Capítulo 3

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~ Eliza ~

     ESTOU CHEGANDO em casa depois de um dia cheio e cansativo

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     ESTOU CHEGANDO em casa depois de um dia cheio e cansativo. Ouço gritos vindo da minha casa. Começo a correr rápido, já sei o que é: meu pai batendo na minha mãe, de novo.

     Entro igual a um furacão. Meu pai está segurando minha mãe pelos cabelos e logo desfere um soco no seu ombro.

     - Para, pai! - grito e o empurro. Sinto o cheiro de bebida.

     - Sua vagabunda - meu pai me xinga e me dá um tapa no rosto. Arde.
     Não me importo com isso, me posiciono na frente da minha mãe para protegê-la.

     - Sai da minha frente - José manda, mas não obedeço-o. - Sai! - ele acerta o pé do meu ouvido com o antebraço

     Tropeço nos meus próprios pés e caio sobre o armário de ferro. Meu pai vai para cima da minha mãe e começa a espanca-la. Me recomponho e seguro o braço do meu pai. Ele xinga minha mãe de tudo que é nome. Ela grita e pede para ele parar pois está a machucando, ele ignora.

     José está descontrolado, eu não consigo detê-lo com as mãos livres. Desesperada, pego o pano de prato e por trás, cubro sua visão e o puxo para trás. Ele sem qualquer apoio e nitidez nas vistas cai sobre mim.

     - Corre, mãe - digo e continuo segurando meu pai.

     José começa a dar socos no dorso da minha mão. Mas não recuo.

     - Corre, mãe, vai! - grito e sou atingida  no nariz com um soco. Francisca sai correndo de casa.

     Um gota de sangue cai na cabeça careca do meu pai. Meu nariz e pé do ouvido dói. Estou cansada e ofegante de lutar com meu pai, então, o solto. José se levanta e me puxa pelo cabelo, com a mão livre acerta um soco na minha barriga.

     - Você, não tente defender aquela vagabunda - ele chuta minha perna.

     - Eliza! - ouço a voz de Rafinha.

     José é empurrado para longe e meu irmão me ajuda a levantar.

     - Cadê a mamãe? - ele pergunta.

     - Eu mandei ela correr - passo o pulso no nariz, me sujo com meu próprio sangue.

     José se levanta do chão devagar. Ele xinga Rafinha de todo o nome, mas meu irmão ignora.

     - Você não sabe pra onde a mamãe foi? - ele pergunta.

     Nego e fungo.

     - Vamos atrás dela - ele tira a camiseta e limpa meu nariz.

     Saímos de casa e começamos nossa busca pela mamãe.

     - Não voltem mais! - José grita. - Fiquem com aquela mulher que vocês chamam de mãe.

VENDIDA - A Menina que precocemente tornou-se mulher - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora