Capítulo 13

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Tom Henry

Mandy saiu há horas, são exatamente três da madrugada e eu não estou com um pingo de sono o peso na consciência não me deixa fechar os olhos porque toda vez que fecho eu lembro dele com o rosto perplexo olhando a cena, beijei ele pela tarde e minutos depois fui fazer sexo com uma garota que estava no meu quarto... o quão estúpido isso soa? Minha vontade agora é de entrar no quarto dele e no mínimo pedir desculpas ou não, apenas beijá-lo e beijá-lo. Não posso deixar que Otávio se afaste de mim como meus pais fizeram na minha infância.

Tomaz morreu com dois anos, eu não era nascido ainda, mas meu pai me contou toda a história quando perguntei o porque minha mãe ficava apenas no quarto chorando. Eu lembro exatamente das palavras dele:

- Sua mãe está triste filho-Ele colocou a mão no meu ombro- Muito triste ela perdeu um filho maravilhoso...

- Mas ela não tem eu agora?-Perguntei.

- Tem sim mas ela precisa superar o outro filho dela, o primeiro que ela teve Henry ela amava muito o Tomaz. - Ele saiu para ficar com minha mãe.

- Mas ela não me ama também?-Perguntei para mim mesmo

******

Estou tomando café, está horrível como sempre, mas não estou dando muito importância afinal meu alvo hoje é o Otávio, ainda não o vi e mesmo quando o ver não saberei o que fazer e falar. Estou me sentindo tão culpado e terei que passar por cima do meu orgulho para me redimir.

- Senhor Henry os seus pais estão chamado o senhor, estão na sala.- A empregada fala.

- Certo - Falei simples.

- Licença -Ela já ia saindo quando a chamei novamente.

- O Otávio já está lá? - Perguntei.

- Está sim senhor.

- Certo pode se retirar.

Sem conseguir comer mais me levantei e me dirigi até a sala onde meus pais estão, junto a eles está... seus olhos estão avermelhados igualmente seu nariz. Ele chorou.

- Finalmete, o contrato já chegou e queremos ler para vocês dois juntos.

- Podem começar. - Falei.

Minha mãe pegou o papel e começou a analisá-lo.

- Fica aqui declarado que -Ela começou- Tom Henry Lamarte Júnior e Otávio da Costa casarão em um matrimônio por contrato, nessa união será declarado também que a herança de Tom Henry Lamarte, pai de um dos noivos, será dividida igualmente para ambos os homens do matrimônio. Para que isso aconteça os casados devem viver com o status por pelo menos um ano após assinarem o documento.

- Em letras miúdas vocês podem se separar depois de um ano. - Meu pai fala.

Otávio murmura algo que não consigo entender, meu pai me estende uma caneta prateada eu estou trêmulo, mas não desistirei não agora. Assinei. Em um piscar de olhos eu assinei o contrato e estendi a caneta para o homem que está ao meu lado, ele reluta mas aceita assinando logo em seguida. Meus pais batem palmas, minha mãe pede silêncio.

- Vocês podem se beijar. - Ela fala.

Otávio ficou rígido ao meu lado, olhei para ele como se estivesse perguntando se podia e concedido o beijei ali na frente dos meus pais. Os mesmos continuaram a bater palmas. Nos separamos, ele sorri envergonhado e quando iria se retirar meus pais falam que tem uma surpresa para nós.

- Eu e a Lauren estivemos pensando que talvez vocês quisessem comemorar a lua de mel de vocês na Itália. O que acham?

Itália. Parece perfeito!

- Eu não sei...- Otávio reluta.

- Otávio querido é apenas uma viagem... nada de mais . -Minha tenta convencê-lo.

- Tudo bem.-Ele fala derrotado.

- Perfeito!

- Então está decidido! Não precisam se preocupar com nada eu e Lauren cuidaremos de tudo.

Presente de Casamento (Romance Gay)- MPregOnde histórias criam vida. Descubra agora