Geleia de Morango

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− O que você está fazendo? – perguntei para o homem de cabelos laranjas que espiava pela porta da cozinha tentando ver o que se passava na sala.

− Eles pararam de gritar – ele cochichou. −Será que se mataram?

− Alguma vez te ocorreu de falar alguma coisa inteligente? – perguntei indignada.

− Alguma vez passou pela sua cabeça ser mais educada? – perguntou se aproximando. Seu tamanho era intimidador, mas não era só a altura e os músculos de Dustin que me intimidavam. Ele não cortava o cabelo há um bom tempo, sua franja caía nos olhos de forma displicente.

− Com você? – perguntei irônica. -  Não, só trato bem quem significa alguma coisa para mim e não é o seu caso.

− O que eu te fiz para merecer esse desprezo? – aquela pergunta me ofendeu, será que foi tão insignificante o que aconteceu que ele esqueceu?

− Nasceu – respondi dando as costas e voltando para o café, servi uma xícara e me virei procurando o açúcar.

− Obrigado! – Dustin agradeceu tirando a xícara da minha mão.

− Ficou louco? Esse café é meu! – falei tentando tirar a xícara de sua mão, Dustin puxou com força e acabou derramando o líquido quente em sua camiseta ridiculamente larga.

− Porra, Tracy! – esbravejou, tirando a peça preta e assoprando o peito avermelhado. Ri da cena ridícula, deixando-o enfurecido. Ele me olhou indignado. Por que meu coração ainda palpitava quando ele estava perto? Aquele olhar me distraiu, só percebi o que ele pretendia quando era tarde demais. Dustin pegou o pote de geleia sobre a mesa e despejou o conteúdo sobre o meu peito, fazendo o líquido vermelho e viscoso se espalhar no decote do robe de seda branca que usava sobre a camisola de renda da mesma cor. Olhei indignada para ele.

− Ficou louco? – perguntei avançando em sua direção e tentando empurrá-lo para fora da cozinha. Dustin segurou as minhas mãos e as soltou em seguida, parecia se divertir com tudo aquilo, eu o odiava, ele estava, mais uma vez, me tratando como uma criança. – Será que você nunca vai crescer? – perguntei depois de desistir de lutar contra aqueles mãos que só se defendiam dos meus tapas.

− A birrenta aqui é você – falou sorrindo, seu peito e suas mãos estavam tão cobertos de geleia quanto os meus. Ele chupou o dedo provando o doce. – É bom isso – disse olhando para o meu decote. – Se você não fosse a irmã do meu amigo, eu faria uma loucura agora – Olhei para ele sem acreditar no que havia escutado, Dustin era o cara mais babaca da face da terra, eu implorei por um beijo quando era uma menina e agora eu era novamente rejeitada por ser a irmã do melhor amigo.

− Sai da minha casa agora – falei entredentes apontando para a porta. Ele cruzou os braços.

− Me obrigue – Eu voltei a avançar sobre o homem de quase dois metros de altura , enfurecida. Dustin segurou minhas mãos e me suspendeu, me colocando sentada sobre a mesa. Eu esperneei e tive minhas pernas separadas pelo seu corpo. Estava ofegante, ele prendeu minhas mãos nas minhas costas com apenas uma mão. Meu robe se abriu e a deixando exposta a delicada renda transparente da minha camisola que mal cobria a minha nudez. – Isso tudo é porque não te beijei aquele dia? – aquela pergunta foi feita a alguns centímetros dos meus lábios. – Podemos resolver isso agora – senti seu hálito de morango quando seus lábios me tocaram, sua boca me devorou com avidez, sua língua envolveu a minha em uma carícia devassa. Ele me soltou e minhas mãos envolveram seu pescoço acariciando seu cabelo. Sua boca desceu para o meu queixo, para o meu pescoço, senti seus dedos afastando a renda do meu seio e gemi quando sua boca me sugou. Dustin me lambia, provava minha pele. Meus movimentos eram inseguros, coloquei minhas mãos no cós da calça jeans que caía em seu quadril. Meus dedos tocaram sua ereção, ele gemeu. Abri o fecho e o envolvi. Ele olhou para a minha carícia e depois para os meus olhos. Respirávamos pela boca, nossos peitos ofegantes, ele afastou minha calcinha, me puxando para a ponta da mesa. Seu membro nu me penetrou percorrendo cada centímetro do meu sexo, minhas mãos apertaram sua parte arredondada fazendo com que ele fosse mais fundo. Dustin parecia cuidadoso, mas quando me preencheu, seu cuidado foi esquecido, minha boca foi invadida pela sua fome e seu quadril começou uma sequência de movimentos que me levaram à loucura. Eu gozei nos primeiros movimentos, ele gemeu ao sentir minhas contrações e continuou, faminto. Outro orgasmo, mas dessa vez ele me acompanhou, senti seu jato quente me inundar, minha vagina se contraiu sugando-o para o seu interior. Dustin mordeu meu ombro, enquanto mexia dentro de mim, me lambuzando com seu gozo. Era para ficarmos constrangidos depois daquela repentina intimidade, mas não foi o que aconteceu. Queríamos mais.

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