Tyler

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Capítulo 29 – Tyler.

Maryann Jacob POV

Entrei em meu quarto sem pressa. Tudo estava do jeito que eu deixei. Meu pai e Lindsey só tiveram o trabalho de mandar alguém limpar. Caminhei até a mesinha do meu computador e sorri para as minhas fotos. Justin, Roxie, Bruna e todos os meus amigos. Éramos tão jovens.

Me joguei na cama e fitei o teto. Aquele maldito coração estava lá, para me torturar com lembranças. Não senti a dor que eu senti na última vez que olhei aquela montagem, agora um pouco amarelada. Meu coração se apertou um pouco, mas era saudade.

Justin estava tão perto de mim, mas eu o sentia tão longe. Não éramos mais os mesmo de anos atrás. Talvez não desse certo se eu ouvisse o Nolan, se eu tentasse novamente. Tudo estava mudado.

Ouvi uma batida na porta e suspirei.

— Tá aberta. — gritei, ainda fitando o teto.

— Algumas coisas nunca mudam. — meu pai entrou e fechou a porta atras de si — Pensei que nunca mais te veria deitada nessa cama, encarando essas fotos. — sentou-se ao meu lado.

— Esse quarto esta cheio de... Bem, tem muitas lembranças. — dei de ombros — A cidade toda tem. Estou me sentindo uma adolescente indecisa, não estou gostando disso.

— Ué, minha filha, você passou bons momentos por aqui. É super normal as lembranças estarem correndo pela sua mente agora.

— Não me lembro só de coisas boas, pai.

— Mas você se lembra de coisas que a fizeram amadurecer, não é uma coisa ruim. — ele se deitou ao meu lado e encarou o teto — Nunca te vi tão feliz como naquela época.

— Aurora é a minha felicidade.

— Justin também. — revirei os olhos — Estou falando sério, filha.

— Por que todos estão tentando me empurrar para Justin? Acabou, não demos certo.

— Vocês eram jovens e infantis. Hoje em dia são adultos, tem noção de suas atitudes. — respondeu — A felicidade no olhar de quando um encara o outro é linda. Vocês deveriam ver o que os outros veem quando olham para vocês. É mágico. É o verdadeiro significado que o amor pode sobreviver a todos os problemas.

— Não viaja.

— Então me diz que não sente nada pelo Justin. E eu desisto.

Respirei fundo, abri a boca para falar mas a fechei. Não conseguia dizer isso, por mais que eu quisesse.

— Ele foi o único cara que eu amei. — confessei — Me sinto feliz lembrando de tudo que passamos, mas me sinto triste ao lembrar em como terminamos. Descobri que ele não casou por minha causa, estou me sentindo culpada.

— Eu sei que ele não se casou, mas acho que você deveria ouvi-lo. — deu de ombros — Na hora da raiva, eu sei que é difícil controlar as emoções. Teve o tapa que você deu nele, as palavras ríspidas. Você pediu para ele te deixar em paz, ele deixou. Agora tudo mudou. Vocês estão maduros agora.

— Por que você está falando isso tudo?

— Porque eu quero vê-la feliz. Eu vi você e Justin conversando hoje, fiquei sabendo que estavam aos risos na festa de reencontro do colégio. Vocês se amam de verdade. Nunca vi amor tão puro e verdadeiro como o de vocês.— justificou — Isso é o bastante para que eu fale com você, quantas vezes forem necessárias, para você se dar uma oportunidade. Você é a minha filha, eu te amo, quero o seu bem.

— Meu bem é o Justin?

— No meu ponto de vista, e no ponto de vista de todos que conhecem vocês, sim. Vocês dois são o sinônimo de amor. — deu de ombros — Agora, no seu ponto de vista, ele não te faz bem? — fitei o teto, calada — Pense nisso. — antes de sair do quarto, meu pai beijou minha testa.

Amar sem onde || Justin Bieber Onde histórias criam vida. Descubra agora