Capítulo 11

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Henry

Ele aceitou. A fala dele ronda na minha cabeça há minutos e ainda não consigo acreditar. É como se todas as minhas orações silenciosas tivessem sido atendidas e agora terei meu dinheiro e herança como sempre quis, porém há controvérsias, afinal, o pobretão vai ficar com metade do meu dinheiro.

- Que perfeito Otávio eu realmente achava que você não iria aceitar, mas que bom que tomou a decisão. - Meu pai aperta sua mão.

- Tudo bem. - Ele fala

- O contrato chegará amanhã pela manhã e garantiremos que esteja tudo nos conformes. - Minha mãe fala.

- Tudo bem eu vou subir para me preparar para o trabalho, com licença. - Ele sobe a escada apressado.

- Henry... - Minha mãe começa.

- Agora não. - A corto e subo as escadas indo para o quarto do pobretão.

Entrei em seu quarto sem bater e tranquei a porta. Ele está abotoando suas calças e está sem camisa, seu cabelo castanho meio bagunçado e suas bochechas coradas deixam com o ar mais infantil.

- O que está fazendo aqui? - Sua voz me tira de meus devaneios.

- Você... aceitou.

- Sim, mas foi pelo dinheiro. Eu não gosto de você.

- Então somos dois. Esse casamento não vai dar em nada, absolutamente nada. Nem conversar direito você consegue.

- Eu não consigo? Você é a pessoa mais bipolar de todo o mundo e ainda que ter a razão? Me poupe Idiota Júnior.-Ele coloca sua camisa.

- Pare de me chamar assim. - Me aproximei dele.

- Você não manda em mim, idiota Júnior. - Ele ri.

- Você que pensa.-Agarrei sua cintura atacando seus lábios.

Seus lábios tem um gosto viciante e sua boca pequena cabe perfeitamente na minha. Ele colocou sua mão no meu pescoço e outro na minha nuca agarrando minimamente meus fios loiros.
Tirei minha boca de sua boca e a coloquei no seu pescoço mordiscando cada canto deixando algumas partes vermelhas.

- Para... para Por favor. - Ele arfa.

- Tem certeza? - Perguntei cheirando seu pescoço.

- Otávio você viu o senhor Henry? Os amigos dele estão aqui. - A voz da empregada. Justo agora?

- N... não Gabi não o vi.- Ele grita.

Ele se solta do meu aperto e ajeita seus cabelos minimamente e vai indo em direção ao espelho olhando para as marcas que fiz em seu pescoço.

- Droga. - Ele murmura

- Pobr... Otávio eu acho que...

- Henry? - Mandy.

- Sua amiga está chamando, você tem que sair daqui agora.

- Eu não contei para todos que vou me casar com...

- Com um homem? - Ele diz.

- Não... bem...

- Chega. - Ele levanta a mão - Saía por favor.

Saí do quarto dele bufando. Teimoso, teimoso...

- Finalmete cara. Onde você se meteu? - Tony.

- Ahn, estava no meu quarto. Cadê a Mandy?

- Na sala.  -Disse simples

- Vamos descer. - Falei.

Descemos as escadas, Mandy está batendo o salto ansiosamente no chão e quando me vê para e abre um enorme sorriso deixando a amostras seus alinhados e perfeitos dentes brancos. Seu cabelo ruivo está mais curto que da última vez que a vi, ela parece mais cordial. Apenas parece.

- Finalmente Henry, onde estava e, porque você demorou...- Ela parou de falar e ficou me analisando. - Quem fez isso no seu pescoço? - Ela pergunta

- Como? - Perguntei.

- Aqui cara, olha.-Tony me dá o celular com a câmera frontal ligada.

Meu pescoço está com um belo arranhado no pescoço, as marcas estão avermelhadas e agora que as percebi, estão começando a arder. Pobretão.

- Não é da sua conta Mandy. Você acha o quê? Que eu só faço sexo com você?

Sua expressão ficou vermelha de raiva, seu olhar alternou entre mim e Tony então como um furacão ela subiu as escadas fazendo seus saltos fazerem um barulho horrível, me apressei em subi as escadas e encontrei ela olhando cada canto do meu quarto. De baixo da cama, no guarda-roupa, closet, banheiro...

Segurei em seu braço com certa força e a olhei.

- Você acha que é quem para entrar assim no meu quarto e olhar cada canto?

- Sou sua namorada se ainda não percebeu.

- Só nos seus mais profundos sonhos.

- Não contou a ela que vai se casar? - Tony fala deixando Mandy ainda mais possessa.

- Se casar! Com quem Henry? É alguma puta rica, aposto, você nem deve gostar dessa vadia.

- Cala a porra da boca. - Gritei.

A porta do quarto ao lado foi aberta, Otávio saiu de seu quarto um pouco assustado e veio até nós três.

- O que está acontecendo? - Ele pergunta a Tony.

Ver os dois juntos ainda me faz revirar o estômago com aquela sensação de posse voltando e se referindo ao pobretão.

- A Mandy ficou louca porque o Henry vai se casar e ela acha que é uma vadia qualquer. - Tony fala.

- Vadia qualquer? - Ele fala olhando para mim.

As palavras pareceram ter saído em deboche, mas ele fez uma careta como se as mesmas palavras tivessem deixado um gosto amargo depois que saíram. Me sinto tão culpado.

- Espera um minuto. - Mandy fala e vai até Otávio  pegando em seu rosto com uma certa rudez.

- Aí -Ele sussurra.

- Você fez as marcas no Henry? E essa aqui foram ele? Meu Deus! Vocês são todos imundos? - Ela quase grita.

Seu olhar é de total asco, ela já direcionava esse olhar para Tony muita das vezes em que saíamos juntos e agora o mesmo está direcionado para todos nós.

- Me solta sua louca. - Otávio tira a mão dela de sua cara.

- Que nojo, não toca em mim. - Ela limpa o braço.

- Sou gay sim e acredite eu posso ser uma ótima cobra também então não vai me querer como seu inimigo. - Otávio rebate.

- Henry me diga pelo amor de deus que você vai se casar com uma mulher. - Mandy diz em súplica e Tony dá uma risada sarcástica.

- Não Mandy, não vou casar com uma mulher. Irei me casar com ele - Apontei para Otávio.

- O ama? - Ela pergunta sem expressão.

- Não é apenas pela herança e... - Falei rapidamente sem pensar.

Parei abruptamente direciono meu olhar para o homem que está com minhas marcas no pescoço, o olhar de tristeza faz um grande buraco se formar em meu peito. Ele saiu do quarto e Tony foi atrás dele, antes, me dando um olhar de advertência.

- Então está fazendo isso pelo dinheiro? - Mandy parece pensar -, Que maravilha amor eu quase pensei que você tinha jogado a toalha igual a... Loney acho que é o nome. Aliás, porque seus pais contrataram um homem como... Ele? Que mal gosto!

Parei de prestar atenção em suas palavras e fiquei pensando que agora outra pessoa estaria consolando o meu futuro marido... futuro marido... palavras boas demais para estarem na minha boca.

Presente de Casamento (Romance Gay)- MPregOnde histórias criam vida. Descubra agora