Capítulo 18

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Tom Henry

- Ciao, signor Henry, dove?- O motorista pergunta.
   ( olá senhor Henry, para onde?)
- Andiamo in albergo.-Falei simples.
   ( Vamos para o hotel)

Meus pais me ensinaram italiano quando eu era menor e até que me beneficiou em várias oportunidades. Olho para trás discretamente e vejo Otávio dormindo no banco de trás.
O hotel que meus pais fizeram a reserva é um dos mais caros da Itália e a cada passo que dou amo mais tudo isso não é todo dia que seus pais te dão uma viajem para a Itália e pagam absolutamente tudo!

(...)

- Estou com fome.-O pobretão reclama.

- Irei pedir algo na recepção do hotel.-Peguei o telefone.

- Por favor peça algo que venha com porções grandes nada dessas comidas de ricos mimados.-Ele se joga na cama.

Revirei os olhos e liguei para a recepção pedindo nosso jantar que logo chegou. A atendente morena olhou muito tempo para o Otávio que estava na cama e isso me irritou profundamente mas não posso demonstrar ciúmes...

- O que você pediu?-Ele pergunta com o tom preguiçoso.

- Lasagne.-Falei

- O que ser isso, senhor?-Ele usa um tom divertido.

- Lasanha, pobretão.-Falei mostrando o prato para ele.

- Como fala meu Deus em italiano?-Ele pergunta hipnotizado pelo prato de comida em minhas mãos.

- Mio Dio!-Falei sorrindo e lhe entregando a comida.

- Mio Dio!-Ele repete me fazendo sorri.

Peguei meu prato e me sentei ao lado dele na cama, apenas comíamos e às vezes eu olhava para ele comendo como se não visse comida a muitos anos.

- Você está faminto não?-Perguntei sorrindo.

- Estou mesmo-Ele dá outra garfada na comida- Você pediu sobremesa não é?

- Sim está na bandeja.-Apontei.

- Perfeito.-Ele anda até ela.

Para a sobremesa eu pedi Panna cotta, uma típica sobremesa da Itália.

- Porque é pequeno?-Ele fala

- Prove.-Mandei.

Ele provou um pedaço do doce e literalmente gemeu em aprovação juntei tudo que alguém como ele pode gostar: Leite, frutas, doce, açúcar... e pronto a sobremesa fica perfeita para o paladar faminto dele.

- Maravilhoso-Ele fala.

- Eu sei que sou.-Sorri.

- Estou falando com a sobremesa Idiota Júnior.-Ele ri.

- Irei sair daqui a alguns minutos, eu preciso ver se meus pais depositarão o dinheiro para que possamos aproveitar toda a cidade.

- Certo.-Ele senta na cama e fecha os olhos.

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Otávio

Depois que Henry saiu eu deitei na cama e tentei dormir o que foi uma tentativa falha afinal eu estava um pouco energético demais... não posso não ficar afinal estou na Itália um dos países mais bonitos e maravilhosos que existe. Minha barriga começa a revirar, coloco a mão em cima dela e levanto.

- Droga.-Sussurrei.

A tontura me acertou em cheio, sentei-me na cama novamente para espera-la passar. Meu estômago embrulha cada vez mais, não posso sair da cama, ainda estou tonto... droga...

Não consegui segurar o vômito que está espalhado pelo quarto inteiro: cama, cômoda, parede, chão...
Tenho que limpar isso antes que o Henry chegue.

Alguém bate na porta.

- Licença senh...-A garota que trabalha no hotel fica perplexa ao ver a condição em que deixei o quarto.

- Por favor você tem que me ajudar a arrumar isso.- Eu estou tão vermelho!

- Ahn! Irei pegar mais material de limpeza.-Ela se retira.

(...)

- Aqui.-Ela entra no quarto com vários baldes e produtos.

- Precisa mesmo de tudo isso?-Pergunto.

- Sim, afinal não queremos deixar cheiro nem rastros não é?

- Sim.-Parei por um estante e lembrei que ela foi a moça que me atendeu quando chegamos ao hotel.- desculpa, mas na recepção você não falou.

- São as normas do trabalho. Vamos limpar isso-Ela aponta para todos os cantos melados.

*********

Terminamos... levaram algo aproximado de uma hora para que pudéssemos limpar tudo perfeitamente. A mulher morena que me ajuda senta-se na cama e avalia o quarto dando depois um sorriso orgulhoso pelo trabalho que acabou de fazer. A mistura dos cheiros dos produtos de limpeza me fazem ficar enjoado.

- Muito bem agora que terminamos porque não conta o que aconteceu?-A moça pergunta.

- Bem... estou tendo tonturas sucessivas e enjoos também.

- Terá que ver um médico quando voltar senhor agora eu tenho que voltar  a trabalhar com licença.-Ela pega as coisas trazidas e as leva embora.

Suspirei e me joguei na cama que agora tinha outros lençóis.

Se eu estiver doente, Deus me ajude.

(...)

Henry chega minutos depois que eu me deitei, ele contorce o nariz e olha os cantos do quarto tento disfarçar meu nervosismo fingindo prestar atenção em meus próprios dedos entrelaçados.

- Porque esse quarto está cheirando a hospital?-Ele pergunta.

- Eu derramei... sopa na cama e no chão então chamei alguém para limpar apenas.-Sorri

Ele cerra os olhos.

- Conseguiu o dinheiro?- Perguntei.

- Consegui, onde você quer ir amanhã?

- Não sei dê sua opinião.-Dei de ombros.

- Podemos ir à torre de pisa e ao Coliseu. São lugares populares aqui em Itália.

- Pode ser. Agora vamos dormir estou tão cansado.

- O que você fez exatamente a não ser derramar a sopa na cama?

- Vai a merda idiota Júnior.-Digo e me aconchego no colchão torcendo para pegar logo no sono.

Presente de Casamento (Romance Gay)- MPregOnde histórias criam vida. Descubra agora