Aaron e Erin

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− Como vai, Erin? – perguntei me aproximando da garota ruiva que me olhava com luxúria. Ela veio ao meu encontro, colocando as mãos em meu peito dentro do terno. – Vamos para um lugar mais tranquilo. – disse me afastando e colocando a mão em sua cintura. Caminhamos em direção à uma grande sacada, a noite era fria, as nuvens escondiam as estrelas, Erin estremeceu. – Podemos voltar.

− Não, eu quero ficar aqui, com você – disse voltando a me tocar com seus dedos longos.

− Precisamos conversar – falei segurando as suas mãos com delicadeza. Ela me olhou confusa.

− Conversar? Acho que nunca conversamos, nó só...

− Trepamos – conclui envergonhado.

− Prefiro fazemos amor.

– Você não é um objeto, Erin. Eu agi errado com você e quero me desculpar.

− Mas eu não me importo, eu gosto de ser sua escrava, eu gosto de trepar com você. – Erin me abraçou circulando seus braços em meu corpo. – Eu quero ser sua, Aaron. Não me importo que você me use.

− Mas isso é errado e eu não quero mais agir assim, eu fui um canalha e quero que você me perdoe por tratá-la dessa maneira.

− Eu perdoo – disse beijando meus lábios, eu a afastei.

− Não, Erin. Eu não quero mais ser esse tipo de homem. Eu quero corrigir os meus erros. Eu não te amo, nós nunca fomos um casal.

− Mas na cama somos perfeitos.

− Isso não me basta mais − Queria que ela entendesse que foi um erro, que eu apenas a usei para meu prazer enquanto ela espera algo mais. – E não deveria bastar para você também.

− Você se apaixonou por aquela garota sem graça? – perguntou despeitada, me olhando nos olhos. Finalmente senti suas mãos se afastarem, até então eu tentava me desvencilhar do seu toque, sem sucesso.

− Isso não vem ao caso – Aquela garota está agora nos braços de outro e eu aqui dispensando a bela mulher que quer se entregar a mim. Devo estar enlouquecendo. – Estamos falando do nosso relacionamento.

− Você está me dispensando – disse engolindo em seco. – E o pior de tudo, está sendo legal comigo. Poderia ser um canalha? Ficaria mais fácil te odiar – disse com lágrimas nos olhos. Eu a abracei.

− Eu não quero que você me odeie, eu quero que me perdoe para que possamos ser amigos.

− Amigos? Ah, Aaron, não faz isso...

− Você namora um cara legal – falei passando a mão em seu rosto e secando suas lágrimas com a ponta do polegar.

− Ele não quer mais nada comigo, depois que eu... – ela mordeu os lábios.

− Converse com ele, quem sabe...

− Eu vou tentar – disse passando os dedos na face, delicadamente, para não borrar a maquiagem. – Então é adeus?

− Adeus, Erin – Ela me abraçou e depois saiu com o corpo ereto, desfilando entre os convidados como se nada tivesse acontecido.

Depois da conversa com Erin voltei para a festa e descobri que Amber e Bruce haviam ido embora. Aquilo me afetou mais do que eu imaginava, acabando com o meu humor. Deixei o local antes que a Cerimônia terminasse e dirigi até a casa no bairro da periferia da cidade, o que eu pensava em fazer? Arrancá-la dos braços dele, talvez. Implorar que me amasse? Não tinha ideia, só saberia quando chegasse lá. Mas eu não a encontrei.

Estacionei o carro na garagem e caminhei até o elevador, sentia como se pisasse em um terreno movediço. As portas estavam se fechando quando ela apareceu a minha frente.

O cabelo molhado, o vestido em desalinho, os braços brancos com manchas roxas desenhadas por dedos masculinos. Ela abraçava o próprio corpo. Seus olhos procuraram os meus e lágrimas deslizaram pela sua face.

− Amber? – apertei o botão que impediu que as portas se fechasse e ela entrou. Eu a recebi em meus braços. – O que houve?

− Faça-me sua... – murmurou tomando meuslábios com seus

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