Senhora Garret

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− Tracy onde estão os documentos que te pedi? – perguntei para a minha secretária. Estava atrasado para um encontro de negócios e precisava analisar aqueles documentos antes de sair.

− Estão aqui, Senhor Thompson – disse me alcançando uma pasta. Caminhei até ela, examinando se os documentos estavam de acordo antes de voltar para a sala. Mas não foram os papéis que chamaram a minha atenção, mas a mão delicada que repousava sobre a mesa. Olhei para a sua dona. Alguém do escritório, pensei , enquanto observava o vestido azul, o decote quadrado, os cabelos caindo em seus ombros, a boca, os olhos.

− Amber? – murmurei.

− Aaron... – meu nome saiu de seus lábios como um sussurro. – Eu vim falar com o Senhor Garret, disse a Tracy desviando o olhar dos meus.

− Bruce não está aqui – respondi ríspido, irritado com a sua indiferença.

− Então eu vou procurá-lo – falou passando por mim em direção à porta. Segurei o seu braço, não deixando que desse mais um passo. Tracy assistia a tudo com curiosidade.

− Primeiro vamos conversar.

−Não temos o que conversar – respondeu me olhando nos olhos, me desestruturando, eu a beijaria naquele momento se não tivesse dois olhos atentos aos nossos movimentos.

− Acho que você me deve uma explicação, Senhora Garret, me acompanhe – ordenei, conduzindo-a até a minha sala.

Assim que entramos, encostei Amber na porta e devorei seus lábios, senti seu gosto e meu membro respondeu a toda a luxúria que aquela mulher me fazia sentir.

− Então você é casada? – perguntei mordendo seu lábio inferior, lambendo seu queixo, chupando seu pescoço. – Casada, senhora Garret ? – murmurei deslizando minhas mãos até o meio de suas pernas e rasgando a pequena peça de renda que cobria seus outros lábios, foi em sua maciez que meti meus dedos, penetrando em seu interior. Ela gemeu, senti seu corpo estremecer, senti sua umidade, sua excitação. – E eu que era o pervertido? – perguntei, subjugando-a as minhas investidas. Amber se entregou, submissa. Sua perna envolveu minha cintura, facilitando minha invasão. – Qual é a sua jogada? Você quer me enlouquecer? – ofeguei. Ela puxou a minha gravata e mordeu meu lábio, sua língua invadiu minha boca, seu beijo foi correspondido na mesma intensidade, mas deixei que ela comandasse, me deixando levar por seus impulsos. Amber me empurrou até uma das poltronas de couro, caí sentado, ela ficou em pé, engoli em seco quando a vi deslizar por suas pernas a pequena calcinha de renda. Eu a observava sedento pelo seu corpo. A mulher que conheci ainda criança se inclinou levemente, procurando o cinto da minha calça, facilitei as coisas para ela elevando o quadril, ela abriu o fecho e liberou minha ereção, sua língua devassa lambeu meu pênis e seus lábios me chuparam com voracidade, enquanto ela me olhava provocante, sua mão voltou a puxar a minha gravata e nossos lábios se encontraram. Meu membro pulsava, quando ela sentou em meu colo, me deixando penetrá-la. Senti o aperto do seu corpo enquanto meu pênis percorria cada centímetro do seu sexo molhado. Amber se mexeu, dançando em meu colo em um vai e vem delicioso. Instintivamente, meu quadril se elevava toda vez que ela descia, fincando mais fundo. Sentia suas contrações pressionando meu membro, eu não tinha o controle, era ela que comandava e isso era novo, eu estava acostumado a tê-las sob o meu domínio, mas com Amber era diferente, ela me tinha prisioneiro. Meu gozo jorrou dentro dela, sentindo toda a devassidão do seu orgasmo.

− Por que faz isso comigo? – perguntei encostando minha testa a dela.

− O quê?

− Gosta de ter aventuras fora do casamento, Amber? – Era ridículo, mas me sentia usado por ela. Amber me fuzilou com os olhos, furiosa com o meu comentário. Ela se afastou, me fazendo abandonar o seu corpo. – Qual o problema? Ficou ofendida? Não é isso que aconteceu, Senhora Garret? – comentei enquanto fechava minha calça, tentando esconder meu membro que ainda estava ereto.

− Você não tem o direito de falar assim comigo! – gritou

− Voltou a Amber cheia de pudores. Vai fazer papel de santa agora, depois do que aconteceu aqui? Acho que fica difícil me convencer.

−Não sou eu que represento, Senhor Dominador, Mestre, amo, sei lá qual o nome que você usa nos seus joguinhos sexuais com as tuas escravas – disse com sarcasmo.

− Você não seria uma delas, já vi que gosta de dominar – respondi no mesmo tom. Era uma atriz, traia o marido e ainda tinha a desfaçatez de fingir-se indignada com minha vida sexual.

− Você não me conhece, Senhor Thompson – esbravejou.

− Então me diz o que foi que aconteceu entre nós? – indaguei.

− Um erro do qual eu vou me arrepender pelo resto da minha vida.

− Um erro? – Então era isso? Como pude imaginar que com ela poderia ser diferente?

− Que nunca mais vai se repetir – completou dando as costas e me deixando sozinho na sala. Caminhei de um lado a outro, passando a mão na cabeça e deixando os meus cabelos tão bagunçados quanto os meus pensamentos. De repente, vi a peça de renda no chão que ela havia deixado para trás. Peguei e, num ato impensado, talvez porque o meu orgulho de macho havia sido pisoteado por ela, saí pelos corredores da Faces atrás de sua dona.

− Senhor Thompson? – ouvi a voz de Tracy atrás de mim. Mas não parei.

− Agora não posso – respondi apressado.

− O senhor está atrasado para... – Não ouvi mais nada. Amber estava esperando o elevador. Não havia ninguém com ela, mas alguns funcionários circulavam pelo local.

− Esqueceu isso – falei mostrando a peça azul. Ela me olhou atônita, retirando a calcinha da minha mão e escondendo-a na pequena bolsa que carregava. – Talvez queira uma nova, já que está eu rasguei quando te penetrei – falei com malícia. Amber havia provocado o meu lado mau caráter e eu não me orgulhava disso, mas não conseguia evitar.

− Isso foi perverso, por que me expõe? – perguntou visivelmente decepcionada. Eu sorri, ela não me enganava, não mais.

− Você acabou de trepar com o chefe do teu marido, Amber. E está preocupada com a sua reputação?

− Se Bruce desconfiar do que aconteceu entre nós tudo estará perdido, você não faz ideia do mal que está me fazendo – havia lágrimas em seus olhos. O elevador se abriu e um grupo de pessoas ficaram sem saber como sair já que bloqueávamos a porta. Eu me afastei dela e o grupo passou entre nós. Ficamos nos olhando, quando não havia mais ninguém, ela entrou no elevador e se foi. Ela o amava, apesar do seu comportamento promíscuo, essa era a única explicação para aquelas últimas palavras. 

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