Beijo

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Capítulo 18 – Beijo.

Maryann Jacob POV •atualmente•

Quando eu era adolescente tive que lidar com muitas coisas. Hoje em dia eu vejo que, muitas vezes, tive atitudes muito exageradas. E, quando eu tinha que dar ataques, eu não dava. Hoje eu percebo que eu poderia ter feito tudo dar certo, que eu poderia ter feito diferente. Não estou jogando a culpa toda para mim, claro que não. As desavenças do nosso relacionamento era culpa de nós dois e de alheios que nos rodavam o tempo todo.

Nascemos sabendo que um dia vamos perder alguém importante. Crescemos tendo que encarar essa realidade, por mais dolorosa que a verdade seja. Mas nunca estamos preparados para a perda. A dor normalmente é pequena até a ficha cair, ela vai crescendo no peito mais e mais a cada dia que passa. As vezes desejamos apenas mais um dia com a pessoa, ou, pelo menos, um minuto.

A dor a perda é aquela que te corroí aos poucos. Começa como uma pontada e depois intensifica como se alguma coisa cortasse todo seu corpo. Perder alguém é péssimo, sempre jogamos o por que de ter perdido uma pessoa "boa". Era uma pessoa doce e decente, não era legal aquilo.

No meado de setembro um baque caiu em Malibu; ele estava morto. Foi muito difícil para mim, tive que lidar com a ausência. Ele tinha partido e levado metade do meu coração junto.

Maryann Jacob POV

Deixei a água gelada cair pelo meu corpo, molhando meus cabelos e meu rosto. Apoiei minhas mãos espalmadas no azulejo cinza. Eu estava fisicamente cansada. Justin me dava trabalho.

Senti seu corpo colar no meu, suas mãos passearam pela lateral do meu corpo nu e ele relaxou ainda mais seu corpo, me empurrando na parede gelada. Soltei um gemido.

— Bom dia, gata. — resmungou, com a boca colada em minha nuca.

— Bom dia. — me virei para ele — Bom dia! — afirmei.

Ele sorriu para mim, tirando os cabelos grudados das minhas costas. Beijou meus lábios, prensando meu corpo na parede. Justin ergueu minhas mãos, as prendendo uma em cada lado da minha cabeça. Soltei um gemido com a sua ereção roçando na minha perna.

(•••)

Vesti a camiseta vermelha e o short de lycra, pegando a escova de cabelos e passando pelos meus longos fios. Me sentei na cama de Justin, vendo-o passar vestido com uma cueca a procura de uma roupa. Ele e os meninos iriam passar o dia juntos, e eu fiquei para escanteio. Mas estava tudo bem, eu conseguiria sobreviver a isso.

— Amor, eu tenho uma dúvida que carrego desde que te conheci. — falei, observando seus movimentos.

Justin vestiu a bermuda jeans clara, a abotoou e me encarou.

— O quê?

— Por que nunca deixou a Lesley te chamar de Jus? Eu acho bonito, é um apelido carinhoso. — dei de ombros, sacudindo meus cabelos.

— Não tem um motivo certo, eu apenas não gostava. E ela sabia, parece que fazia de propósito. — vestiu a camisa regata vermelha — Como você mesma disse, é um apelido carinhoso. Nunca tive carinho por ela, e fazia de tudo para ela não ter carinho por mim.

Deitei na cama de barriga para cima e encarei o teto por alguns segundos antes de voltar a falar. Respirei fundo.

— Ela é apaixonada por você, e queria que você se apaixonasse por ela.

Falei o óbvio, todos eram ligados nisso. Mas eu precisava saber se Justin tinha noção de que Lesley era louca por ele e estava se corroendo só de saber que ele amava outra menina, que, por azar ou sorte, sou eu.

Amar sem onde || Justin Bieber Onde histórias criam vida. Descubra agora