Dylan Turner (Completa)

Capítulo 8

Puxei o cobertor sobre a cabeça, tentando abafar o som do meu alarme que era Tiffany. Prometi a mim mesma a nunca mais deixar ela dormir na minha casa. Nunquinha mesmo. Ela era uma cumpridora de horário assídua, não importando o quão tarde nós fomos dormir, ou seja, as três horas da manhã.

Me coloquei de pé, sentindo o vestido grudar em meu corpo. Dormi com ele depois de chegar muito cansada. Estava amarrotado, perdendo assim toda a sua elegância. Depois de tirá-lo, o dobrei colocando dentro de uma sacola. Separaria uma hora do meu dia para ir até uma lavanderia lavá-lo. Não pretendia entregá-lo de volta sujo.

Olhei minha face no espelho enquanto escovava meu cabelo embaraçado. As olheiras estavam gritantes debaixo dos meus olhos.

- Nós estamos atrasadas. - Disse Tiffany quando entrei na cozinha.

Peguei uma tigela no armário e me servi de um pouco de cereal. Coloquei uma boa quantidade de leite, e comi vagarosamente, deixando Tiffany ainda mais irritada.

O dia fora agitado na lanchonete, o que não era compatível como eu estava me sentindo. Cansada e sonolenta. Por isso trabalhei por menos horas do que o costume.

Depois de ir na lavanderia passei no supermercado, queria abastecer o meu estoque que estava precário.

Joguei uma caixa de cereal dentro do carrinho de compra, e meu celular vibrou dentro do meu jeans. O peguei, e digitei a minha senha, desbloqueando a tela. Alguém me enviara uma mensagem, era um número desconhecido, mas o nome no início da mensagem fizera eu quase dar um grito.

Me debrucei sobre o carrinho de compras, lendo e relendo a mensagem, de tão surreal que era.

- Oi! É o Dylan. Você esqueceu a sua roupa aqui ontem. Se você quiser passar aqui para pegá-la, estou aqui a noite toda. - O que ele quis dizer com a noite toda? Ignorei esse fato, pensando que uma aproximação com Dylan Turner estava mais perto do que eu planejei.

Ele poderia muito bem ter ido na lanchonete entregar a minha roupa, mas ao invés disso ele optou que eu fosse a casa dele buscá-la. Mas eu também poderia ter pegado a minha roupa antes de ir embora, mas optei por não fazer.

Salvei o número de Dylan em meus contatos para possíveis futuras trocas de mensagens.

Meus dedos eram agíeis e habilidosos, enquanto eu digitava uma mensagem o respondendo. Cliquei em enviar.

- Estou fazendo compras agora. Devo chegar aí daqui a meia hora. Está bom para você?

Empurrei o carrinho com a mão livre até o caixa. Esperava ansiosa que Dylan me respondesse, mas ele parecia ter ignorado a minha mensagem.

Entrei frustrada dentro do Uber. Ignorei as tentativas do motorista ao puxar assunto comigo. Eu estava mesmo era focada na tela do meu celular. Não conseguia conversar com outra pessoa e ficar com raiva de Dylan por ele não ter respondido a minha mensagem ao mesmo tempo.

Elevei um Doritos a boca, fazendo barulho enquanto eu o mastigava, odiava esses tipos de alimentos que não nos deixavam comer discretamente.

Um leve rubor de raiva cobriu minhas bochechas. Era assim que quem me conhecia sabia se eu estava de bom humor ou não, as bochechas rosadas, elas sempre me entregavam.

Guardei as compras, o celular em cima da mesa. Eu não iria a casa dele se Dylan não respondesse essa mensagem, apesar de ele já ter dado permissão.

Depois de te estocado tudo no armário, abri um pote de pasta de amendoim, enfiei a colher dentro, tirando uma boa quantidade. Se Dylan não respondesse logo, eu comeria a compra que eu comprei para uma semana em um dia.