Otávio
Estou rolando na cama há muito tempo.
Henry está fora de casa e por alguma razão me deixa preocupado, sendo que eu não deveria dar a mínima, certo? Ele sabia se cuidar, afirmava isso a cada respiração. Depois de saber de Tomaz acho que consigo entender melhor a cabeça pesada do Idiota Júnior. Ele se sente solitário e acha que se reaproximar pode sofrer novamente com a rejeição. Não sei. A situação toda é muito confusa, não devia estar me preocupando com isso, mas é impossível não pensar nele, quero tanto... confortá-lo.
- Não, não, não...- Sussurrei para mim mesmo - Você está gostando daquele idiota?
Depois de pensar por horas, não chegando a conclusão nenhuma, eu durmo.
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- Otávio?
- Sim?
- Venha até a sala, eu e minha mulher queremos falar com você
- Tudo bem senhor Tom em um minuto estarei lá.
- Certo.
São sete da manhã, o filho do casal Lamarte não dormiu em casa e a cada minuto eu fico mais preocupado e de novo, me obrigo a esquecer isso. Ele sabia se cuidar e eu... Eu o acho terrível. Me dirigi até a sala, os meus patrões estão sentados no seu branco sofá caro parecem preocupados e com receio de algo. Não quero saber do que ou, porquê.
- Pois não? - Cheguei perto dos dois.
- Otávio temos uma proposta, você...
A porta foi aberta todos olhamos na direção do barulho e um Henry calmo passou por ela. Sua face não está mais vermelha, mas seus olhos denunciam que havia chorado, está com as mesmas roupas de ontem só que mais amassadas. O cheiro de algo forte exala dele, bebida? Sim. Qual? Não sei.
- Porque me chamaram? - Perguntou rude.
- Esta contínua sendo sua casa não? - Seu pai respondeu fazendo seu filho revirar os olhos.
Isso me deixa com vontade de pular no pescoço daquele mimado. Ele não fazia ideia de como era perder o único teto que tinha sobre a cabeça e ainda revira os olhos?
- Por pouco tempo logo eu pegarei o meu dinheiro no banco e sairei daqui, e pretendo ir para bem longe de vocês.
- Sobre isso mesmo que queremos falar. Você não terá mais aquele dinheiro. - O pai dele falou.
O cômodo pareceu ficar mudo, as únicas coisas a serem escutadas é nossa respiração pesada e algumas panelas se mexendo na cozinha onde Gabi está. Então Henry começa a rir, rir muito.
- Você... está... brincando não? - Ele tenta controlar a risada.
- Não, ele não está.- Lauren se pronuncia pela primeira vez desde que cheguei.
- Você estão loucos? Não podem fazer isso! Aquele é meu dinheiro!
- Nós sabemos disso Henry, poderá ter ele de volta se seguir as regras.
- Que regras?-Ele pergunta.
Porque estou aqui mesmo?
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Presente de Casamento (Romance Gay)- MPreg
RomanceOtávio é um homem simples que está até o pescoço com dívidas, se mudou para a cidade para estudar, mas agora o dinheiro está curto e ele está louco procurando emprego. Tom Henry Lamarte Júnior, despreocupação e arrogância caminham lado a lado em sua...