Capítulo 30 - De volta à Montemor e um beijo

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Pela foto do capítulo vocês já sabem o que vem por aí. Sim, isso mesmo, o que todos nós queríamos.

Postei e saí correndo, um tiro no coração apaixonado por afonsarina de quem ta lendo.

Vejo vocês lá em baixo ❤

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Passaram-se alguns dias desde a viagem de Catarina à Artena. A rainha estava completamente abatida. Fora um choque para ela saber que as plantações não estavam respondendo conforme o planejado. Apesar de já ter tomado providências a respeito do ataque de insetos às plantações, aquilo foi algo que a deixou abalada, pois iria atrasar ainda mais a reconstrução.

A rainha se preparava para retornar a Montemor mais uma vez. Sua mente estava longe naquele dia. Temia pelo que poderia acontecer com seu reino. "E se tudo der errado? E se eu não for capaz? E se tudo isso for em vão? O que farei?", sua cabeça marteleva essas perguntas o tempo inteiro.

As casas estavam sendo reconstruídas com sucesso e as obras para reerguer o castelo também já estavam em ritmo acelerado, porém  ela sabia que apenas isso não era suficiente. Um reino não se fazia apenas com casas e um castelo. Ainda havia muito a ser feito.

Catarina estava pensativa, mas desviou sua atenção quando Lucíola anunciou que tudo estava pronto para o retorno à Montemor. A rainha suspirou cansada, colocou sua capa e dirigiu-se a carruagem carregando consigo além do cansaço físico, também o mental e suas primeiras frustrações naquela longa caminhada.

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Em Montemor, Afonso e Gregório traçavam os últimos planos e acertando os últimos detalhes para a reabertura da mina. O rei estava apreensivo e temia que algo desse errado.

Falar dos assuntos relativos à mina, para Afonso, significava lembrar de Catarina e lembrar da rainha significava lembrar também do quanto ele fora injusto com ela. Não havia um único dia em que sua mente não lhe recordasse tudo que aconteceu e o quanto ele havia se arrependido do que causara a mulher.

Ele precisava, de uma vez por todas, resolver sua situação com Amália. Já havia decidido que não iria mais casar-se com a ruiva. Não nutria mais por ela nenhum sentimento que um dia nutriu. Não queria mais continuar alimentando na plebeia qualquer esperança de que eles ficariam juntos.

Afonso nunca imaginou que sua vida viraria de cabeça para baixo àquele ponto. Tudo que antes ele parecia ter certeza, havia mudado totalmente. Ele tinha certeza que amava Amália, mas não amava. Tinha certeza de que jamais sentiria o que quer que fosse por Catarina, mas agora era por ela que nutria os mais profundos sentimentos.

Ele não podia mais adiar o inadiável. Precisava conversar com Amália o quanto antes, não podia mais levar adiante aquela história entre eles. O casamento não podia acontecer. Ele definitivamente não a amava mais, se é que um dia realmente amou.

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Catarina retornava mais uma vez à Montemor. Ela tentava esconder, por meio de sorrisos e acenos ao povo, a dor dentro de si e o medo de não ser suficiente para reerguer seu reino.

Ao chegar ao pátio do castelo já tão conhecido, a rainha suspirou cansada. Tirou a capa que lhe cobria e ao dar alguns passos rumo ao interior do castelo viu que Afonso estava treinando junto aos demais soldados. Ela sorriu ao vê-lo tão concentrado na luta. "Nem parece o menino bobão quando está perto da rata ruiva. Finalmente agindo como um rei", ela pensou.

Se dirigiu ao interior do castelo e foi direto para seus aposentos. Estava completamente esgotada e só queria tomar um bom banho e dormir. Pediu para que Lucíola lhe preparasse o banho e quando a serva o fez, a rainha despiu-se e entrou na pequena banheira fechando os olhos e sentindo a água relaxar seus músculos tensos.

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