138 ANOS ATRÁS ...
O cheiro de chocolate amargo predominava na sala.
Luna brincava entre as inúmeras prateleiras de livros que compunham a biblioteca da senhora Mclare.
Janeth, estava sentada em uma cadeira reclinável folheando um grande e espesso livro de contos. A lareira ao lado fazia parte da iluminação fraca do local. Encima dela havia um escudo com um H gravado. Duas espadas atravessavam o escudo perfeitamente.Janeth morava em um casarão de dois andares com uma biblioteca aconchegante. Ela abria a biblioteca para o publico de manhã e fechava a porta que dava para o resto da casa. O ponto mais tranquilo e o preferido de Janeth e Luna era aquela biblioteca, onde viviam inúmeras aventuras.
- Luna querida, pare de correr - diz Janeth tomando um gole de seu chocolate.
- Sou um pirata - Luna urra e faz poses com uma régua escolar na mão.
- Seja um pirata bonzinho e sente para ouvir a historia. - ela sorri gentilmente e Luna suspira e coloca a régua em uma das prateleiras. E senta no tapete e arruma seu vestido azul.
- O papai chega amanhã? - pergunta. A expressão de tristeza de sua mãe respondia o que Luna ja esperava. Um não. - Mas amanha é meu aniversário!
Janeth alisa os cabelos da filha, cabelos castanhos como os dela.
Luna é uma copia viva da mãe, com seus olhos castanhos, pele branca, cabelos castanhos e rosto delicado.- Ele tem muitas coisas para fazer - ela suspira - preciso te contar toda verdade filha.
Luna franziu as sobrancelhas e procurava entender que verdade sua mãe estaria falando.
- Bom...
A campainha tocou repetidas vezes e Janeth interrompeu a conversa para atender.
John - tio de Luna, irmão de Janeth - entra desesperado.- Janeth, os capa vermelha estão vindo. - alerta ele retomando o ar nos pulmões.
- O que eles querem?
- Querem a Luna - diz ele. Ele segura os dois ombros de da irmã, olhando-a nos olhos - Querem mata-la.
Luna se assusta e derruba o chocolate quente no tapete.
- Mãe, o que o tio John esta falando? - questiona aflita.
- Filha, lembra aquele truque que a mamãe ensinou? - Janeth abria as gavetas da mesa desesperadamente.
- O do copo?
- Sim - Ela pega um relógio prata nas mãos e entrega para a filha. John entrega as pressas o copo e o vinho para a menina - faça agora!
- Por que? Mas a lua ja saiu a horas.
- Você não precisa do primeiro raio, você faz parte da lua - diz a mãe jogando o vinho no copo enquanto John abre as cortinas. - Aperte o relógio forte em sua mão.
A menina obedeceu,mas não entendia o que estava acontecendo.
Ela jogou o relógio no vinho e a mãe espirou fundo.- Agora venha - Janeth puxou uma chave de seu colar e encaixou em uma fechadura na parede. Ela se abriu e deu para um compartimento secreto. - filha, eu amo você.
- Eu também mãe - os olhos de Luna lacrimejaram.
Ela entrou no compartimento.
- Abra só quando ouvir a voz de seu pai. - ela da um beijo na testa da menina e fecha a parede falsa.
Luna fica inquieta dentro de um espaço tão pequeno. Ela vê um buraco na parede e espia por ele.
Ela vê a mãe do outro lado tirando de um baú duas espadas.Um barulho muito grande de algo caindo, parecia a porta.
Homens de com capas vermelhas entraram e começaram a gritar coisas que Luna não entendia.
"Onde esta a menina?"
"Prefiro morrer a dizer a vocês"Como nas historias que Luna ouvia sua mãe contar, começou uma luta com espadas. A menina achou que era uma brincadeira, um teatro como sua mãe sempre fazia, mas ela perdeu o ar ao ver sua mãe cair no chão com duas espadas atravessadas em seu corpo.
Seu tio John foi arremessado contra estantes que caíram fazendo muito barulho.Os homens de capa reviraram tudo na casa até irem embora. Luna chorava tapando a boca com as mãos. Ela não entendia porque de tudo aquilo estar acontecendo.
A mãe dela estava morta e seu tio também. Ela esperou até alguns minutos quietinha pensando que talvez acordassem, mas não.
- Droga - ela ouviu alguém falar - Chegamos tarde. - gritou um homem.
- Vamos verificar o local senhor - outra pessoa falou.
Um homem alto e forte chegou perto do corpo de Janeth. Ele usava capa preta e as roupas também. Ele urrou de dor.
Luna o reconheceu, era seu pai. Então abriu o compartimento e saiu correndo para seus braços chorando desesperadamente.Algumas pessoas que estavam com o pai dela levavam o corpo da mãe e do tio de Luna. Uma mulher alta com cabelos negros escoltava o pai e ela.
Quando chegaram em um beco dois homens enfiaram suas facas na parede algum tipo de portal negro se abriu.
- Vamos - diz um dos homens. Terminando a frase, uma flecha atravessou sua garganta e ele caiu no chão.
Dois homens de capa vermelha apareceram no beco e investiram contra a menina, enquanto mais três lutavam. A mulher de cabelos pretos deu uma coronhada em um deles e o segundo lhe enfiou uma faca no seu coração.
O pai dela agarrou a filha e se jogou contra o portal.
Após acalmar Luna e leva-la para sua nova casa, o pai explicou cada coisinha para ela.
Era muito para a cabeça de uma criança, mas com uma incrível maturidade ela parecia entender.Caçadores, Lenda, Korloquies, Imortalidade.
Ela assentia ainda um pouco abatida.
- Eles não vão te achar - diz o pai segurando a mão da filha que esta deitada para dormir.
Ela abaixa a cabeça e pensa.
- Mamãe sempre dizia que para ninguém reconhecer os heróis eles precisavam de mascaras ou outros nomes - diz Luna.
- Sim filha. Você quer outro nome? Ou uma mascara? - ele sorri forçado - tudo o que quiser.
- Quero ser corajosa - ela diz - quero ser como a mamãe.
O pai assenti sorrindo levemente.
- Janeth - ela franzi as sobrancelhas - Não! Jane. Meu nome vai ser Jane.
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Caçadores do Luar - A Ordem Dos Arqueiros Do Luar
FantasyJane Mclare é uma caçadora de monstros imortal, por ser nova e ter apenas 148 anos é designada para ser buscadora de novos talentos para caçador em escolas de todo pais. Nessa ultima escola brega que ela entra, ela precisa trazer dois adolescentes d...