Parte II Capitulo 2

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Andamos cerca de 1 hora até encontrar a floresta encantada onde vivia Torelay. O percurso inteiro fiquei pensando se aquela hora na floresta fora a ultima vez que eu iria vê-lo. Odiava essa ideia.

- Torelay! - gritei ao pé de sua arvore favorita.

- Quem me chama? - responde ela voando até o chão com suas asas rosa pontudas. - Ah Janezinha é você, quanto tempo! Não nos vemos desde...

- Desde que fugimos de você te enfeitiçando com pó de troll? - completei.

- Isso mesmo, como vai a minha aprendiz de fada preferida? - ela faz sua famosa voz de falsa doçura.

- Por favor Torelay - bufei - não tenho mais idade pra isso e nem Philliph!

Torelay o olhou com um olhar malicioso de cima a baixo.

- Ficou apetitoso o menino chorão não é? - ela acariciou o rosto de Philliph

Afastei a mão dela com um tapa e a empurrei pressionando-a em uma arvore, com meu punhal apontado a milímetros de seu pescoço.

Torelay era uma fada sem escrúpulos, vulgar. Tem cabelos cacheados com um tom claro de rosa, tem olhos azuis como o céu. Seu corpete aperta o busto deixando seus seios quase totalmente amostra.

Certa vez quando eu e Philliph éramos pequenos, atravessamos acidentalmente o espelho e Torelay nos encontrou vagando perdidos na floresta encantada. Nos alimentou e cuidou, mas sua real intenção era nos tornar seus pequenos escravos.

Fui esperta em fazer amizade com um troll que me ajudou a escapar junto com Phil. Pó de troll era o único item magico que podia deter o poder de qualquer fada da floresta encantada.

- Sério que você vai matar a fada bonitona? - perguntou Kane.

- Ela é uma víbora. Não se deixem encantar - alerta Phil.

- Tão amável ver você falando tão bem de mim Philliphzinho - disse Torelay ainda sobre a ameaça de meu punhal.

- Vamos parar de brincar Torelay - eu estava perdendo a paciência, olhei nos olhos dela com ódio. - Sabe o que queremos.

Torelay fez cara de tedio e revirou os olhos.

- Sabe que não pode me matar se seu punhal não...

- Estiver molhado no rio da morte - disse eu revirando os olhos - Acha que sou burra? Mergulhei antes de vir aqui todas as nossas armas.

- Maldito rio - murmurou ela - Okay, me solta que eu falo.

- Mais é claro! Caçadores apontar flechas para a fadinha - mandei soltando-a

- Confia tanto em mim que até me emociono - diz ela - Querem a localização dos ogros carnívoros?

Torelay estralou os dedos e um mapa apareceu em sua mão.

- Siga o mapa, e quando chegarem lá ele vai brilhar - diz ela revirando os olhos.

- Obrigada - agradece Phil.

- Não mereço nem um beijinho? - pergunta Torelay fazendo biquinho.

Philliph fez cara de nojo e virou e foi embora.

- Oh do corpete, você é bem oferecida. Sabia que seus peitos estão quase saindo para fora? - diz Alice.

- Desculpa, mas eu tenho peitos - responde Torelay.

Alice fez cara de indignação, ficando de boca aberta.

- Jane posso matar essa fada estúpida?

- Não.

- Posso nem furar o silicone barato dela? Só um pouco - ela disse puxando um punhal.

- Não Alice - puxei o punhal de sua mão.

- Deu sorte sininho de cabaré - murmurou Alice.

Saímos da floresta encantada todos juntos.

- Temos que correr para achar a toca deles antes que.. - olhei com olhar apreensivo.

- Vamos achar Jan, vou chamar Felix - confortou-me Phil.

- Felix?O que é isso? Outra fada? - perguntou Elise.

- Não, meu dragão.

Philliph pegou em seu bolso um apito fino de madeira entalhada e soprou com força.

Cada dragão tem um som diferente que os atrai.

De repente no céu uma grande sombra que cobriu- nos. Perto de Phil pousou um dragão gigante verde e com olhos gentis apesar de ter uma aparência assustadora.

"Chamou senhor?"

- Felix, que saudade amigão - Philliph acariciou o dragão.

" Esta tão crescido, o que precisa?"

- Carona - falou apontando para o mapa magico.

Voamos por pouco tempo até o mapa brilhar.

Estavamos em uma floresta de arvores com folhas amarelas mesmo no verão.

Havia varias casas gigantes de madeira e na entrada desse "pequeno" vilarejo não havia ninguém. Entramos sorrateiramente.

- Onde estão todos? - sussurrei.

- Provavelmente os homens caçando e as mulheres atras da montanha cozinhando. Sinto cheiro de carne - disse Scott. Senti ancia de vomito só de pensar que pessoas estão sendo cozinhadas.

- Melhor ainda, vamos nos separar. Jane vem comigo procurar os calabouços. - diz Phil.

Nos dividimos e procuramos por toda parte o calabouço, então Phil e eu achamos uma pequena caverna cheia de ossos humanos espalhados pelo chão e pendurados por cordas nas paredes. Entramos discretamente. Acendemos tochas e começamos a adentrar a caverna.

- Jane posso falar com você um instante?

- Pode claro - falei dando os ombros.

- Sei que aqui não é o lugar mais apropriado ou romântico, tem ossos e crânios por toda parte mas sinto que se não falar agora vou esplodir - ele limpou a garganta - Não sou o cara mais romântico do mundo, você sabe, não tenho jeito para isso então vou falar de uma vez - ele pegou minha mão deixando a tocha de lado.

- Jane eu sou completamente e totalmente louco por você, estou louco e apaixonado. Não consigo mais disfarçar e guardar para mim - continuou Philliph.

- Philliph, eu não sei o que dizer eu...

E sem poder completar, Philliph me puxou pela cintura e me deixando sem ar pressionou seus lábios nos meus. Fiquei completamente atônica.

Meu corpo rígido relaxou ao toque de sua mão em meu rosto. Não tive opção a não ser se entregar aquele beijo firme e apaixonado que me incendiava por inteira a cada movimento seu.

Sua respiração compassada me deixava completamente tranquila.

Sempre tive uma paixonite secreta por ele, a um tempo essa paixão havia adormecido não sei o porque. Mas com tudo isso ela despertou e me senti completa.

Aqueles minutos compensaram todo o tempo em segredo.

Philliph me ama.

Ele foi diminuindo o ritmo até parar completamente e desunir nossos lábios devagar.

- Melhor a gente continuar procurando o Damon não é? - gaguejei totalmente vermelha.

Ele deslizou o dedão em minha bochecha e sorriu.

- Vamos.

Caçadores do Luar - A Ordem Dos Arqueiros Do LuarOnde histórias criam vida. Descubra agora