levantando.

- Ta bom venha aqui. - peguei em seu peito e pressionei um pouco - aqui é o equilíbrio de uma pessoa quando esta curvada, então com a joelhada bem aqui - passei a mão em seu peito quase perto de seu pescoço para demonstrar - você pende para o lado, aonde te girei com facilidade.

Ele ficou me olhando por um segundo, então percebi que ainda estava com a mão em seu peitoral. Soltei rapidamente.

- Pare de me olhar! - fiquei sem graça então mudei de assunto - entendeu como se derruba alguém curvado?

- Sim entendi - ele deu um meio sorriso.

- Agora vai treinar socos e chutes nos sacos de areia ali - apontei para o meio do campo, no canto há sacos de areia grandes pendurados por uma corrente.

Ele começou a treinar socos e eu fiquei sentada em um toco de arvore perto dele pensando e as vezes o dando instruções

Vi Philliph se aproximar com seu arco na mão.

- Treinar ao ar livre a essa hora soldado? - falei, ele sentou do meu lado.

- Preciso esvaziar a cabeça, das responsabilidades e...

- Os sonhos outra vez? - perguntei preocupada, ele havia passado noites em claro por causa desses pesadelos.

- Sim, tive o mesmo sonho hoje- ele abaixou o olhar e ficou analisando o arco.

- Não fique assim, não se atormente só por que não lembra do rosto deles.

- Eles já devem estar mortos a uns 100 anos, mas queria saber quem são e por que fizeram isso comigo- vi a dor nos olhos de Phlliph como em muitas vezes ao decorrer dos anos, quando ele sonhava com os pais.

Isso o atormentava, pelo fato de ter abandonado na rua e parcialmente sem memórias dos pais; ele só lembrava da voz deles e mais nada. Meu pai o achou na rua e o trouxe para Collen, ele tinha apenas 11 anos de idade, e mesmo com 149 anos não esquecia da dor de ser abandonado.

- Muitas coisas podem ter acontecido Philliph, podem ter sofrido acidente ou..

- Ou apenas não me queriam - murmurou.

Ficamos em silencio, vi uma lagrima ousando querer cair dos olhos dele mas como sempre ele a "engoliu" - Philliph nunca se deixa vencer por uma lagrima - Pus a mão em seu ombro para conforta-lo.

- Ele esta chutando como uma menina - disse ele arrumando a postura.

- Eu sei - dei risada. - quer ajudar?

- Tudo bem.- ele se virou para Damon com voz de autoridade - chuta mais firme, esta chutando como uma garota de 5 anos.

Damon se ofendeu e fechou a cara.

- Qual é? Você se acha cara - diz Damon

- Estou te instruindo

- A minha mestra é a Jane não você.

- Ela pensa o mesmo, me pediu ajuda. - ele disse serio - agora chute firme pirralho - gritou ele com a autoridade que usa sobre seus soldados nas missões.

Damon parecia que ia explodir, mas virou e começou a chutar de maneira correta. Philliph deu um meio sorriso convencido e olhou para mim que respondi batendo continência.

- Estou exausto Jane posso parar? - perguntou Damon arfando.

- Não, corra pelo campo 20 vezes e depois abdominais - ordenou Phlliph.

Damon estava cansado, ficou 1 hora e meia treinando, senti pena, Philliph estava passando do limite por que não gosta do Damon.

- Não Phil chega - Damon cambaleava de dor na perna, já que Philliph o forçou a fazer mais 30 min de perna por ter respondido mal. Então ajudei Damon a andar um pouco.

- Vai defender o pirralho?

- Sim, ele esta cansado e é meu aprendiz. Pedi para você ajudar mas esta passando do limite - respondi - até mais.

Damon enquanto nos dois saiamos do campo olhou para trás e sorriu convencido para Philliph.

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Coitado do Damon!
E coitado do Philliph também, porque essa coisa dos pais dele deve ter sido muito dificil. E não se esquecer disso depois de 149 anos de vida? É tenso.

Espero que tenha gostado meu lindo leitor...

Estrelinha *-*

BYE...