Não faça merda

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Capítulo 24 – Não faça merda

Maryann Jacob POV •atualmente•

As lembranças daquele dia nunca saíram da minha cabeça. O pedido de desculpas rodava minhas memórias e meus sonhos. Eu amava Justin. O amei assim que deixei que ele tomasse conta dos meus pensamentos. O amor de verdade a gente nunca esquece. Pode vir outros amores, outros encontros e desencontros. Mas quando você ama mesmo alguém... Nunca o esquece.

Justin e eu tivemos uma história linda, com um fim triste, eu sei. Tivemos muita mágoa, muitas brigas, muitas idas e vindas. Mas nos amamos até o último minuto. Eu ainda o amo, na verdade. Mas ele só me trouxe tristeza.

Depois daquele maldito dia, onde dei um fim no meu relacionamento, tomei decisões na minha vida. Não podia me abalar. Não tinha meu bebê, não tinha o amor da minha vida. Mas ainda tinha sonhos.

Durante cinco anos eu fiquei sem ter notícias de Justin, no fim da minha faculdade de arquitetura, onde eu estava me focando nas provas finais, o encontrei. Ele disse que fora atras de mim, mas não. Com certeza, não.

Maryann Jacob POV (cinco anos após o acidente)

Meu relógio despertou às seis da manhã, mas eu ainda estava acordada em frente ao meu computador, digitando meu TCC. Meus olhos ardiam de sono, mas não era hora de dormir. Estava na hora de ir para a faculdade, depois iria para o estágio e voltaria para casa, focando no TCC novamente. Novamente, como nos últimos meses, passaria o dia na base da cafeína e energético.

Terminei de digitar e antes de fechar o notebook, salvei o trabalho. Eu estava cansada. Me levantei, olhando meu iPad onde estava o desenho digital que estava fazendo para completar meu TCC. Tinha escolhido um tema bom, estava apaixonada. Fui até meu quarto e escolhi uma roupa, indo tomar banho depois.

Quando estava preparando meu café, o interfone tocou e eu atendi sabendo que era Nicolau. Deixei que ele entrasse e voltei para a cozinha, desejando que a cafeteira passasse mais rápido.

— Marie? — chamou.

— Na cozinha. — gritei.

Ele logo apareceu na porta. Vestido com uma calça jeans e uma blusa xadrez verde musgo. Seus olhos castanhos me fitaram animados. Nicolau era um gato. Fazia jornalismo na mesma faculdade que eu, nos conhecemos no refeitório da facul.

Abri um sorriso.

— Bom dia, meu bem. — sorri — Café?

— Não tem como negar.

Nicolau era viciado em café. Fazíamos uma bela dupla nesse quesito.

— Posso saber o que devo a sua visita antes das três da tarde? — servi uma caneca grande de café e coloquei a sua frente — Seria saudades?

— Meu pneu furou, preciso de carona e sei seus horários, eles batem com os meus. Você não negaria carona ao seu amigo. — ele abriu um sorriso, ao abrir o pote de biscoitos e comer um.

— Eu não seria esse monstro. — sorri, bebendo meu café — Como estão as coisas na faculdade?

— Último período, gata. Você sabe como é. — deu de ombros — Eu queria perguntar sobre você e suas aulas, mas essas olheiras em seus olhos não negam que você está sendo escravizada pelos estudos.

— Ainda não dormi. — confessei, pegando o biscoito que estava em sua mão — Nem sei o que é dormir, mas pretendo fazer isso hoje.

— Você precisa descansar, ou não vai durar até o final do ano. — debochou.

— Muito obrigada pela praga, mas sou forte. — debochei.

— Cafeína te deixa forte, mas pode te deixar doente. Você precisa dormir. — levantou-se. Sabia que estava na hora de ir, Nicolau fazia a linha que nunca se atrasava para nada — Ainda mais que você não usa maquiagem, todos estão vendo que você não dorme tem dias.

Amar sem onde || Justin Bieber Onde histórias criam vida. Descubra agora