− Certamente podemos conversar sobre isso na Xavier. Certo, Steve? – perguntou o Senhor Zackary.
− Claro, será um prazer recebê-lo para conversarmos sobre o projeto da Decorp, Senhor Clinton. – concordei apertando a mão do velho sexagenário depois de uma conversa de mais de meia hora. Uma bela mulher de cabelos castanhos claros se aproximou e colocou a mão sobre o braço do senhor Xavier. Estávamos, finalmente, a sós no centro do Evento, pela primeira vez conseguia vislumbrar o salão em busca de Phoebe.
− Você viu a Amber, Zack? – ela perguntou com intimidade.
− Não, querida – respondeu sem demonstrar preocupação. – Steve, quero que conheça minha esposa, Júlia Xavier. – Voltei a olhar para a mulher e a cumprimentei com um sorriso.
− É um prazer conhecê-la, Senhora Xavier. – Ela era bonita e elegante.
− O prazer é meu, Senhor Stanford. – respondeu com delicadeza. – Zackary está impressionado com o seu trabalho. – Conversamos por alguns instantes sobre o projeto, enquanto o Senhor Xavier fazia uma ligação no celular.
− Amber já foi embora, querida. – disse depois que desligou o aparelho – Ela não se sentiu bem e foi para a casa.
− Com licença – Julia Xavier se afastou com o marido para continuar a conversa em particular.
− Para a nossa casa você quis dizer? – ainda ouvi a mulher comentar.
− Eu temo que não – a voz grave e preocupada de Zackary pode ser ouvida enquanto eu me afastava, me misturando aos convidados.
− Tracy – minha irmã caminhava desviando de homens e mulheres elegantemente vestidos, levava nas mãos duas taças de champanhe. – Você viu a Phoebe?
− Ela se despediu e foi embora, disse que estava com dor de cabeça – Mas o que está acontecendo com as mulheres dessa festa? Pensei lembrando da filha dos Xavier.
− Como assim, foi embora?
− Pra casa dela, onde mais?
− E onde é a casa dela? − perguntei impaciente.
− Isso eu não sei dizer. – eu a seguia, pra onde diabos ela está indo? − Aqui está – falou entregando a outra taça para Dustin.
− Grande Steve, mandou bem, irmão – meu amigo e agora namorado de minha irmã falou me abraçando e batendo nas minhas costas.
− Vocês dois... não combina, porra – falei tirando a taça da mão de Dustin e bebendo o líquido borbulhante de uma só vez.
− Quem decide se combina ou não, certamente, não é você – Tracy comentou um tanto irritada. Eu já havia discutido com ela uma dezena de vezes sobre aquele inusitado relacionamento. Com o Dustin não adiantava argumentar, o cara levava tudo na brincadeira e eu não conseguia tirar nada dele. Por isso me preocupava, se ele estava só se divertindo com a Tracy, ele iria se ver comigo! Eu ia acabar perdendo um amigo, mas ela era minha irmã e eu a amava.
− Ok, já disse que não vou mais me meter nessa bizarrice – falei levantando as mãos para cima. – Como faço para encontrá-la? – indaguei para a morena que me olhava impaciente.
− Eu não sei se ela quer encontrar com você, Steve.
− Por favor, Tracy – implorei.
− Eu vou conversar com a Phoebe e só depois que ela der o seu consentimento, eu digo como encontrá-la. Antes não! – sentenciou.
Ela não deu o consentimento.
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Histórias de Desamor
RomanceUma serie de encontros e desencontros de pessoas que só queriam viver uma história de amor.