Capítulo 122

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Nilce ainda não acreditava no que estava prestes a fazer. Suas mãos estavam suando consideravelmente enquanto o carro - guiado por Sapeca que não parava de tagarelar sobre os preparativos do casamento -, deslizava pelas ruas movimentas em direção as Empresas Martins.

O que Leon diria quando a visse com os cabelos tingidos de um loiro quase ruivo? E quanto ao novo corte do cabelo? E quanto...

- Nilce? - Sapeca gritou ao seu lado a fazendo pular – Tudo bem? - ela apenas assentiu – Você estava com uma cara de idiota diferente da habitual... parecia em transe. - ela disse enquanto entrava no estacionamento da empresa.

Onde tudo começara. - Nilce disse para si mesma em pensamento.

Ainda se lembrava com detalhes daquele dia... daquela vaga... daquele idiota... Principalmente do idiota. Ela sorriu. Sapeca tinha razão, havia chegado a hora que de resolverem o turbilhão de sentimentos que os envolvia.

O esportivo vermelho estacionado na mesma vaga de costume chamava a atenção mais do que os demais.

- Prontinho. - Sapeca disse quando estacionou.

Nilce pulou para fora do carro, sentindo o coração na garganta.

Ficou feliz quando o porteiro se lembrou dela e a cumprimentou com um simpático “bom dia senhora Marrins”.

- Ótimo, - Sapeca disse quando ficaram sozinhas no elevador – agora você vai fazer a sua surprezinha para o seu Leon e eu vou ver o meu Duduzinho. Toma, pega a minha bolsa. - ela disse quando o elevador se abriu – Ela combina com a sua blusa.

- Obrigada. - Nilce disse quando o elevador abriu.
- Boa Sorte. - a morena lhe respondeu de volta enquanto as porta do elevador se fechavam.

Nilce fechou os olhos com a sensação de dejavu. Lá estava ela novamente naquela mesma sala, naquela mesmo andar, naquele mesmo prédio... e com aquele mesmo cara.

- Nilce? - uma voz familiar à chamou – Nilce Moretto?

- Gláucia! - ela disse animada para a ruiva de cabelos curtos em sua frente - Quanto tempo! - ela disse enquanto trocavam um abraço apertado.

- Nem me fale! - a ruiva respondeu com um largo sorriso – Quase não a reconheci com a sua nova cor de cabelo. Adorei o novo visual Sra. Martins!

O tom de Gláucia era animado e Nilce foi obrigada a rir:

- Obrigado. Na verdade acabei de fazer. Vim mostrar para o Leon. Você sabe se ele esta na sala dele?

O sorriso de Gláucia desapareceu.

- Você ainda não o viu então?

- Não ainda não. Então ele esta na sala dele? - Nilce insistiu

- Não. - Gláucia disse parecendo nervosa – Ele esta meio ocupado agora, pediu que ninguém incomodasse.

- Poxa... Pelo jeito perdi a viajem. - Nilce disse ainda desconfiada – Onde é que ele está?

- Na sala de reunião. - Glau disse parecendo pensar um pouco.

- Oh, então não tem problema... eu o espero na sala dele. Foi um prazer te ver... - Gláucia lhe barrou a passagem assim que ela deu o primeiro passo.

- Sinto muito, mas não posso deixá-la entrar.

- Qual é Glau? Eu sou a esposa dele. - Nilce disse sorrindo de canto.

- Sinto muito. - ela parecia realmente nervosa – Assim que ele voltar da administração eu aviso que você esteve aqui.

- Administração? - Nilce estreitou o olhar – Ele não estava na sala de reunião? Porque esta mentindo pra mim Glau?

- Não estou mentindo! - a ruiva disse com ênfase – Ele está na sala de reunião e depois vai ver alguns papéis na administração.

- Vou escrever um bilhete então e deixar na sala dele.
- Não se de ao trabalho... eu mesma colocarei na mesa dele para estar certa de que ele o veja.

- Não. - Nilce disse firme – Eu mesma vou fazê-lo. Me deixe passar! - disse quando a ruiva não saiu da sua frente.

- Sinto muito mas não posso.

- Eu é que sinto muito, porque se não sair da minha frente vou ter que lhe lembrar quem aqui é a mulher do dono da empresa. - Nilce disse rezando para não ser cruel de mais.

- Não... posso te deixar passar.

- O que você esta tentando me esconder afinal?! - Nilce explodiu e avançou para a frente jogando Gláucia para o lado.

- Nilce! - ela implorou lhe agarrando o braço – Me ouça! Você não vai querer ir lá! - baixo o suficiente para que apenas ela escutasse.

- Por que não? - Gláucia apenas balançou a cabeça – Me solte. - Nilce disse devagar.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora