Parte II Capitulo 3

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- Ouviu isso Phil?

- Parece um ronco - respondeu franzindo as sobrancelhas

Viramos a direita no túnel que percorria a caverna e vimos uma cela enorme com algum tipo de prato gigante de metal no meio.

- O ronco vem de dentro do prato, toma abre - joguei a chave da cela na mão de Phil.

Se aproximamos do prato e vimos Damon deitado no meio de folhas e ervas dormindo.

- Damon - gritei.

Ele acordou assustado

- Você estava dormindo enquanto salvávamos sua vida? - Phil deu uma leve risada.

- Me jogaram no meio disso e mandaram eu descansar. Eu poderia fazer o que? - Damon bocejou e se espreguiçou - vamos dar o fora daqui?

Ouvimos passos vindo dos túneis. Logo ouvimos urros e vozes altas e grossas

- Droga, droga, droga! - falei pegando a espada.

- Calma - Philliph riu de minha aflição. - plano numero 3. - deu uma piscadela.

- Plano o que? - Damon coçava a cabeça.

- Sabe fazer pedras flutuarem Damon? - perguntei.

- Sei obvio.

- Vamos subir naquela - apontei para pedra grande e chata a metros da jaula. - você vai fazer ela flutuar pra fora daqui enquanto nós - apontei para mim e Phil. - vamos fazer o plano 3, okay?

- Ta legal.

Subimos na pedra rapidamente, ficamos em pé na rocha enquanto Damon ficava sentado de pernas cruzadas e mãos estendidas de cada lado com os cotovelos apoiados nos joelhos. Ele de olhos fechados repetia "rocha" repetidamente. E a pedra começou a flutuar.

Os passos ficaram mais próximos e começamos a flutuar na direção deles.

- Agora.

Ficamos um na frente do outro com as mãos estendidas como se segurássemos uma bola. Fechamos os olhos e se concentramos em fogo e luz.

Quando estávamos a poucos metros de distancia dos ogros respiramos fundo. Viramos as mãos e o corpo para eles.

- Fogo! - gritamos os dois juntos. Mais que de repente uma bola enorme de fogo surgiu e emitiu uma luz extra forte.

Empurramos a bola para os ogros e eles sumiram em cinzas.

Damon abriu os olhos, e a pedra ainda flutuava.

- Cara que legal! Eu consigo fazer algo assim? - disse ele animado.

- Consegue - dei uma risadinha - agora vamos sair dessa caverna.

A pedra pousou e corremos para Felix. Todos estavam la menos Jason e Rave.

- Onde eles estão? - perguntou Elise.

- Não tenho idéia.

Então vimos Jason carregar Rave totalmente desacordada em seus braços. Quando Jorrard os viu ficou desesperado.

Jorrard é apaixonado por Rave a séculos.

- O que aconteceu - Jorrard tomou Rave em seus braços.

- Ela bateu a cabeça. - responde Jason.

- Vamos embora logo, leve ela até Felix. - diz Phil

Pousamos em um outro vilarejo do reino de Collen, e fomos procurar Romênios - um medico experiente que saberia cuidar de Rave.

Enquanto um assistente de Romênios cuidava do ferimento de Rave - que já havia acordado - eu e Romênios fomos conversar.

- Preciso de ajuda - eu estralava os dedos de nervosismo.

- Só pedir minha filha. - respondeu-me

Ele era um velhinho de cabelos brancos e aparência cansada. Ele também me ajudou em minha primeira "visita" a Collen.

- Como chegamos a ampulheta?

- Bem, você sabe que só conseguirão encontrar o caminho com um coração sincero. Isso sei que você já possui, minha jovem. Mas precisaram de dois Korloquies. - disse ele enquanto cheirava as flores que estavam na janela.

- Mas, só temos uma Korloquie, Mylena.

- Posso arrumar um, que vai adorar ajudar.

- Quem? - perguntei

- Meu neto Tyson.

...

Quando chegamos a casa de Tyson, ele foi bem educado.

Tyson é um cara bonito. Alto, forte, cabelos castanhos e olhos acinzentados.

- Então querem ajuda para encontrar a ampulheta? - pergunta Tyson, esfregando o queixo.

- Isso mesmo, pagamos 20 moedas de ouro. - respondi. Eu estava um pouco desconfortável sentada em um sofá feito de peles de animais. Péssimo gosto pra decoração.

- E se encontrarmos claro - comentou Scott

- Ajudo então. Mas com quem vou trabalhar? - Tyson continuava a esfregar o queixo.

Mylena deu um passo a frente. Ela estava atras de todos, como sempre tímida.

- Essa é Mylena - apresentei.

Tyson olhou-a de cima a baixo e sorriu de canto.

- Tudo bem graçinha? Me chamo Tyson - ele estendeu a mão para cumprimenta-la, e piscou com o olho esquerdo para ela.

Mylena fez uma cara de desaprovação.

- Tudo bem sim Tyler.

- É Tyson. - ele riu - você é uma graçinha sabia?

- Hey querido, estamos te contratando para encontrar a ampulheta, não paquerar a nossa vidente. - disse Alice.

- Alice por céus, fique quieta. - murmurou Rave.

- Não me manda ficar quieta cabeça rachada - Alice cruzou os braços irritada.

- Chega as duas - falei.

- Não Jane, deixa a briga rolar - comentou Scott parecendo se divertir com a cena.

Revirei os olhos e dei um empurrãozinho em Scott. Ele sempre foi do tipo que gosta de ver as coisas esquentarem e ainda ri.

- Então, vai ir com a gente? - perguntei a Tyson.

- Sim.

Caçadores do Luar - A Ordem Dos Arqueiros Do LuarOnde histórias criam vida. Descubra agora