Bruce e Amber

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− Precisamos conversar sobre Sky – falei me aproximando do homem vestido de smoking como tantos outros ali, mas que se diferenciava pela beleza e pela história que um dia compartilhamos. Eu estava ali com um único objetivo, fazê-lo desistir da guarda de Sky.

− Não aqui, meu amor – falou me olhando dos pés à cabeça.

Repulsa, foi o que senti quando ele tocou os meus braços. Estávamos em uma sala anexa ao salão principal onde acontecia o evento. Ele havia sugerido um lugar mais tranquilo para conversarmos e eu, ingênua, aceitei.

− Que surpresa maravilhosa – falou tocando os seus lábios aos meus. – Eu sabia que você voltaria pra mim. − Eu virei o rosto, ele segurou o meu queixo com força, obrigando-me a encará-lo e me beijou com violência, cerrei meus dentes, Bruce afundou suas unhas em minha pele. – Não piore as coisas, querida – disse entredentes.

− Solte-me – respondi no mesmo tom. Ele me olhou nos olhos, o seu sarcasmo era palpável.

− Seja boazinha, Amber. Eu ainda sou seu marido – sua mão envolveu minha cintura e ele colou o seu corpo ao meu me pressionando contra uma parede. – E você está muito gostosa com esse vestido – Seus lábios foram para o meu pescoço e deslizaram até os meus seios.

− Não me toque – gritei. Ele me olhou assustado e depois olhou para a porta que estava levemente encostada.

− Não faça escândalos, já fizemos isso tantas vezes, uma vez mais não fará diferença – murmurou, colocando a mão entre as minhas pernas, lágrimas desceram do meu rosto.

− Eu não quero, me solta! – Bruce sorriu e aproximou seus lábios dos meus, seus dedos me machucavam.

− Você vai ser minha e vai ser agora – Eu olhei para a sua boca, ele era forte demais, eu não conseguiria me desvencilhar dos seus braços, a música na festa abafava meus gritos. Precisava agir, olhei para ele e sorri.

− Sim... – murmurei tentando não demonstrar o asco que percorria o meu corpo.

− Assim é bem melhor – Ele me beijou, dessa vez abri meus lábios para receber a sua língua, enquanto meus dedos desciam pelo cós da sua calça, abri o cinto e os botões, ele gemeu quando envolvi seu pênis com a minha mão e gritou quando eu torci com toda a força. Bruce afastou-se colocando as duas mãos sobre o membro dolorido, dobrando os joelhos.

− Cadela! – esbravejou, enquanto eu corria em direção à porta. – Você vai se arrepender – disse entre gemidos de dor. – Nunca mais verá Sky!

Caminhei entre os convidados desviando de seus corpos. Limpava as lágrimas com a palma das mãos. Consegui chegar ao Hall do Hotel, chamei um táxi, mas não fui para casa.


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