Tom Henry
Como ele sabe que aqui tem um cofre? Nem eu sabia disso!
- Anda logo! - Ele me empurra um pouco.
Saímos para o jardim de trás onde meu pai disse que tinha a porta que leva até o porão. Achamos a porta que encosta na parede como se estivesse deitada abrimos e entramos. Está escuro mas com a luz de fora podíamos ver a outra passagem que certamente leva até o cofre.
- Irá abrir bem devagar e colocar a senha para mim ou vou estourar seus miolos.
- Tudo bem. - Sussurrei.
Abri a segunda porta devagar como ele mandou, adentramos devagar o cômodo não é escuro como o outro esse há lâmpadas na parede e no final uma grande parede de metal com uma senha código ao lado. Meu pai não podia guardar o dinheiro dele, no banco?
- Coloca a senha!- Ele grita.
- Eu não sei a senha.-Falei.
- Pense então seu babaca! Anda logo!-Ele me empurra para mais perto.
No aparelho, há dez números em cima há um painel para mostrar os dígitos mas ao lado desse painel tem também um botão vermelho escrito em letras pequenas: Emergência. Discretamente apertei o botão e o cômodo saltou um barulho de chaves por alguns segundos.
- Que porra você fez?-Ele grita mirando a arma no meu peito.
- Destravei para colocar a senha.-Menti em baixo tom.
- Coloca essa porra então!
Vamos lá... qual a senha mais óbvia?
Digitei o dia do casamento deles... incorreto... digitei o dia que o Tomaz nasceu... incorreto... o dia que ele morreu... incorreto.
- Anda logo com isso!-Ele grita me dando mais pressão.
Ok... digitei o dia do meu nascimento... correto! A grande porta metálica destravou com um pequeno barulho fazendo ele me colocar de lado e abri-la. Suspirei limpando o suor da testa.
Ele entrou lá dentro me deixando no chão. Aproveitei a minha deixa e sai do porão fechando a porta voltando para a sala, todos ainda estão amarrados mas os capangas não estão.
- Henry!-Otávio sorriu aliviado- Eles estão furtando a casa, por favor...
Um barulho foi escutado, vidro quebrando. A janela da cozinha foi quebrada por uma bala que um dos capangas do agiota disparou, ele olha para mim com uma fúria evidente tanto que corre até mim e me dá um soco. O derrubei depois de entrar em uma luta corporal com ele. Caralho eu nunca segurei uma arma na minha vida!
O barulho de sirene ecoou pela sala silenciosa os poucos homens encapuzados que estavam no andar de baixo começaram a pegar o que tinha roubado, tentando pegar o máximo possível e fugindo. Limpei o sangue que tinha no canto da minha boca, indo logo em seguida desamarrar meus familiares.- Vocês estão bem?-Perguntei.
- Estamos sim, onde está aquele louco?-Meu pai fala.
- Está no porão. Porque não me disse que tinha um cofre na nossa casa?
- Henry, acha mesmo que eu iria guardar meu dinheiro em um cofre que está na minha casa?-Meu pai pergunta debochado.
- Mas tem dinheiro dentro.
- Falso.-Ele disse dando de ombros.
Um barulho alto chamou a atenção de todos, o homem que a pouco estava no porão agora está na sala apontando a arma para mim, seu olhar é nervoso mas de fúria ele está sozinho são sete pessoas contra uma mas essa única está armada e com sangue nos olhos.
- As porras das notas são falsas?-Ele grita- Que merda de ideia é essa? Acham que eu sou idiota não é mas não... irei fazer você pagar.
- Henry!-Ouço o grito do pai de Otávio.
Apontei a arma para o homem. Ele estava com ódio de Ótavio e, por isso eu queria matá-lo. Não sabia que conseguia sentir esse tipo de coisa.
A porta foi aberta e vários policiais de colete entraram na sala apontando a arma para todos, não eram da polícia, pareciam mais armados e mais preparados que isso. Certo, eu não sabia que meus pais tinham dinheiro suficiente para terem uma escolta particular. Soltei a arma, o policial mandou que o homem a minha frente fizesse o mesmo, ele não obedeceu fazendo assim o cano da arma ir para sua cabeça.- Se acha que irei preso para que vocês riam da minha cara estão muito enganados. Eu posso ter fracassado mas eu espero que algo ainda aconteça com você Otávio algo horrível para você e seu filho.
Ele dispara. O irmão do Otávio cobre os olhos do seu filho rapidamente, minha mãe coloca sua mão na boca em sinal de perplexidade assim como minha sogra, Otávio tem o olhar enjoado e triste. Os policias abaixam suas armas pegando o telefone de um deles ligando possivelmente para uma ambulância.
- Henry!-Otávio grita me tirando dos meus pensamentos.
- O que foi?
Pelo olhar já sei do que se trata.
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Presente de Casamento (Romance Gay)- MPreg
RomanceOtávio é um homem simples que está até o pescoço com dívidas, se mudou para a cidade para estudar, mas agora o dinheiro está curto e ele está louco procurando emprego. Tom Henry Lamarte Júnior, despreocupação e arrogância caminham lado a lado em sua...