Otávio
- Zipo? - Minha voz vacilou.
- Exatamente, bonitinho.- Ele ri sinistramente.
Zipo é um homem forte de cabelos longos negros... não consigo me soltar do seu aperto que começa a me machucar não adiantar gritar afinal a rua está vazia... como isso é possível, ainda são duas da tarde!
- Não estou com seu dinheiro ainda, mas tentarei conseguir ainda por favor eu preciso de mais tempo... - Pretendia contar sobre o contrato, mas ele não me deu oportunidade.
- Não irá chorar não é? - Ele zomba - Não posso te dar um prazo maior o que diriam da minha liderança? Quanto você me deve mesmo? - Ele mexe os dedos.
Fechei meus olhos por um momento, respirando aceleradamente.
- Quase quatro mil dólares certo? - Ele ri - Com seu atraso eu subiria esse valor por... que tal dez mil? - Ele ri. De novo.
- Não pode fazer isso eu nunca conseguirei pagar a você... aí!-Gritei quando ele apertou mais o meu braço cravando suas unhas na minha carne.
- Você vai pagar nem que tenha que dar o rabo para isso.- Ele chega mais perto do meu corpo.
- Nunca.-Murmurei.
Ele levantou a mão que certamente viria em direção ao meu rosto se um grito não tivesse feito ele parar. A um homem no final da rua ele grita pare que Zipo me solte o mesmo parece não dar importância, pois me aperta cada vez mais forte. O homem se aproximam de nos só aí percebo que o desconhecido é Fernando.
- Sugiro que solte ele agora antes que se machuque.-Fernando fala.
- O que vai fazer?-Zipo pergunta.
- Muita coisa, mas não sozinho.-Ele assobia e outro homem aparece no beco, Colew.
O homem que segura meu antebraço desfaz o aperto e me olha como se falasse "O aviso foi dado" então saí. Fernando se aproxima e analisa meu braço e procura outros ferimentos.
- Está tudo bem? O que aquele homem queria com você? - Colew pergunta.
- Foi apenas... uma tentava de assalto eu acho. - Sorri forçado -Está tudo bem agora obrigado por me ajudarem e se puderem não contém nada ao Alfr... meu pai.
- Não contaremos nada.-Fernando garanti e seu pai assente com a cabeça.
Agradeci mais uma vez antes de voltar a andar com pressa para casa.
(...)
Entrei. Está silenciosa... o casal Lamarte certamente não está e seu filho muito menos, eu não pretendo ficar sozinho em um quarto então segui para a cozinha onde Gabi limpava alguns pratos.
- Oi! - cheguei na cozinha e sentei no balcão.
- Olha só o riquinho resolveu falar com os pobres novamente.-Ela ri.
Revirei os olhos.
- Não sou rico e você sabe disso... apenas me casei com um.
- Ganhará uma bufunfa com isso certamente não?
- Talvez.-Sorri misterioso.- Gabi o que tem para comer?
- Olha... comida é o que não falta nessa casa olhe na geladeira.
- Grossa.-Resmunguei.
- Está muito sentimental Otávio o que foi? São os hormônios?
Ignorei indo para o meu alvo... A geladeira. Sim como Gabi havia dito à muita coisa aqui, mas o que me chamou mais a atenção foi a vitamina de abacate, nunca gostei, mas a vontade de tomar o conteúdo do copo foi grande.
- Você quer bolachas, senhoria?- Ela pergunta e eu concordo. - Aqui. - Ela me mostra um pote.
- Isso é biscoito, não bolacha. - Comentei pegando os biscoitos.
- Não entraremos nessa discussão... todos sabemos que é bolacha. -Ela murmura, mas decidi não revidar.
Ao final daquele lanche eu subo para o quarto me deitando na cama... cristo eu vou ficar sedentário se continuar assim!
Meu estômago embrulha novamente e já sei que terei que correr para o banheiro daqui a alguns minutos se não quiser vomitar nos lençóis da cama.➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖
Tom Henry
- Bem, é isso.-Terminei de contar todos os meus sentimentos ocultos.
- Está tudo muito confuso Henry, terá que pensar melhor em tudo afinal você disse que o ama, mas não esquece esse maldito dinheiro.- Ele bufa.
- Tony eu preciso do dinheiro caramba! O que eu vou fazer sem...
- Poderá ver as pessoas que ficaram do seu lado mesmo sem o dinheiro, poderá finalmente amar alguém como você diz que ama o Otávio... pense nisso.
- Vou pensar. Posso ficar aqui por uns momentos?-Pedi.
- Pode.-Ele sorri.
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Presente de Casamento (Romance Gay)- MPreg
RomanceOtávio é um homem simples que está até o pescoço com dívidas, se mudou para a cidade para estudar, mas agora o dinheiro está curto e ele está louco procurando emprego. Tom Henry Lamarte Júnior, despreocupação e arrogância caminham lado a lado em sua...