Rise

Capítulo 14 - Suspeitas

Alguns dias se passaram e aos poucos Catarina sentia a realidade a atingir: seu pai não voltaria, ela estava sozinha. Seus olhos ainda estavam um pouco inchados, suas olheiras diminuíram, mas ainda estavam ali, seu rosto estava cansado.

Ela nunca pensou que aquilo que sempre sonhou, ser rainha de Artena, viria com tanto sacrifício. As vezes se passava por sua mente a ideia de abdicar do trono e fugir como Afonso, mas logo ela se amaldiçoava por pensar assim. Ela não era covarde tal qual ele, jamais fugiria de sua responsabilidade. Foram muitos acontecimentos que fizeram a princesa querer fugir, sumir, mas havia prometido a seu pai que lutaria, que seria uma grande rainha e iria lutar todos os dias para honrar sua palavra.

Sua mente, que antes não parava de produzir estratégias, acordos, planos, agora nada produzia sobre o que faria do futuro. Só conseguia pensar como iria fazer para reerguer Artena sozinha, mas não sabia que caminho seguir para isso.

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Selena ainda se encontrava em Montemor. Ainda esperava por um bom momento para falar com Catarina, mas precisava ter logo uma conversa com ela, pois em breve partiria de volta para Lastrilha.

Agnes lhe contou que seus sonhos continuavam a persegui-la. Eles agora vinham cada vez mais fortes. O tal homem que ela via em seus sonhos gritando com Catarina, agora aparecia com raiva, jurando vingança e falando mais coisas que ela não podia ouvir. A cada dia ela tinha mais certeza que esse homem tinha algo a ver com a explosão da mina de Montemor já que seu ódio por Catarina era imenso.

As suspeitas de Selena aumentavam a cada descrição dos sonhos de sua irmã. Ela sabia da má fama de Otávio perante o reino e o conselho da Cália. Todos diziam o quanto ele era inescrupuloso e vingativo. Agnes podia ainda não ter visto seu rosto nos sonhos, mas Selena tinha quase certeza de que se tratava dele. Não podia mais adiar a conversa com Catarina.

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Catarina, Selena, Agnes, Ulisses, Afonso e Amália estavam à mesa para o desjejum. A rainha da Lastrilha e o rei de Montemor discutiam algumas coisas a respeito de uma aliança firmada entre seus reinos, mas Catarina quase não prestava atenção. Ela mal tocava a comida, sua mente ainda pensava na recente perca de seu pai.

Eles estavam quase terminando a refeição quando Catarina levantou-se indo em direção aos seus aposentos.

- Catarina praticamente não comeu. - Selena comentou vendo a princesa se distanciar.

- Sim, há dias ela está assim. Praticamente não come, não conversa com ninguém. - Afonso disse.

- Ainda deve estar abalada pela morte de seu pai. - Selena disse e aproveitou a chance para sondar Afonso sobre o que ele achava da princesa. Ela reparava nos olhares dele para Catarina. - A mente dela deve estar uma confusão, a coroação como rainha de Artena, que, aliás, não deve demorar, a reconstrução do reino. Creio que está difícil para ela.

- Difícil está para Afonso e para Montemor depois que Catarina explodiu a mina. - Amália falou e Selena a encarou e logo em seguida olhou para Afonso, que mal esboçou reação.

Ela agradeceu mentalmente pela plebeia ter entrado no assunto. Olhou discretamente para Agnes que logo entendeu o recado e invadiu a mente de Afonso.

- A princesa fala bastante que foi meu pai, o rei Otávio, o mandante da explosão, não é, Afonso? Acha que há essa chance? Acha que pode não ter sido Catarina a mandante da explosão? - Ela perguntou e logo Amália tomou a fala nem deixando Afonso responder. Essa era uma mania da ruiva que Selena simplesmente odiava, ela sempre se metia onde não era chamada.

- Claro que não foi o rei Otávio. O que ele ganhou com tudo aquilo? Absolutamente nada, pois saiu morto de uma batalha. Catarina foi a mandante, ela sabia que se explodisse a mina, Afonso só conseguiria o empréstimo casando com ela. Ela só queria nos separar e impedir nosso casamento e nosso reinado juntos. - Amália falou irritada e Selena percebeu o desconforto de Afonso com o que ela disse e sorriu satisfeita. Mesmo que ela não tivesse o dom de ouvir pensamentos, percebeu que ele tinha dúvidas.

- É, tem razão. Catarina foi a maior beneficiada com tudo. - Ela disse com uma leve ironia na voz. - Bom, se me permitem, Agnes e eu iremos para os nossos aposentos. Depois podemos continuar nossa conversa sobre os acordos entre Lastrilha e Montemor. Com licença. - Selena disse e Afonso assentiu sem nada dizer. Seu olhar estava distante. A rainha ignorou o olhar estranho de Amália sob ela depois da conversa sobre a mina e saiu.

Quando as duas chegaram ao quarto, Agnes disse:

- Ele tem dúvidas, eu ouvi. A mente dele está uma confusão, o tempo todo pensando na princesa.

- Também percebi isso. Ao mesmo tempo que Afonso parece acreditar que foi Catarina a mandante da explosão, ele também não acha tão absurda assim a ideia de que tudo pode ter sido obra do rei Otávio. - Selena falou pensativa. - Eu preciso conversar com Catarina, resolver toda essa história o quanto antes, porque assim como Afonso, eu também não tenho tanta certeza de que foi ela.

Selena saiu de seus aposentos e foi e direção aos de Catarina. Não podia mais esperar para esclarecer toda aquela história. Assim que estava de frente à grande porta, ela bateu e logo a princesa abriu.

- Nós precisamos conversar, Catarina.

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Olá, meus amores e amoras. Mais uma vez venho agradecer por cada leitura, voto e comentário.

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Selena entrou pro bonde das dúvidas sobre ter sido a Catarina a mandante da explosão e ela não vai ficar só na dúvida, ela vai investigar. Ela e Agnes serão muito importantes.

Afonso também está cheio de dúvidas. E as dele começaram apenas sobre a explosão, mas logo ele vai começar a duvidar dos sentimentos pela sonsa.

E a sonsa, ne gente, sendo desnecessária como sempre.

Capítulo de hoje foi mais ameno, mas logo teremos muita emoção.

Deixem seus votos e comentários pra eu saber o que estão achando.

Feliz ano novo, tudo de bom na vida de vocês, que esse novo ano seja cheio de coisas incríveis nas suas vidas. Nos vemos novamente dia 3 de janeiro.

Beijos ❤❤❤❤