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Contém: morte, uso de drogas, prostituição, estupro, ménage a trois, violência, feminicidio, sexo explícito
Eliza Ferrari é uma garota pobre que morava no interior do Pernambuco juntamente com seus pais. Independente das dificuldades familiare...
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ELIZA. ELIZA e Eliza. É só nela que eu consigo pensar. Já era para eu ter ido buscá-la há uma semana, mas estou temendo o que posso encontrar nela.
Já imaginei em mil e quinhentas numerações no seu corpo. Não consigo dormir direito desde então. Já entrei na sala de bate-papo do site da casa noturna por milésimas vezes a fim de negociar alguns dias com ela, mas o temor de encontrar algum tipo de lote me assombra.
De uma coisa eu sei: os serviços oferecidos pela boate não é legal. Caso fosse, as meninas não teriam nenhuma numeração no corpo, e no mesmo lugar, tamanho e forma.
Eu preciso de você aqui comigo, Eliza.
Agora, estou sentado no canto do sofá mexendo no MacBook. Mais especificamente procurando a origem de tanto dinheiro da rede de casas noturnas para qual Eliza trabalha. São muitos nomes, até de pessoas superconhecidas minhas - embora eu sei que pode ser cpf roubado, isso acontece bastante no mercado mundial ilegal. Procuro pelo nome de Egas e não acho, o que me faz pensar ser um pseudônimo. O valor total anual de capital me espanta: cinco milhões de dólares. Pela lógica, o valor que é cobrado por cada cliente em hora não chega a tudo isso em doze meses.
Começo me infiltrar mais no sistema de todas as casas noturnas que estão espalhadas pelo mundo. São muitas, até no Oriente Médio.
São tantos nomes, contas e saldos, que se torna impossível saber de onde vem tanto dinheiro. Sei que tem uma conta bancária que transfere dinheiro para muitas outras, mas não dá para saber qual por causa de tanto capital.
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Já mandei a srta. Day preparar o jato para o fim da tarde, vou buscar a srta. Ferrari e fazer ela me contar tudo.
Meu celular toca, olho no mostrador e vejo o número da srta. Day.
_ Mia.
_ Caleb, sinto muito em te dizer isso, mas a tripulação cancelou a viagem.
Franzo o cenho.
_ O quê? Com ordem de quem eles fizeram isso?
_ A previsão diz que vem chuva com muito vento, você sabe que é perigoso - ela ignora a minha pergunta e se explica.
_ Foda-se a previsão do tempo e o que ela diz. - minha voz sai rude.
Ouço-a suspirar longo do outro lado da linha.
_ Você quer mesmo arriscar? Noite, chuva e vento, Caleb - pela sua voz, sei que está um pouco irritada. _ Você pode ir amanhã pela manhã caso o tempo melhore, e claro, é o seu único período livre.
