Capítulo 4

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Tom Henry

Idiota. Eu mal podia controlar a risada quando ele abaixou a cabeça quando minha mãe falava com ele. Essa foi a primeira lição para aquele imundo, a segunda pode ser pior.

- Henry! Abra a porta. - Meu pai bate na porta.

Abri a porta.

- O que quer?

- Fale direito comigo Henry eu sou o seu pai ainda. - Ele falou calmo.

- O que o senhor quer papai? - Debochei.

Ele bufou.

- Eu e sua mãe vamos fazer uma viagem, de dois dias e Otávio irá ficar responsável pela nossa casa e Gabi ficará em hora extra. Está proibido de dar festas.

- O quê? Aquela pobretão vai ficar cuidando da nossa casa? E se ele roubar alguma coisa nossa? E, porque nada de festas?

- Otávio é um bom homem e ele não irá fazer isso na nossa casa. Nada de festas. - Repetiu.

Bufei e abri a porta do quarto para ele abrir.

(...)

Acordei com um pouco de dor de cabeça, olhei no relógio e são três horas da tarde desci as escadas e meus pais estão na sala com malas ao lado.

- Vocês vão agora? - Perguntei.

- Sim, por favor não faça nada de ruim filho.-Minha mãe fala.

Revirei os olhos.

- Até mais filho.- Meu pai me deu um abraço e eu retribui.

Minha mãe fez o mesmo, mas eu não retribui. Otávio apareceu na sala, está vermelho parece ter corrido muito.

Ele estava bem fofo todo vermelho... Argh! Pensamentos idiotas, parem agora!

- Suas malas mais pesadas já estão no carro senhor. Me desculpe... - Ele respira fundo.

- Tudo bem Otávio. - Meu pai dá uma risada. - Enfim sabe o que fazer certo? - Eles se olham cúmplices.

Que merda está acontecendo aqui que eu não sei?

Depois das despedidas a Otávio meus pais saíram. Procurei acabar do meu carro e não achei quando me virei para perguntar ao pobretão ele estava girando a chave do meu carro no dedo e com uma grande cara de deboche. Ele não fez isso...

- Procura algo? - Ele sorri. O filho da mãe ainda sorri!

- Me dê a chave do meu carro. - Estendi a mão.

- Seu pai me deu ordens para eu não deixar você sair. - Ele deu de ombros. - Pelo menos não de carro. Também sem festas, sem birras, nada que você... Normalmente faz, pelo que fiquei sabendo.

- Meu pai não está aqui então me dá a porra da minha chave. O carro é meu.

- Não. - Ele enfiou as chaves no bolso e saiu. Simplesmente. 

Filho da puta. Ele não perde por esperar. Idiota! Mil vezes idiota.

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Otávio

Subi as escadas indo para o quarto onde eu ficarei, é um quarto comum para empregados, pelo menos a cama é mais confortável que a minha. O senhor Tom me deu algumas ordens enquanto ele estiver viajando e uma delas foi não deixar seu filho idiota pegar o carro, além de cumprir com as ordens eu me divirto olhando a cara de zangado do filhinho de papai. Olhá-lo... Ele tem traços lindos de um príncipe, a mandíbula é bem desenhada assim como os lábios rosados e os cabelos loiros são ainda mais perfeitos e para completar a desgraça perfeita que ele é: seus olhos, seus belos olhos azuis. Que, quando os vi pela primeira vez pensei serem gélidos, bem frios mesmo! Mas acabaram se revelando quentes, um tremendo e perigoso fogo azul.

Presente de Casamento (Romance Gay)- MPregOnde histórias criam vida. Descubra agora