Otávio
- Licença. - Me aproximei do segurança que me encarava - Você... poderia me ajudar a levar esses sacos de terra para o jardim de trás?
- Não.- Ele falou rude.
- Oh! Está bem. - Saí um pouco acanhado.
Peguei o primeiro de quatro sacos de terra. São extremamente pesado, sendo pequeno não adianta em nada. É nisso que dá pedir ajuda a alguém! Se eu realmente não precisasse não pediria!
(...)
Um! Só falta um saco.
Fui ao jardim da frente onde está o outro saco, meus músculos estão doloridos, o sol está queimando minhas costas e minha água acabou, não posso entrar na cozinha com os pés cheios de terra, Gabi me mataria.
- Deixa eu te ajudar. - O segurança me empurrou de leve e pegou o saco facilmente, como se fosse apenas um brinquedo.
- Obrigado.- Murmurei desconfiado.
Guiei ele até o jardim de trás onde os outros estavam, ele me seguia.
Senti algo nas minhas costas. À terra do saco está agora na minha roupa e cabelo fechei meus olhos com força e esperei à terra acabar de cair, o meu corpo todo pinicava. Limpei meus olhos minimamente e olhei para o homem ao meu lado que tinha um sorriso divertido e malvado no rosto. O saco não havia rasgado. Ele havia feito isso.- Porque diabos você fez isso?-Gritei.
- Porcos gostam de terra não? - Ele debocha.
MERDA MERDA MERDA...
Limpei o que pude da minha roupa e cabelo.
- O que porra aconteceu aqui? - A voz do idiota Júnior.
- Eu ahn...-Comecei- Nada. Não aconteceu nada.
- Nada? Você está sujo de terra da cabeça aos pés pobretão e... espera, Foi você quem fez isso?-Ele olha para o segurança.
- Não.
- Isso é verdade?-Perguntou-me.
Porque ele se interessa tanto? Aposto que ele já desejou fazer isso comigo se não coisas muito piores, não posso negar para mim mesmo que estou gostando de ser defendido por ele mesmo não estando nas melhores condições. O segurança olha para mim e sinto-me uma mera criança ao lado dele. Furos começam na minha confiança; ele está sorrindo e olhando para mim, para estado que estou. Quem acreditaria em mim se estou aqui há apenas algumas semanas? Vejo o jeito como o Idiota me olha e até o jeito como Gabi me olhou quando cheguei, não sou confiável? Não, eu não seria mesmo para tanto, mentir é sempre mais fácil, por mais que eu queira chorar, mentir é o que vou fazer, não quero mais um problema nas minhas costas.
- Sim. Foi o que aconteceu. Irei subir para me limpar.-Falei.
Henry nem mesmo prestou atenção no que falei. Isso só confirmou tudo.
Andei até a porta da cozinha e entrei, Gabi me olhou da cabeça aos pés e me perguntou o que aconteceu comigo. Ela só perguntou olhando para o chão que sujei. Ela também não se importa.
Encostei a porta do quarto e tirei minha roupa melada de terra indo logo para o banheiro para tomar um belo banho relaxante (fiz uma nota mental para jogar a roupa fora), se aquele segurança acha que isso acabou, pode crer que não acabou. A água quente me faz relaxar realmente, mas a cada vez que penso na voz daquele babaca, na voz desconfiada, então os pensamentos vão embora quando lembro que não há nada rolando.
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Presente de Casamento (Romance Gay)- MPreg
RomanceOtávio é um homem simples que está até o pescoço com dívidas, se mudou para a cidade para estudar, mas agora o dinheiro está curto e ele está louco procurando emprego. Tom Henry Lamarte Júnior, despreocupação e arrogância caminham lado a lado em sua...