Capítulo 65

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Para o seu assombro, quando voltou a suíte, Leon já a esperava tomando uma taça de vinho.

– Oi. - ela disse radiante.

– Oi. - ele respondeu também sorrindo – Já esta pronta ?

– Não. - ela fez uma careta – Acabei me esquecendo da hora. - admitiu – Me daria 20 minutos para tomar banho e me arrumar ?

– Claro.

– Leon, onde vamos jantar ?

– Em um restaurante chinês. - ele disse dando de ombros – Já comeu comida chinesa?

– Não. - ela admitiu – Vou me arrumar, espere aqui.

Diante do pedido Leon não ousou em oferecer companhia durante o banho, nem a apressou quando ao invés de vinte, trinta minutos haviam se passado.

– Vamos. - ela disse aparecendo na porta – Desculpe a demora, demorou mais do que eu esperava secar o meu cabelo.

– Não tem problema. Valeu a pena esperar. - ele disse em tom sedutor.

Nilce sabia a que ele se referia. Estava usando as mesmas sandálias e saia com que fizera a viagem, porém agora, uma blusa azul com o decote em formato arredondado complementava o figurino, deixando-o devidamente elegante e apresentável.

– Então vamos? - perguntou ruborizando.

– Sim. - ele disse lhe oferecendo o braço como um cavalheiro.

Nilce sentiu-se estupidamente nervosa, porém aceitou o braço que lhe foi oferecido com um doce sorriso nos lábios.

O percurso até o carro foi em total silêncio, somente quando Leon arrancou e a paisagem começou a correr pela janela, Nilce o indagou:

– Como foi seu dia ?

– Nada de mais. Burocracia, e mais burocracia. Mas o negócio já esta fechado. Amanhã pela tarde iremos nos reunir pela ultima vez e assinaremos a papelada.

– Puxa, foi rápido então. - ela disse controlando a lamentação em sua voz.

– É, eu pensei que demoraríamos mais dias. Porém os canadenses foram bastante flexíveis.

Nilce continuou em silêncio olhando para a janela.
Deus porque não estava feliz?! Ela iria voltar para o lugar onde agora ela chamava de casa, veria Sapeca. Voltaria a se ocupar do pequeno jardim. Voltaria tudo ao normal. Por que diabos não estava sorrindo, e transbordando de felicidade?

Ela engoliu seco admitindo a resposta e confidenciando a si mesma.

Ela não queria que tudo voltasse ao normal... Definitivamente não.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora