Capítulo 44 - Por você e por nós

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Alguns dias depois

Montemor seguia seus dias calmamente após o casamento de Afonso e Catarina. Quase todos os nobres já haviam retornado a seus reinos para retomarem seus deveres e no castelo alguns poucos permaneciam, mas já preparando-se para regressarem a seus destinos.

Um dos que ainda permaneciam em Montemor eram o rei Heitor e a rainha Gertrudes, que estavam apenas aguardando uma oportunidade ideal para tratarem juntamente a Afonso e Catarina o assunto referente a concessão do empréstimo para a retomada da reconstrução dos reinos de ambos.

E quando o assunto era a reconstrução, Catarina não parava de pensar em quando poderia retornar a seu reino para acompanhar tudo de perto novamente. Ela não havia esquecido de Artena, jamais o faria, porém os últimos acontecimentos a fizeram deixar o assunto um pouco de lado.

A rainha já pensava nos detalhes referentes a viagem que faria para seu reino para retomar o que havia parado. Ela era uma mulher inteligente, sabia que o motivo pelo qual o rei Heitor estava aumentando sua estadia em Montemor tinha a ver com o assunto do empréstimo e isso fazia seu coração quase sair de seu peito com a ansiedade de tratar do assunto com ele.

Aquele empréstimo era, sem qualquer sombra de dúvidas, de extrema importância para o futuro de Artena. Catarina odiava ter que depender do aval do Conselho da Cália para a concessão do mesmo, mas ela seria capaz de fazer todo e qualquer sacrifício em prol de seu reino.

Mesmo quase que completamente ocupada com o assunto de seu casamento com Afonso ela não havia parado de acompanhar a reconstrução do reino, ainda que com uma menor intensidade do que o que gostaria e felizmente haviam boas notícias.

As vilas já estavam quase completamente reerguidas e prontas para receber seus moradores, as obras de reconstrução do castelo estavam bem avançadas, as estradas estavam recuperadas, sem contar os demais serviços dos quais a população e o reino de modo geral precisavam para caminharem bem.

Mas ainda havia algo do qual ela nunca abriria mão e que ainda não estava como desejava: o exército de Artena. Ela já havia encomendado novos armamentos e equipamentos, mas obviamente um exército forte não se fazia apenas com tais artefatos. Era necessário muito mais e para isso ela precisava do empréstimo para investir na proteção do reino e nas obras de reconstrução.

Catarina não via a hora de retornar a Artena e ver seu reino reerguido e forte como sempre sonhou. Não só seu reino, mas ela também estava reerguendo a si mesma. Apesar de todas as dores e de tudo pelo que passou, ela estava muito mais forte e mais pronta para enfrentar qualquer obstáculo que surgisse em sua frente. Se nem a morte foi capaz de detê-la, nenhuma outra dificuldade seria.

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O rei Heitor estava reunido com Gregório na biblioteca conversando a respeito do andamento das obras de reconstrução de Artena e Montemor. A mina ainda não havia sido reaberta e isso precisava acontecer o quanto antes.

- Majestade, como bem pode perceber, estamos há alguns passos para a reabertura da mina, porém nossos recursos ainda não são suficientes para tal. O rei Afonso e a rainha Catarina aguardam com ansiedade vossa resposta a respeito da concessão do empréstimo. - Gregório falou.

- Eu já tenho minha decisão. - Heitor falou e Gregório ficou ansioso para sua resposta. - Deve se perguntar por qual razão o Conselho da Cália ainda não havia decidido.

- Majestade, devo confessar que achava muito difícil a concessão e a razão para tal... bem... creio ser conhecida por todos: a insistência do rei Afonso em casar-se com a plebeia Amália. - Gregório falou e Heitor concordou.

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