Marcada Pelo Vampiro

Lua de Sangue

Pov/Zayn

         A esperança é a última que morre eles sempre dizem, mas não era bem assim que acontecia comigo, ela morreu por primeiro junto com as várias pessoas que caiam sem vida no campo sangrento de batalha. Meu corpo tremia com a sensação pesada da morte vagando pelos cantos pronta para ceifar mais uma pobre alma, eu não conseguia controlar os soluços cada vez mais intensos provocados pelos choro, só queria um pouco de paz longe de toda aquela discórdia.

          Eu estava sendo levado para a pessoa que provocou tudo isso e não teria capacidade de acabar com sua vida, eu era fraco e inútil, apenas um inseto querendo escapar do seu destino em uma teia de aranha, eu tinha a chance de acabar com aquilo apenas com um golpe da faca presa nas mãos, mas não iria conseguir e sabia bem disso. Tudo que amo estava perdido e a culpa seria eternamente minha.

          ???: Pare de chorar, isso esta me irritando! Estou quase mudando de ideia e te matando aqui mesmo.

        Levantei a cabeça, os olhos pretos davam arrepios pelo corpo provocando agitação, as mãos ficaram maos trêmulas e a voz sumiu como se nunca tivesse existido, estaca verdadeiramente assustado com tudo o que acontecia e o que poderia acontecer.

           Zayn: Me perdoe, senhor! Estou muito assustado, só quero um pouco de silêncio e que tudo volte como era antes.

         O rosto irritado pareceu aliviar com minha fala, não menti em nenhum momento estava mesmo com medo, era uma criança em um mundo que não era meu, só queria um pouco de silêncio em meio a tantos gritos que faziam os ouvidos quase chorarem sangue. As mãos com garras afiadas repousaram no topo da minha cabeça fazendo um tipo de carinho estranho e desajeitado, ele era um demônio não deveria fazer gestos como aquele.

           ????: Olha, sei que esta assustado, eu também estaria no seu lugar! Chorar só vai fazer tudo ficar pior para o seu lado, por isso segure bem as lágrimas e lute quando precisar, derrame elas apenas quando a guerra acabar, ok?

          Não sabia se ficava chocado ou aliviado por ouvir aquilo vindo de um demônio, acenei com a cabeça limpando os requisitos de lagrimas nos cantos dos olhos fazendo uma promessa baixinha de que seguraria as lagrimas por mais que sofresse com aquilo.

          Voltamos ao caminho como se aquela conversa nunca tivesse acontecido, ele seria punido se alguem alem de mim soubesse do que ele disse. Os pensamentos foram para todos que estavam lutando por um futuro naquele campo de batalha, por eles eu me esforçaria para lutar daria meu sangue se preciso, mas eu lutaria.

          Não demorou muito para a vegetação mudar para algo mais morto que o normal, o ar estava pesado e com um cheiro forte de enxofre e sangue com algo a mais que não pode reconhecer, o demônio parecia não ter sentido a alteração de lugar e andava calmamente como antes sem pressa alguma de chegar ao tal lugar indicado por sua senhora. Meliarte parecia ser muito respeitada pelos demônios a sua volta, e aquilo só piorou o assombro crescente, agarrei o colar como sempre fazia quando começava a sucumbir ao desespero, Sun ainda que não estivesse por perto servia como meu Alicerce.

          Olhei em volta uma ultima vez antes de dar de cara com a morte renascida, o temor que assombrava meus sonhos, Meliarte. A succumbus estava sentada sobre uma espécie de altar com os pés balançando, um sorriso maliciosos de puro sadismos dominava os labios belos sobre a face enquanto os olhos negros como a noite pareciam me devorar por inteiro como uma ovelha indefesa, bem era o que eu parecia nesse momentos mesmo.

          Meliarte: Finalmente! Sabia que podia confiar em você, B-T, nunca ne desapontou e não seria hoje que iria. Traga-o aqui.

         A boca secou e tive que parar no meio do caminho, os demônios que regiam pela segurança da mulher demoníaca riram do meu desespero apreciando o espetáculo que oferecia a eles sem que percebesse, eu era um verdadeiro joão-bobo para eles.