Otávio
Henry me chamou para passear um pouco anda por aí, então cá estamos nós, andando perto da minha antiga casa lado a lado.
- Essa era sua casa não?-Ele pergunta
- Era sim.-Observei a casa.
- Horrível-Ele murmura.
- Não fale assim foi a única que consegui pagar com o dinheiro que ainda tinha antes de ser mandado embora.
Ele deu de ombros. Fiquei mais alguns segundos olhando a casa até ver a porta ser aberta dela passa um homem de poucos cabelos grisalho... ele para perto do portão enferrujado pelo tempo e começa a nos olhar, seu olhar sobre mim me incomoda e eu nem posso negar que não é para mim afinal só tem eu e Henry na rua.
- Ele está olhando muito para você.- Henry murmura incomodado.
- Eca que nojo Henry! Ele tem idade para ser meu pai-Falo sorrindo.- Vem.-Peguei na mão dele ignorando o olhar daquele homem em cima de mim.
É a primeira vez que pego na mão dele por livre e espontânea vontade antes eu não me importava com isso, mas algo muda quando a gente... gosta de alguém.
- Sabe o que eu quero comer?-Perguntei e ele negou- Sorvete.-Falei pensando e minha boca salivou.
- Não consegue comer algo mais saudável?
- Não.- Disse simples- Eu tenho vontade de comer essas coisas aleatórias todo dia.-Dei de ombros.
Sem nenhum de nós falar mais nada pegamos o caminho de volta para casa afinal ainda teríamos que viajar, meu desejo por essas coisas boas ainda queimava dentro de mim, fazendo eu ficar salivando, isso é resultado de não ter comido tão bem. Sentei-me em um banco da rua.
- Como assim já está cansado? Eu ainda consigo ver sua casa daqui.-Henry cruza os braços.
- Vai a merda Idiota Júnior.-Respirei fundo.
- Ande logo não irei esperar por você por mais muito tempo.-Ele volta a andar.
Voltei à andar a contragosto.
(...)
Meu celular apita o pego e olho a mensagem pela Barra de notificações.
- Achou que eu ia desistir de você? Muito enganado Otávio eu ainda quero meu dinheiro e quero logo seu prazo está acabando e se não me der já sabe o que acontecerá. - Zipo.
Merda! Merda!
Desliguei o celular. Eu tenho meu salário, mas para chegar o tanto de dinheiro que ele quer é quase impossível conseguir em dois dias! Estou tão absurdamente ferrado!
- Otávio?-Henry entra no quarto.
- Sim?
- Está tudo bem? Você esta pálido e parece nervoso.
- Não está tudo bem.-Tentei sorrir convencido.
- Certo ah! - Ele sentou ao meu lado- Está tudo bem mesmo para a gente viajar?
- Sim eu quero muito conhecer a Itália-Sorri.
- Sua mãe não falou com você mais?-Ele pergunta.
- Não.- Falei triste.
- Ela irá.-Ele segura na minha mão em sinal de conforto.
Olhei dentro dos seus olhos azuis, ele está sendo verdadeiro e isso faz meu coração ascender mais um sentimento por ele... o puxei para um beijo, raramente dou a iniciativa, mas dessa vez eu gostei.
- Temos que ir.-Ele fala durante o beijo.
- Certo.-Finalizei o beijo com uma mordida em seu lábio inferior.
- Você adora provocar não é?-Ele sussurra.
Sorri convencido afinal eu consegui o efeito que queria.
*********
Estamos no aeroporto, estou bem nervoso é minha primeira vez andando de avião, Henry não parece muito nervoso, na verdade, está até que muito tranquilo. Lauren e Tom apena nos deixaram e voltaram para casa ainda tinham que trabalhar. Estou rezando em silêncio para que nenhum enjoo ou tontura aconteça dentro do avião tentarei dormir ao máximo.
(...)
- Otávio? Já chegamos.-Henry me acorda.
Dito e feito, eu dormi a viagem inteira e não medo. A fome veio me acertando um soco no rosto passamos oito horas dentro desse avião e eu não como nada desde o almoço que eu vomitei.
Quando pegamos nossas malas fomos para a saída do aeroporto onde um carro azul já esperava por nós.- Seus pais pensaram em tudo?- Perguntei.
- Tecnicamente.-Ele fala.
Entramos no carro ele e o motorista começam a falar em italiano então apenas fecho os olhos e me acomodo no banco macio do carro esperando chegar em seja qual for nosso destino.
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Presente de Casamento (Romance Gay)- MPreg
RomanceOtávio é um homem simples que está até o pescoço com dívidas, se mudou para a cidade para estudar, mas agora o dinheiro está curto e ele está louco procurando emprego. Tom Henry Lamarte Júnior, despreocupação e arrogância caminham lado a lado em sua...