Capítulo 85

1.5K 100 1
                                    


- Eu vou subir até o meu quarto e pegar uma pomada que esta em cima da penteadeira pra ajudar com a dor. - ela disse ainda andando e olhando pra cima.

- Nada disso... - ele disse agarrando a cintura dela e fazendo com que ela se senta-se novamente no sofá – Eu mesmo subo e pego a tal pomada.

Ela pensou em discutir, realmente pensou mas, ele já estava subindo as escadas de dois em dois degraus, apressado, dizendo a si mesmo que não tinha nada de mais ajudá-la mesmo estando atrasado. Afinal qualquer um faria isso.

Ele entrou no quarto e sentiu o cheiro dela queimando suas vias nasais. A cama estava desarrumada e um roupão também estava jogado ao chão.

Ignorando a primeira gaveta aberta, onde podia avistar as calcinhas e sutiãs, ele foi até a penteadeira e encontrou a tal pomada que tinha no rotulo o enunciado “dores musculares/alivio imediato”.

Ele voltou a descer as escadas, surpreso por ela continuar sentada no sofá.

- Aqui está. - ele anunciou lhe entregando o remédio.

- Obrigado. - ela disse espalhando um pouco de pomada na mãos e iniciando uma massagem pelo próprio pescoço. A substância tinha um cheiro terrível, mas Martins nem percebeu ocupado de mais vendo-a se massagear.

Como estava com vontade de beijá-la. Sentiu um comichão na virilha e logo tratou de mudar de assunto:

- Porque você dormiu no sofá? - ele fez a primeira pergunta que vinha em mente.

- De madrugada eu tive cãibras, desci para tomar água e acabei deitando no sofá para ver TV. - ela deu de ombros – Dormi.

- Você teve cãibras? - ele perguntou parecendo surpreso.

- Sim.

- E porque diabos não me chamou? Ou gritou como da última vez? - o tom de sua voz era bravo.

- Não achei que fosse preciso. - ela mentiu – As dores não foram tão fortes assim. - ela disse já podendo mexer melhor o pescoço.

- Ok, - ele disse irônico – agora conta a verdade. Quantas vezes vou ter que te falar que você não sabe mentir?

- Mas essa é a verdad... - ela se auto interrompeu suspirando quando por fim conseguiu mirá-lo nos olhos. Não tinha como mentir – Eu não quis te chamar porque você está brigado comigo. Eu sei que não quer falar comigo.

Ele suspirou pesadamente, esfregando as costas das mãos no próprio rosto.

- Eu estou atrasado agora. - ele anunciou mudando completamente de assunto.

Ele não havia ouvido o que ela acabará de dizer?

- Você ficará bem se eu for, ou quer que eu fique e lhe ajude com o torcicolo?

“Idiota, idiota, idiota desde aquela maldita vaga no estacionamento!”

- Não, eu ficarei bem. - a voz dela saiu mais estrangulada do que ela gostaria.

- Tudo bem. - ele disse parecendo dividido entre ficar e partir – Tenha um bom dia.

Leon pegou a sua maleta e saiu pela porta, a deixando ali, sozinha.

Ela prometeu a si mesma que não iria chorar, mas quebrou sua promessa assim que os olhos já não puderam segurar tantas lágrimas e o peito pareceu sufocar implorando por um soluço de choro sentido.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora