Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)

Capítulo 2

  - O senhor Martins, já deve estar chegando, - a recepcionista simpática lhe disse sorrindo – ele teve que resolver um assunto no andar de cima.
- Oh, sem problemas. Tenho certeza que ele deve ser um homem muito ocupado. - Nilce disse sorrindo e tomando mais um gole de café.
Na verdade ele podia demorar o tempo que fosse, desde que lhe contrata-se.
Quando Nilce ingeriu a ultima gota de café a porta do elevador abriu e a recepcionista levantou-se sorrindo :
- Oh, Senhor Martins. Que bom que chegou, esta é Nilce Moretto, sua futura secretária.
Nilce virou com seu melhor sorriso, e então logo ficou seria.
- Você que é o tal Martins? - ela perguntou com a voz áspera enquanto erguia uma sobrancelha e o olhava dos pés a cabeça – Eu não acredito..
O tão famoso e aclamado Martins, não passava de um mau educado e completamente idiota roubador de vagas de estacionamento ?! Argh! Só podia ser brincadeira !
- E o seu nome é Nilce Moretto? - ele disse sorrindo irônico – Vejamos como este mundo é pequeno.
Nilce queria socá-lo. Ela realmente queria socá-lo! Socá-lo e xingá-lo de mil e um palavrões possíveis. Mas não podia. Precisava daquele emprego. Assim como também precisava da boa quantia que pagavam do salário.
- Pois é. Muito pequeno. - ela respondeu corando
- Gláucia, - ele disse para secretária sem afastar o olhar do de Nilce – quero o currículo e a carta de recomendação dela em minha mesa.
- Sim senhor. - a ruiva assentiu se apresando em buscar o que ele pedira
- Até mais Nilce Moretto. - ele disse sem tirar aquele maldito sorriso do rosto.
Nilce continuou quieta. Se falasse mais alguma palavras com certeza seria um insulto.
"Oh droga, oh droga, oh droga !" - ela repetia em pensamento "Estou frita, definitivamente frita!"
Ela tinha certeza que ele não ia contratá-la. Ela o havia chamado de idiota. E não tinha sido somente uma vez ...
- Nilce Moretto... - Gláucia disse lhe tocando o ombro
- Sim?
- O Senhor Leon mandou avisá-la que dentro de alguns minutos, quer que você se junte a ele em sua sala.
- Algum problemas?
- Não, - ela disse simpática - somente porque no seu caso ele fez questão de fazer a entrevista.
"Oh sim claro para poder me dar ele mesmo um chute na bunda... Oh droga, oh droga ! Droga !"
- Acalme-se, - a ruiva disse percebendo seu nervosismo – ao contrário do que dizem os jornais e as revistas de fofocas, ele é muito cavalheiro.
Nilce forçou um sorriso.
Só se ser cavalheiro agora tinha mudado de sentido e significado, ao contrário Martins não passava de um ogro.
Demorou pouquíssimos minutos até que a ruiva "simpática" lhe conduzisse pelo corredor em direção a sala dele.
Na última porta do corredor, a ruiva parou deu duas batidas e abriu a porta fazendo sinal para que Nilce passasse.
A sensação era igual a se estivesse entrando dentro de um jaula cheia de leões. A diferença é que atras da grande e sofisticada mesa, encontrava Martins, sentado em sua cadeira, esperando por ela.
- Obrigado Gláucia. - ele disse sério – Pode ir agora.