Capítulo 3

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Otávio

Quem ele acha que é?
Idiota, era só o que me faltava.

- Otávio querido o que foi? - Lauren me pergunta.

- Ah? Nada não senhorita Lauren. Eu estou apenas procurando as ferramentas para começar a trabalhar. Poderia me dizer a onde ficam?

- Elas ficam na casinha de madeira perto da piscina. Pode ir lá, depois apareça para tomar um suco o sol está queimando.- Ela entra em casa.

Muito bem essa família é muito esquisita, primeiro: Tom Henry Lamarte é um homem extremamente generoso e mais que isso, importante na sociedade, mas vive como se isso não lhe importasse. Segundo: Lauren Lamartine é uma mulher boa sim, mas às vezes aérea, já peguei muitas vezes ela olhando para o nada com o semblante pensativo e diria que ela se sente culpada de algo. Terceiro: Tom  Henry Lamarte Júnior, o garoto não puxa em nada os seus pais, arrogância e despreocupação estão correndo pelo seu sangue a todo momento e ele parece querer pisar nas pessoas porque tem dinheiro, me perguntaria o que ele faria se perdesse a herança. Por um momento desejei que ele a perdesse.

Andei até a casinha de madeira e a abri, várias ferramentas de jardinagem têm aqui, mas não é só isso há várias embalagens de camisinha também, não acredito que aquele idiota Júnior faz isso aqui.

- Que nojo.- Peguei o que precisava rapidamente e saí daquele lugar.

(...)

Que perfeito!

As árvores estavam todas aparadas e regadas, as flores estão todas plantadas e também regadas. Plantei algumas sementes perto do portão, pois aquela área é muito seca. Andei até o fundo da casa e entrei na cozinha onde Gabi uma das empregadas fazia o jantar.

- Está fazendo o jantar? Que horas são? - Perguntei, pois, não havia visto o tempo passar.

- São seis horas menino, e sim é o jantar dos patrões, mas eu tenho que fazer um prato especial para o senhor importante Júnior, ele não come certas comidas.

- Gente rica. - Revirei os olhos -, Trabalha aqui há muito tempo Gabi?

- Na verdade, não, apenas há alguns meses se não me engano. Eu fui recebida como você, tendo que aturar os mimos daquele rapaz. E sobre o vaso, eu já limpei os cacos.

- Certo, obrigado. Eu tenho que ir para casa agora mesmo, apenas tenho que achar o senhor Tom. Sabe onde ele está?

- Procure no escritório ele sempre ficar lá essas horas.

Subi pela escada e caminhei naquele corredor imenso procurando o escritório dele, abri a porta de mais um cômodo é um quarto, um quarto vazio, mas há um retrato e uma almofada no canto da parede. Peguei a fotografia, é meio antiga. É de um bebê, parecia ter um ano, está sorrindo sem os dentes olhando para os seus pais: Lauren e Tom. Não dá para acreditar que o idiota Júnior foi essa criança tão fofa.

- Otávio? - A voz do patrão.

Saí do quarto rapidamente afinal eu entrei nele sem permissão, assim que saí ele acabara de subir as escadas.

- Gabriela disse que está me procurando?

- Ah! Sim sim, eu queria saber se tudo bem se eu for agora. - Porque eu sempre fico vermelho?

- Ora, não precisa nem pedir seu horário de trabalho acabou agora mesmo. Aliás, amanhã a Gabriela te dará novas funções, tudo bem?

- Claro. Ótimo, obrigado. - Sorri tímido.

(...)

Cheguei em casa e me joguei meu sofá, meu celular começou a tocar, minha mãe.

- Oi mãe.

- Oi? Otávio você sumiu por mais de dez horas e só diz oi? Eu quase morri do coração menino. Você tem o que jantar querido?

- Tenho sim mãe obrigado, e a senhora tem algo?

- Ora não estou jantando em casa, estou na casa do Jorge sabe? Aquele homenzão da última rua.

- O seu Jorge? Mãe desde quando vocês estão juntos? Como eu não sabia disso?

- Ora, eu não queria dar essa notícia agora estava muito cedo, mas agora você sabe e... eu quero que venha para nos três fazermos um jantar. O que acha?

- Acho ótimo, só tenho que ver um dia para que não me atrapalhe no trabalho certo? Depois eu falo com a senhora agora deixa eu comer estou com fome.

- Certo vá comer eu não quero ver você só ossos quando chegar aqui. Até mais filho.

- Até mais mãe.

Desliguei.

Coloquei o celular na mesinha e fui para a cozinha, procurei um panfleto de algum restaurante estou com preguiça de cozinhar alguma coisa. Estou tão cansado.

*********

Desliguei o despertador e me levantei. Corri para o banheiro e fiz minha higiene matinal.

- Merda. - Grunhi quando derramei um pouco de café na roupa.

Troquei a camiseta e olhei para o relógio, estou um pouco atrasado no meu segundo dia!

MERDA MERDA MERDA...

Entrei na casa encontrando o filho dos meus patrões na sala sentado no sofá com um rosto de deboche direcionado para mim, por um instante fiquei envergonhado. Irei me retirar, mas ele chama o meu nome e não posso fazer nada a não ser ir até ele.

- Sim?

- Meu pai pediu que você limpasse a piscina ainda hoje. Minha mãe vai receber algumas amigas aqui.

- Tudo bem. - Dou de ombros e vou para o Jardim.

A piscina está com poucas folhas e galhos acho que termino isso em minutos...

(...)

O Henry está na casinha de madeira procurando algo... a minha curiosidade aguçou então minha atenção foi toda para ele, o mesmo pegou o soprador de folhas e direcionou para o chão.

Ele vai limpar as folhas?

Muito pelo contrário. Ele jogou as folhas velhas que estavam no chão para a piscina, meu rosto ficou vermelho de vergonha e a risada dele ficou ainda mais escandalosa... assim que abri minha boca para reclamar ouvi o barulho de carro... os pais dele chegaram e por causa dele meu trabalho não está pronto. Quis xingá-lo de tantas maneiras que poderia fazer em ordem alfabética; mas a chegada de mulheres magnificas, não tinha outra maneira de descrevê-las, chegaram também.
O idiota Júnior correu para dentro de casa deixando o soprador de folhas de qualquer jeito no chão

- Otávio você não limpou a piscina? - Lauren me pergunta.

Queria mesmo um buraco para colocar minha cabeça! Que vergonha!

- Ainda não senhorita Lauren irei fazer... isso agora... licença... - Peguei o limpador novamente começando meu trabalho

Enquanto fazia meu trabalho, de novo e de novo, olhei para o soprador de folhas que fora eixado ali de qualquer jeito na grama e ideias começaram a surgir, eu queria mesmo enfiar aquele negócio em um canto bem escolhido naquele homem. Tento respirar mais devagar e distensionar os músculos, misericórdia, eu queria esganá-lo por ter feito isso. Quando termino meu serviço ando para guardar tudo (inclusive o soprador), e muitas daquelas mulheres sorriram para mim apesar de não falarem nada, na verdade, sorriam e depois fingiam que eu era invisível e sinceramente, eu preferia assim. Andei para casa deles mesmo que meu rosto ainda não tivesse com a cor normal.

Presente de Casamento (Romance Gay)- MPregOnde histórias criam vida. Descubra agora