Tom Henry
- Ciao, signor Henry, dove?- O motorista pergunta.
( olá senhor Henry, para onde?)
- Andiamo in albergo.-Falei simples.
( Vamos para o hotel)Meus pais me ensinaram italiano quando eu era menor e até que me beneficiou em várias oportunidades. Olho para trás discretamente e vejo Otávio dormindo no banco de trás.
O hotel que meus pais fizeram a reserva é um dos mais caros da Itália e a cada passo que dou amo mais tudo isso não é todo dia que seus pais te dão uma viajem para a Itália e pagam absolutamente tudo!(...)
- Estou com fome.-O pobretão reclama.
- Irei pedir algo na recepção do hotel.-Peguei o telefone.
- Por favor peça algo que venha com porções grandes nada dessas comidas de ricos mimados.-Ele se joga na cama.
Revirei os olhos e liguei para a recepção pedindo nosso jantar que logo chegou. A atendente morena olhou muito tempo para o Otávio que estava na cama e isso me irritou profundamente mas não posso demonstrar ciúmes...
- O que você pediu?-Ele pergunta com o tom preguiçoso.
- Lasagne.-Falei
- O que ser isso, senhor?-Ele usa um tom divertido.
- Lasanha, pobretão.-Falei mostrando o prato para ele.
- Como fala meu Deus em italiano?-Ele pergunta hipnotizado pelo prato de comida em minhas mãos.
- Mio Dio!-Falei sorrindo e lhe entregando a comida.
- Mio Dio!-Ele repete me fazendo sorri.
Peguei meu prato e me sentei ao lado dele na cama, apenas comíamos e às vezes eu olhava para ele comendo como se não visse comida a muitos anos.
- Você está faminto não?-Perguntei sorrindo.
- Estou mesmo-Ele dá outra garfada na comida- Você pediu sobremesa não é?
- Sim está na bandeja.-Apontei.
- Perfeito.-Ele anda até ela.
Para a sobremesa eu pedi Panna cotta, uma típica sobremesa da Itália.
- Porque é pequeno?-Ele fala
- Prove.-Mandei.
Ele provou um pedaço do doce e literalmente gemeu em aprovação juntei tudo que alguém como ele pode gostar: Leite, frutas, doce, açúcar... e pronto a sobremesa fica perfeita para o paladar faminto dele.
- Maravilhoso-Ele fala.
- Eu sei que sou.-Sorri.
- Estou falando com a sobremesa Idiota Júnior.-Ele ri.
- Irei sair daqui a alguns minutos, eu preciso ver se meus pais depositarão o dinheiro para que possamos aproveitar toda a cidade.
- Certo.-Ele senta na cama e fecha os olhos.
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Otávio
Depois que Henry saiu eu deitei na cama e tentei dormir o que foi uma tentativa falha afinal eu estava um pouco energético demais... não posso não ficar afinal estou na Itália um dos países mais bonitos e maravilhosos que existe. Minha barriga começa a revirar, coloco a mão em cima dela e levanto.
- Droga.-Sussurrei.
A tontura me acertou em cheio, sentei-me na cama novamente para espera-la passar. Meu estômago embrulha cada vez mais, não posso sair da cama, ainda estou tonto... droga...
Não consegui segurar o vômito que está espalhado pelo quarto inteiro: cama, cômoda, parede, chão...
Tenho que limpar isso antes que o Henry chegue.Alguém bate na porta.
- Licença senh...-A garota que trabalha no hotel fica perplexa ao ver a condição em que deixei o quarto.
- Por favor você tem que me ajudar a arrumar isso.- Eu estou tão vermelho!
- Ahn! Irei pegar mais material de limpeza.-Ela se retira.
(...)
- Aqui.-Ela entra no quarto com vários baldes e produtos.
- Precisa mesmo de tudo isso?-Pergunto.
- Sim, afinal não queremos deixar cheiro nem rastros não é?
- Sim.-Parei por um estante e lembrei que ela foi a moça que me atendeu quando chegamos ao hotel.- desculpa, mas na recepção você não falou.
- São as normas do trabalho. Vamos limpar isso-Ela aponta para todos os cantos melados.
*********
Terminamos... levaram algo aproximado de uma hora para que pudéssemos limpar tudo perfeitamente. A mulher morena que me ajuda senta-se na cama e avalia o quarto dando depois um sorriso orgulhoso pelo trabalho que acabou de fazer. A mistura dos cheiros dos produtos de limpeza me fazem ficar enjoado.
- Muito bem agora que terminamos porque não conta o que aconteceu?-A moça pergunta.
- Bem... estou tendo tonturas sucessivas e enjoos também.
- Terá que ver um médico quando voltar senhor agora eu tenho que voltar a trabalhar com licença.-Ela pega as coisas trazidas e as leva embora.
Suspirei e me joguei na cama que agora tinha outros lençóis.
Se eu estiver doente, Deus me ajude.
(...)
Henry chega minutos depois que eu me deitei, ele contorce o nariz e olha os cantos do quarto tento disfarçar meu nervosismo fingindo prestar atenção em meus próprios dedos entrelaçados.
- Porque esse quarto está cheirando a hospital?-Ele pergunta.
- Eu derramei... sopa na cama e no chão então chamei alguém para limpar apenas.-Sorri
Ele cerra os olhos.
- Conseguiu o dinheiro?- Perguntei.
- Consegui, onde você quer ir amanhã?
- Não sei dê sua opinião.-Dei de ombros.
- Podemos ir à torre de pisa e ao Coliseu. São lugares populares aqui em Itália.
- Pode ser. Agora vamos dormir estou tão cansado.
- O que você fez exatamente a não ser derramar a sopa na cama?
- Vai a merda idiota Júnior.-Digo e me aconchego no colchão torcendo para pegar logo no sono.
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Presente de Casamento (Romance Gay)- MPreg
RomanceOtávio é um homem simples que está até o pescoço com dívidas, se mudou para a cidade para estudar, mas agora o dinheiro está curto e ele está louco procurando emprego. Tom Henry Lamarte Júnior, despreocupação e arrogância caminham lado a lado em sua...