Capítulo 22

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Tom Henry

- Mandy eu não posso mais fazer isso com você!-Falei exaltado pela terceira vez.

- Eu ainda não aceito isso Henry! Você pode fazer o que quiser amor...

Ela me mandou uma mensagem quando estava em casa pedindo para me mostrar algo e quando chego em sua casa, nosso local marcado, ela está com uma lingerie vermelha que combina com seus cabelos ruivos. Ela me implora a hora que para que fôssemos fazer sexo, mas continuo a negar afinal eu estou casado e a cada vez que penso em traição meu estômago embrulha e uma sensação ruim vem a mim, a culpa.

- Mandy estou casado com o Otávio eu não posso traí-lo!

- Você não era assim Henry, não ligava para ninguém além de você mesmo e agora está pensando nele? Àquele veado mudou você de uma maneira surpreendente. Porque, porque não quer fazer sexo comigo?

- Por que talvez eu ame ele!-Finalmente as palavras saíram.

Venho me negando a falar em voz alta esse tempo todo, mas agora as palavras saíram... e foi, maravilhoso a sensação de falar o que sua mente concorda com seu coração.
A cara de Mandy é de perplexidade extrema, eu também ficaria afinal eu mudem em menos de um mês e todos haviam notado isso.

- Você está se escutando? Que absurdo Henry!

- Estou, estou me escutando sim e nunca disse uma coisa tão séria em toda minha vida!

- Não poderia ser diferente afinal você só anda com esse tipo agora... aquele Tony, esse Otávio...-Ela fez uma cara de nojo- Agora você o homem mais gostoso que eu conheço, o mais másculo... que ironia...

- Chega!-Gritei- Não vou ficar ouvido você ficar falando mal deles... não sei porque estou perdendo meu tempo aqui com você sua... Arhg!

Saí do quarto dela, ouvi seus gritos histéricos enquanto passava pelos outros cômodos da casa indo em direção a porta.

- O que acha que as pessoas vão dizer quando eu revelar que você broxou comigo em?-Ela grita do corredor- Acha que vai ficar com a fama de antes? Acredite você não vai!

- Você acabaria fazendo um favor me livrando dessa gente interesseira, além disso, eu nem aceitei fazer sexo com você para ter broxado e acredite nunca mais vamos fazer. Procure outra pessoa para dar.-Saí da sua casa.


Peguei meu telefone e disquei o número do Tony, eu preciso me abrir com alguém que me entenda... preciso repetir as mesmas palavras que falei para Mandy com um amigo.

- Preciso falar urgentemente com você podemos nos encontrar?-Pergunto rápido.

- Venha até minha casa.

- Certo, obrigado.-Desliguei.

Ando até a casa dele a passos meio rápidos.

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Otávio

- Como? Acho que está me confundindo com alguém senhor...

- Não, não estou. Você é meu filho mesmo Otávio desculpa eu ter jogado essa notícia assim para você sem prepara-lo, mas é a verdade.

- Como tem tanta certeza?-Perguntei.

- Apenas sinto...-Ele fala vago.

- Pai acho que o senhor realmente se confundiu-Fernando fala.

- Não. Não confundi nada.-Ele se nega.- O nome da sua mãe é Olivia ela estava ou ainda está deprimida por eu tê-la abandonado assim sem mais nem menos não é?

- Sim... Você é realmente o meu pai?-Pergunto. - Que... Merda.

- Sim. Se quiser podemos fazer um teste de DNA para comprovar isso...-Ele diz.

- Então faremos, mas não agora.-Falei.- Porque agora terá que me explicar tudo direitinho.- O olhei com dureza. - Não pode sumir da minha vida e aparecer do nada, achei que tivesse morrido, achei que me odiava, achei milhões de coisas e nada do que você falar agora vai me fazer morrer de amores por você...

- Vamos conversar na cozinha?-Ele aponta.

Assinto.

- Irei deixar o Júlio na escola e pai...-Ele falou com Colew- Vamos comigo?- Ele pergunta.

- Vamos.-O pai dele ri forçado e saem.

(...)

- Comece.-Pedi.

- Bem...-Ele coça a cabeça- Há alguns anos sua mãe me deu a notícia que estava grávida, mas antes disso eu tinha decido a acabar com nossa relação afinal eu tinha me apaixonado por um homem, sim, eu conheci o Colew em um evento perto da nossa casa e ele me beijou. Foi um beijo nunca experimentado por mim afinal eu sempre achei que fosse heterossexual. Sua mãe ficou perplexa quando eu contei isso e nós discutimos feio naquele dia eu arrumei minhas coisas e sai de casa indo diretamente para a casa do Colew... Ele se sentiu muito culpado com o fim do meu casamento com a Olivia se culpou por vários anos até que decidimos dar um passo para parar de pensar nisso então adotamos o Fernando... por muito tempo eu lembrava de você meu filho de sangue e toda vez que eu tentava te ver sua mãe não deixava... eu sempre aparecia no jardim e ela ficava irritadíssima-Ele ri-, só vi você uma vez, estava de fralda olhando pela janela em um carrinho de bebê eu achei você tão  parecido com seu avô.

- Porque não me procurou quando cresci?-Perguntei.

- Até tentei, mas eu perdi total contato com sua mãe, ela não dizia nada sobre você... nem onde morava, nem onde estudava... se estava vivo ou não.

- Eu tinha o direito de ter conhecido você.- Falei frustrado.

- Podemos recompensar esse tempo perdido?-Ele pede.

Meu estômago embrulho novamente, o cheiro forte do seu perfume me incomodava a minutos... levantei da mesa e andei rapidamente até a porta respirando o ar "limpo" do lado de fora. Senti sua mão no meu ombro perguntando se estava tudo bem, apenas concordei com a cabeça que sim.

- Eu preciso ir para casa tenho algumas coisas para fazer.-Falei.- Depois combinaremos algo Alfredo.

- Certo.-Ele sorri triste... acho que queria que eu o chamasse de pai.

Saí da sua casa indo em direção para a casa dos Lamarte... Estou tão confuso... E enjoado.

(...)

Senti um puxão no meu braço me jogando na parede dura e com sujeira de um beco meio esquisito a pessoa aperta tão forte que suspiro em dor.

- Olá o Otávio... está com meu dinheiro?

Merda!

Presente de Casamento (Romance Gay)- MPregOnde histórias criam vida. Descubra agora